mamã

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                                           Aurora Becker
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Entramos no carro e fomos buscar a pequena Âmbar, Antony estava o tempo todo falando besteiras e contando suas piadas sem graças, também rimos bastante do acontecimento anterior — Lucy —, eu adorava esse lado dele.

— Amor... —Tinha algo martelando em minha cabeça.

– Quando você me chama assim, é que você quer algo. — Ele concluiu.

— Nada a ver ok!?

— Tudo a ver, ok?! — Ele debochou. — Fala.

—Então, Vini vai levar Carol para jantar.
—Você poderia me levar para jantar um dia também. — Minha voz saiu meiga.

—Não curto esses lances muito românticos, muito nhé nhé, isso é coisa de mauricinho. E Vini, é um.

— Ah, Santos. — Reclamei — Não da pra ficar nessa mesmice. — Cruzei os braços

— Dá para ser semana que vem? — O convenci com meu mini drama

— Sim. — Falei feliz.

—Preferência por algum restaurante?

— Não. — Sorri novamente. – Você que escolhe.

— Tem certeza que não quer apenas encomendar uma pizza? — O fuzilei com os olhos.

— Tenho. — Fui grossa.

— Não vou de terno.

– Vai sim.

— Não vou não, Aurora. Nem vem com suas chatices. — Ele disse bravo.

—Vai sim, eu vou colocar meu melhor vestido e você seu melhor terno e isso será um jantar romântico, coisa que já era pra ter acontecido há muito tempo.

—Porra, que garota chata, mano. — Ele resmungou estacionando na frente da creche. — Não vou colocar porra de terno nenhum, não quero ficar parecendo um pinguim.

—Se você souber escolher, não ficará parecendo merda de pinguim nenhum. E vem cá, o que você tem contra pinguins?

—Sem terno. — Ele insistiu.

— Pô, cara. Achei que você me amava. — Fiz drama

— Não começa. — Ele me repreendeu travando o maxilar. — E me espere no carro, não suporto ver os olhos de Brandon brilhando quando te vê. — Eu ri.

—Quero ir junto. — Protestei.

— Mas não vai. —Ele saiu e fechou a porta, garoto insuportável.

Esperei um pouco e logo ele voltou abrindo a porta de trás para colocar Âmbar na cadeirinha, saí do banco de carona e fui para trás com ela.

— Oi, minha bebê. — A beijei. – Como foi a creche hoje?

— Mamã... — Esse foi o momento em que tudo parou, Antony me olhou rapidamente e deu um sorriso, eu me mantive estática, olhando para Âmbar igual uma retardada.

— O—o que você disse pequena, Âmbar? – Perguntei mesmo sabendo que ela não responderia. –Santos... — Minha expressão era a mais confusa do mundo.

—Mamã... —Ela disse novamente e meu coração já estava disparado. Dei um — sorriso, um sorriso largo que ia de orelha a orelha.

— Acho que ela te chamou de mãe — Antony disse tomando seu lugar de volante. — E papai nada, né? — Ele brincou. Tirei Âmbar da cadeirinha e a abracei fortemente a enchendo de beijos. Eu amava aquela criança, por mais que eu só pensasse em ter filhos futuramente depois que eu cursasse minha faculdade. dizer.

Possessive - Antony Santos.Onde histórias criam vida. Descubra agora