Romance escrito em português de Portugal.
Olive Anderson é uma rapariga simples, inteligente e doce (exceto com o seu novo vizinho). Jake Martin, típico badboy, pegador nato e por vezes antipático mudou-se para o seu condomínio há uns meses, porém a...
Sabem a sensação de acordar de manhã no vosso primeiro dia com 18 anos? Pois eu também não, porque não consigo dormir.
E nem sequer bebi café, por obrigação da Liv. Tenho várias coisas a passar-me pela cabeça e admito que contrariamente àquilo que eu queria, algumas delas envolvem a miúda que dorme na casa ao lado.
O caralho amanhã sou maior de idade faço o que bem me passar pela cabeça!
Eu tou a dizer isto mas a festa só acontece mais logo; quando bater a meia-noite passo a ter idade para ser preso, ou pelo menos para não ter de usar um fake ID quando vou beber.
Honestamente a cena mais aborrecida do dia foi mesmo ter aulas, a escola foi fixe, os meus bros passaram o dia tão entusiasmados como eu. Toda a gente sabe que a festa de 18 anos de um gajo é para ser pesada: bebidas, música nas alturas, piscina, desafios parvos que ninguém na sua plena sanidade mental aceitaria, gajas.
Por falar em gajas a Liv e a Gwen também tiveram o dia todo muito bacanas comigo. A Gwen já a vejo quase como uma irmã e a Liv... enfim vocês também sabem. Ela especialmente foi mesmo fofa comigo o dia inteiro, mas eu também sei que é só por ser o meu aniversário e que isso é sol de pouca dura.
Olive
A festa ia ser numa casa alugada, por isso aproveitei a boleia do Jake evitando perder-me em direções. Tenho de admitir que ele estava impressionantemente mais atraente do que é costume.
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No entanto ele também não se poupou nos elogios ao meu visual, o que não sei se agradeço ou se lhe dou um murro por me deixar desconfortável.
- É lá. Isso tudo prá' minha festa de anos? Não, melhor: é esse o teu presente pra mim.
- Juro que ponderei não te agredir hoje Jake.
- Às vezes nem sempre o que dói é mau. - declara nitidamente provocador.
- 'Pera dá-me 1 segundo pra ir vomitar e eu já volto. - replico irónica.
- Basta olhar pra ti pra não me arrepender de dar esta festa.
Se ainda tinha alguma condição para me manter firme ela desabou aqui. Porque é que ele se dá ao trabalho de fazer este tipo de comentários? O mínimo sinal de sanidade mental, ele consegue transformá-lo em ansiedade de sentir as mãos dele sobre o meu corpo.
E agora estou para aqui a dizer este tipo de coisas que nem parece meu. Vou dar em maluca com este rapaz.
Jake
Claro que a festa estava a correr demasiado bem! Eu não sei o que de tão mal posso ter feito ao mundo, para sair fodido de qualquer situação.
A casa estava lotada de gente: gente que se gregava nas plantas, gente que se comia em sítios extremamente públicos, gente em cima de móveis a dançar... contudo bastaram 2 únicas pessoas para se proporcionar o momento seguinte; o pior momento desde que cheguei aqui.
Passei uma parte significativa do tempo com a Liv e honestamente com a quantidade de bebida que nos foi oferecida e com aquela saia que me desconfigurava de cada vez que a Liv a puxava para baixo, não sei como é que não sofremos um único deslize, ao ponto de rolar alguma cena entre nós.
O problema foi esse: não rolou entre nós, mas houve quem não perdeu essa oportunidade.
Quando ela chegou ao terraço (o único spot vazio na residência) viu-me tecnicamente a comer a Harper.
Olive
[OUVIR: «favorite crime» - Olivia Rodrigo]
A minha primeira hipótese foi rir, depois chorar, depois rir outra vez; não porque estava bebeda, mas porque fui extraordinariamente burra ao pensar que 15 minutos antes, mentira, que alguma vez sequer pudesse acontecer alguma coisa entre mim e ele.
Ambos param quando me veem chegar. - Engraçado, como o teu plano pra reconquistar a tua ex funcionou mesmo. - digo trocista. A loira oxigenada corrige-me.
- Namorada amor. - ele lança-lhe um "sideeye".
- Liv podemos falar?
- Depois disto eu duvido que tenha mais alguma coisa pra falar contigo, no resto da minha vida. - ele diz-lhe qualquer coisa; ela sai. - Disseste-lhe que continuavam depois?
- Para. Sabes que o que 'tás a fazer não é justo. - gracejei.
- Ah tens razão, vou sair pra que vocês continuem.
- Tu não tens namorado mas eu tinha ok?! Que é que querias que eu fizesse? Que deixa-se a minha namorada pela nossa cena?
- Nunca na vida vou discutir sobre isto contigo.
- Não mas a sério explica-me. Era suposto eu fazer o que exatamente?
- Ya é verdade, desculpa por ter sentimentos. - saio.
