are you cheating on me? pt2

972 55 15
                                    

                  ▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃

                                                               Antony Santos
                                                                point of view
Saí do quarto e fui em direção às escadas meio intrigado, Aurora estava estranha, tinha algo que ela estava me escondendo. Em seguida, meu celular tocou, passei pelos garotos que tentavam fazer Âmbar parar de encher o saco e fui para a cozinha.
— Victória? — Falei assim que atendi.
—Oi, Santos. Sentiu minha falta?
— Claro. – Falei. — Porém estou meio ocupado agora.
— Tudo bem, só quero saber se nosso almoço ainda está de pé?
— Sim, claro. É quando mesmo?
— Amanhã. — Ela disse com sua voz suave.
– Ok, estarei lá. – Falei.
— Ah, já ia me esquecendo, falei com a sua ir...
—Santos? Fala com quem? — A barata entrou na cozinha.
— Então tá, vou desligar, abraços. — Desliguei o telefone rapidamente. – Tenho que te dar satisfações desde quando? Até onde eu sei, minha mulher está lá em cima.
— Tanto faz, eu só quero te dar um recado: não magoe minha amiga, Santos. Seja honesto com ela, Aurora já sofreu demais, o que menos ela precisa é da porra de um marido infiel.
— Eu não sou infiel. – Me defendi.
— Não é o que parece e é o que veremos. – Ela disse e saiu da cozinha, puta merda, o que estava acontecendo com essas mulheres.
— Porra, Santos. – Vini gritou da sala e eu me direcionei até lá.
— Eu quelo jogar, eu quelo jogar. – Âmbar tentava pegar o controle das mãos de Vini que tentava se manter concentrado em seu jogo de corrida.
— Porra, cara. Dá um jeito na tua filha. — Lucas disse.
—Âmbar, vamos, hora de dormir. — Falei a pegando no colo.
— Não, Âmbar não quer dormir, Âmbar quer jogar. – Ela fez birra.
– Você não vai parar com essa mania de falar como índia nunca né?
— Eu quelo jogar, papai. Eu quelo jogar.
— Mas não vai. — Eu disse firme, as vezes Âmbar tinha que ter limite, não queria uma filha mimada que tivesse tudo na hora que quer. — Eu já disse que você vai dormir.
— Falei subindo as escadas com ela e ela começou à chorar.
— Eu quelo a mamãe. — Ela disse chorando.
— Mamãe está dormindo, ela está cansada.
—Maix eu quelo vê ela. — Âmbar insistiu.
— Mamãe está cansada, já falei. Ela começou á chorar mais ainda, confesso que eu já não estava muito paciente.
—O que está acontecendo aqui? – Aurora saiu do quarto.
— Âmbar quer ficar jogando com os garotos. – Eu disse indiferente, notei que seus olhos estavam inchados, como se antes ela estivesse chorando.
— Vem, meu amor. – Ela pegou Âmbar numa calmaria sem fim. — Mamãe vai dormir com você hoje.
—Ebaaaaaa. – Âmbar disse feliz e se enganchou no pescoço de Aurora, que abriu um sorriso.
— Por que você não coloca ela para deitar com a gente?
— Sugeri e Aurora ficou quieta, em seguida entrou no quarto com Âmbar.
— Onde tá o tio Richarlison? — Âmbar perguntou depois que Babi a colocou deitada em sua caminha e deitou do seu lado, eu estava parado na porta observando tudo.
—Não sei, seu pai deve saber. – Aurora disse.
— Onde tá o tio Richarlison, papai? Ele dixe que quando voltaxe ia tlazer chocoiate pla mim.
– Daqui à pouco ele está de volta. – Falei. — Se você for uma boa menina e dormir direitinho, amanhã você acordará com uma barra de chocolate do seu lado.
—Mamãe não goxta que Âmbar coma chocoiate. Não sei poique.
— Você e açúcar não combinam. – Aurora disse. — Agora vamos dormir. – Ela juntou Âmbar ao seu corpo e começou á acariciar seus cabelinhos, em seguida, Âmbar já havia dormido.
— Aurora.. — Falei baixo. — Vamos conversar, por favor. – Pedi.
—Me deixe dormir. — Ela disse e eu apenas saí dali, pois eu não queria perder a paciência e acordar Âmbar.
               ▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃▃
                                                        
                                                                Aurora Becker
                                                                 point of view
Acordei com Âmbar pulando na cama, ou em cima de mim, tanto faz.
— Acóida, acóida. — Ela gritava e o jeito foi acordar, pois dormir não dava mais. Olhei as horas e era cedo, faltava uma hora para Âmbar ter que se arrumar para a creche, todos ainda estavam dormindo.
— Vem com a mamãe. – Peguei Âmbar no colo e saímos do quarto dela indo para o meu quarto e o de Augusto, onde o mesmo estava atira na cama ferrado no sono.
– Não faça barulho. – Falei.
— Ta bom, Âmbar não vai fazê barulo. – Ela disse aquilo alto.
—É, estou vendo. — Entrei no banheiro e coloquei Âmbar de pé na tampa da privada. — Peguei sua escovinha de dente e coloquei sua pasta preferida. – Quero ver você fazer isso sozinha. — Falei sorrindo e entreguei a escova para ela. – Mas não é que a princesinha está aprendendo a escovar esses dentinhos sozinha?
— Não está cedo demais? — Antony entrou no banheiro, me dando um leve susto.
– Eu já xei escovar os dentinhos sozinha, óia. — Âmbar se mostrou para Santos
— Parabéns, estou impressionado. — Antony disse e beijou a lateral do meu pescoço enquanto eu escovava meus dentes, fiquei meio tensa.
— O clima está bem ruim. — Ele disse saindo do banheiro. — Nadya não virá hoje. — Antony gritou, me avisando, ela era nossa ajudante doméstica.
— Vou pedir para Richarlison levar Âmbar na creche. — Falei simples, em seguida saí do quarto com Âmbar vindo atrás de mim.
— Voxê não vem, papai? – Ela perguntou á Antony.
— Mamãe não me quer por perto.
— Maizê eu quelo, poique eu te amo. – Ela disse e Antony a pegou no colo e beijou suas bochechinhas.
— Papai também te ama.
– Voxê ama a mamãe também? – Ela perguntou.
— Muito. – Antony disse e eu respirei fundo saindo daquele quarto.
– Expelaaaaaaa. – Âmbar veio correndo atrás de mim.
— Não corre se não você vai cair. — Falei.
— Tchau, mamãe. Tchau, papai. — Âmbar se despediu antes de Victor levá—la para a creche.
— Tchau, meu amor. Se comporte, sem brigas. — Âmbar tinha um longo histórico de ataques contra seus coleguinhas da creche, não era atoa que ela era filha de Santos.
— Mas já sabe, se algum malandrinho mirim tentar alguma coisa, o que tem que fazer? — Antony perguntou.
— Dar pau nele. — Âmbar disse.
— Isso, essa é minha garota. – Ele disse e eu revirei os olhos. Em seguida Lucas saiu com ela.
– Não vai para a aula hoje? – Santos perguntou à mim.
— Daqui à pouco, hoje vai começar um pouco mais tarde.
– Que horas?
— Na hora do almoço mais ou menos, aí eu vou almoçar na universidade. — Menti.
— E aí pessoas do meu coração. — Richarlison disse descendo as escadas.
— Isso soou gay.
— Você é gay. — Victor disse.
— Onde você se meteu ontem?— Perguntei.
— Isso só Deus sabe, Aurora. — Ele disse passando por mim indo em direção à cozinha, em seguida voltou mordiscando uma maçã.
— Tenho certeza que estava levando uma pentada de algum macho. – Antony disse.
—E se eu estivesse? Algum problema? — Mob perguntou.
— Vou me arrumar. – Antony nem respondeu a pergunta de Richarlison e saiu.
—Pode me contando tudo. — Falei para Richarlison. — Era um homem? Mulher?
— Os dois. — Richarlison disse sorridente.
— O QUE? — Gritei.
—um, dois, três... – Ele sussurrou.
—Eu não acredito. — Falei incrédula. — Com quem?
—Uma garota que eu conhecia numa festa ontem e mais o barman.
—Vocês transaram os três? Juntos? — Eu estava totalmente incrédula.
— E eu recomendo. – Richarlison disse e riu. — Porém, eu estava muito bêbado.
—Não me venha com essa desculpa. — Falei.
—Não comente isso com ninguém. – Ele pediu.
—Pode deixar. — Garanti. — Eu estava em duvida se eu contava para Richarlison o fato da traição e do flagra que eu daria hoje, porém preferi ficar quieta.
                                                 {..}
— Carol, está pronta? – Perguntei baixo ao entrar no quarto dela. — Antony já saiu faz uns dez minutos.
— Sim, estou. Vamos. — Ela disse me puxando para fora. – Mas e depois desse flagra, Aurora. O que você vai fazer? – Carol perguntou.
— Matar Santos. — Eu disse simples, pois eu tinha certeza que eu armaria o maior barraco.
Entramos no carro e logo seguimos em direção ao endereço de onde os dois se encontrariam, depois de uns vinte minutos, já estávamos lá. Vi o carro de Santos sendo estacionando por um manobrista qualquer, o restaurante era enorme e parecia ser francês, ele nunca havia me levado num restaurante francês. Coloquei meus óculos escuros e desci do carro, entreguei a chave para o manobrista e Carol vinha logo atras, olhei primeiramente para dentro do restaurante através do vidro que ali tinha, consegui ver Santos sentado em uma mesa com uma garota, que eu deduzi que fosse Victória, ela era realmente muito bonita, o que me fez ficar mais triste ainda, deveria ter mais ou menos a minha idade, ou até ser um pouco mais velha.
— E então? — Carol perguntou.
— Não vou entrar, vou esperar ele sair. — Falei parando em algum local que ele não pudesse me ver.
—Vamos embora, Aurora.
— Embora? — Perguntei nervosa. — Meu marido está aí dentro com outra, Carol, eu estou sendo traída e você quer que eu simplesmente vá embora? Eu vou ficar, vou esperar ele sair e tirar essas história á limpo e depois... Dizer que está tudo acabado. – Comecei á chorar, aquilo doía pra caralho.
— Aurora.. — Carol me abraçou. – Eu estou tão incrédula quanto você, eu sei que Santos é um idiota, mas vocês constituíram uma família, eu nunca imaginei que...
— Nem eu... – Falei me desfazendo do seu abraço. – Por mais desgraçado que ele seja. — Tirei os óculos e limpei as lágrimas que escorriam descontroladamente.
Eu e Carol ficamos em silêncio e ali parada nos próximos trinta minutos, em seguida, olhei para dentro do restaurante e os dois estavam em uma conversa bem empolgante, dava para ver que Santos pagava de engraçado e Victória caía na risada. Carol me puxou para que eu não ficasse olhando. Uma hora se passou.
— Eles estão levantando. – Carol me avisou e eu tomei postura, eu deveria parecer forte. — Santos pagou a conta, eles estão vindo em direção à saída.
Respirei fundo e apenas esperei ali parada, eu queria que ele saísse e levasse um puto susto ao me ver ali.
Carol foi para trás de mim e só ficou observando tudo, ela estava tão abalada quanto eu, logo vi a mão de Santos puxando a enorme porta de vidro daquele restaurante, ele fez um gesto de cumprimento com a cabeça para o segurança que estava ali parado, Victória veio atrás, ela estava com um vestido branco de rendas curto, seu cabelo tinha um perfeito coque e seu batom vermelho forte realçava sua pele branca. Ela era linda e parecia ser bem fina.

Possessive - Antony Santos.Onde histórias criam vida. Descubra agora