Capítulo 18

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Aurora continua parada, observando o irmão respirar fundo, tentando controlar a raiva.

— O que você está fazendo aqui, Aurora? — Lorenzo pergunta depois de minutos em silêncio.

— Ela dormiu aqui, porque outra razão ela estaria aqui? — Matteo debocha.

— Você cala a boca. — Lorenzo fala, e o amigo coloca a mão no peito em falsa indignação. — Porque você dormiu aqui, Aurora, e o que... — Ele se aproxima da irmã e nota seu rosto com uma marca vermelha. — O que é isso, Aurora?

— Não é nada, Lorenzo. — Ela fala.

— Você disse a mesma coisa ontem quando saiu de casa, para de mentir, foi ele não foi? — Ele pergunta enquanto segura o rosto da irmã entre as mãos. — Me diz, Aurora, o que mais ele fez com você?

— Nada, irmão, ele só me bateu porque eu falei da mamãe. — Ela fala, e um soluço escapa da sua garganta.

— Porque você não me falou?

— Eu só não quis te preocupar, a única coisa que eu desejava era sumir daquela casa, eu fui à boate e de lá eu iria embora.

— Ela estava bêbada e dançando em cima de uma mesa, eu a tirei de lá, e iria levá-la para sua casa, mas ela não quis.

— E por que você não me ligou?

— Qual a parte do bêbada e ela não queria ir para casa, você não entendeu?

— Foi uma escolha minha, Lorenzo, eu pedi que ele me levasse para qualquer lugar, mas ele me trouxe para cá e me ajudou. — Ela diz a fim de evitar uma discussão.

— E por que está com a roupa dele?

— Depois conversamos sobre isso, vamos embora? — Lorenzo apenas assente. — Novamente, muito obrigado, Matteo, por ter me ajudado. Eu vou buscar a minha bolsa e nós podemos ir. — Ela fala e sai correndo subindo as escadas.

— Vou trocar de roupa, tenho que ir ao escritório, nos vemos depois, Lorenzo. — Matteo fala e sai em direção às escadas, indo para o seu quarto.

— Trocar de roupa, acredito. — Lorenzo fala para si quando está sozinho na sala.

Matteo entra no quarto e vê Aurora procurando sua bolsa.

— O que você pensa que está fazendo, Matteo? — A ruiva pergunta quando Matteo a pressiona contra a parede.

— Amo quando você fala o meu nome, me faz imaginar tantas coisas, ruiva. — Ele diz com malícia.

— Você é um pervertido, me admira não ter me agarrado ontem.

— Eu jamais faria algo sem que você quisesse, Aurora, eu nunca tocaria você ou qualquer outra mulher bêbada. — Ele diz sincero.

— Perdoe-me, eu me expressei mal, apenas obrigado por tudo, agora eu preciso ir.

— Espero que agora você entenda que não tem como fugir, Aurora, eu sempre vou te encontrar. — Ele fala e a beija, Aurora retribui o beijo na mesma intensidade, e Matteo leva uma das mãos à nuca dela, puxando levemente seus cabelos, fazendo com que ela arfe em meio ao beijo.

— Aurora. — Lorenzo grita a chamando, e eles separam o beijo.

— Eu vou embora, onde está a minha roupa? — Ela pergunta, tentando regular a respiração e mudando de assunto. — Será que você pode me soltar?

— No banheiro, eu vou colocar ela para lavar e depois mando entregar na sua casa.

— E com que roupa eu vou embora?

— Pode ir com a blusa que está, ou se preferir, posso pegar um moletom para você.

— Eu prefiro o moletom, a blusa é um pouco transparente. — Ela diz, e Matteo baixa o olhar vendo que a blusa marca bem os seios da ruiva que estão enrijecidos.

— É, eu... eu vou pegar o moletom. — Ele diz, afastando-se dela e indo ao closet pegar um moletom, entregando-o para Aurora. Ela pega e vai ao banheiro, tirando a blusa que está e vestindo o moletom.

Quando Aurora sai do banheiro, não encontra ninguém no quarto. Ela vê sua bolsa em cima da cama e pega, saindo do quarto logo em seguida.

— Vamos. — Ela fala quando chega ao último degrau.

— Sim, vamos. — Lorenzo fala, e eles saem do apartamento, Matteo está no closet vestindo seu habitual terno preto e sai logo em seguida para a sede da máfia.

— Alô, Stefano, preciso que me mande por email a cópia da proposta dos mexicanos. — Ele fala assim que a ligação é atendida.

— Olá, Matteo, irei enviar assim que eu chegar na empresa, o grupo Giordano está entre os maiores e conquistamos muitos outros contribuintes. — Stefano informa as novidades, e eles ficam ali conversando para resolverem tudo até que Matteo volte. — Os franceses pediram uma reunião para apresentar a proposta deles, e querem que você esteja presente.

— Tudo bem, pode mandar a srta. Morris agendar e peça para que ela remarque meus compromissos desta semana para outro dia. — Ele fala enquanto abre o notebook e começa a ler alguns emails que chegaram.

— Ok, irei avisá-la, mas sobre o assunto casamento, como estão as coisas por aí?

— Bem complicadas, Aurora não é fácil, ela tentou fugir duas vezes.

— Parece que a futura Sra. Giordano não facilitará as coisas para você, meu amigo, e Lorenzo?

— Eu já não sei se eu quero matar ele ou o contrário, ele ajudou ela a fugir, e hoje a encontrou no meu apartamento.

— Epa, essa parte eu não sabia.

— Ela estava na boate, e eu a levei para meu apartamento porque ela estava bêbada, apenas isso, não aconteceu nada.

— Acredito em você, mas por que você e o Lorenzo brigaram?

— Ele achou que a Aurora tinha fugido, e eu disse que ele tinha ajudado, e acabamos falando da Lunna, sabe que é um assunto complicado para nós dois. — Matteo suspira com as lembranças que invadem sua mente.

— Imagino, já fazem seis meses que aconteceu, não é?

— Sim, seis meses de sofrimento e faziam seis meses que eu não vinha para Itália apenas para não ver a minha mãe chorar. — Stefano suspira ao ouvir a fala do amigo, Lunna sempre foi amiga dele.

— Também sinto falta dela, e imagino que o Lorenzo ainda sofra por causa disso.

— Ele se faz de forte, mas todos sabem o quanto ele era apaixonado pela minha irmã.

— E ela por ele, Lunna sempre falava do Lorenzo. — Eles permanecem em ligação durante mais algum tempo resolvendo assuntos de trabalho.

Assim que Aurora estacionou o carro na garagem de casa, ela escuta seu telefone tocar e o pega sem olhar o nome.

— Alô. — Ela diz saindo do carro e entrando em casa.

— Bonjour, princesse, adivinha quem está indo para Milão nesse exato momento?

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