𝑻𝒉𝒆 𝑷𝒂𝒓𝒊𝒅𝒊𝒔𝒆 𝑨𝒕 𝑬𝒂𝒓𝒕𝒉

- forty seven

Nascemos indefesos precisamos da nossa mãe 100% do tempo, para nós alimentar, dar banho e colocar para dormir absolutamente para tudo, é o primeiro rosto que vemos quando viemos ao mundo e o nosso primeiro contato a pessoa que mais devemos amar e não seria diferente comigo. Em minha infância minha mãe nunca demonstrou ser controladora, ela era doce, amorosa e gentil ela era a minha pessoa favorita, é claro que amava meu pai e meu irmão, mas era diferente com a minha mãe ela era mãe e amiga éramos os pontinhos rosas no meio do azul.
Mas as coisas mudam com o tempo quando fomos embora de Outer Banks ela mudou totalmente se tornou fria, distante e começou a ser rígida em tudo que eu fazia ,antes mesmo de ter noção sobre algo em relação ao futuro,ela já tinha planejado todo o meu futuro sem ao menos eu concordar, se eu continuasse a morar com ela não duvidaria dela arrumar um casamento arranjado. Ela tentava fazer com que minha vida fosse perfeita porque para ela a dela não foi. Por muito tempo eu segui suas ordens mas sou um ser humano tenho sonhos, desejos, vontades e escolhas próprias por isso voltei para Outer Banks aqui posso tomar minhas próprias decisões.
Sem todo o controle exagerado que minha mãe queria ter sobre mim, eu podia ser livre, era o que eu pensava mas ainda não me sinto totalmente assim e não sei o porquê, talvez eu não queira ser livre mas sim que a minha mãe fosse como antes.
O dia já havia amanhecido e eu ainda estava na cama processando meus milhares de pensamentos. Fui dormir cedo ontem e isso me fez acordar mais cedo que o normal tiro coragem que eu nem sabia que existia e me levanto, tomo um banho demorado já que estava sobrando tempo, assim que termino visto uma calça legging e uma regata e um moletom por cima.
Penteio meus cabelos e em seguida seco, faço uma maquiagem para disfarçar os olhos inchados de tanto chorar e desço para a sala pego minhas chaves e saio vou dirigindo até a casa de JJ.

[...]

- JJ! - falo e bato na porta esperando que JJ me atenda, em diante vejo a porta se abrir revelando Maybank ele está sem camisa com a cara amassada de sono.

- Bom dia princesa. Aconteceu alguma coisa? - ele pergunta e em seguida me deixa um beijo na bochecha e me dá espaço para entrar então o faço.

- Não, só senti saudades. - falo me sentando no sofá, a casa está perfeitamente organizada e limpa.

- Eu também estava com saudades. - indaga e em seguida me puxa para seu colo. - Mas não minta pra mim Moranguinho, seus olhos estão inchados e percebi sua tensão quando bati os olhos em você. - JJ diz.

- Eu estou bem e não gosto desse apelido você sabe.

- Acha que eu não conheço minha mulher o suficiente para saber quando ela está mal? - ele me pergunta e finjo indiferença virando o rosto. - Me diga S/n pode confiar em mim.

- É minha mãe. - cuspo as palavras e então abaixo o meu rosto não quero mais perguntas não quero falar sobre isso.

- Estou com você princesa. - JJ diz me aconchegando ao seu colo e acaricia o topo minha cabeça, talvez ele tenha percebido que não quero falar sobre o assunto. Então só aproveito o carinho dele é o que eu preciso nesse momento.

- Você tem que se arrumar pra ir pra escola! - falo me desvencilhando de seus braços fortes.

- Eu acho que eu vou enlouquecer. - indaga e se levanta indo para o banheiro.

- Trouxe seu café da manhã, sanduíche de presunto e queijo seu favorito. - falo sacudindo o saco em que estava dois sanduíches.