Dona Do Meu Coração - COMPLETA

37.

Alexia

Quatro meses depois

Entrei no avião e sorri para Leon quando ele me indicou a poltrona, me sentei e deixei que ele afivelasse meu cinto, ele sentou do meu lado e sorriu tirando meu cabelo do rosto, sua mão pousou no meu ventre em um carinho e sentir o amor de Leon por Theo ali, era notável como meu marido estava ansioso pela chegada do filho.

Quem diria Alexia, você ganhou na loteria sem comprar bilhete.

Soltei uma risada baixa e Leon voltou a olhar para mim, definitivamente eu havia ganhado na loteria e não estava falando de dinheiro, esse homem me amava verdadeiramente, amava a ponto de dar a própria vida por mim.

Nunca imaginei encontrar uma pessoa que amasse e cuidasse de mim como Leon fazia, nunca tive essa expectativa, na verdade achei que todo o cara que se relacionasse comigo me deixaria depois de saber o que houve com meu pai. Eu sei que é ridículo, câncer não é doença contagiosa, não é assim que se tem, terminar comigo por esse motivo foi ridículo e serviu apenas para me mostrar que Zac sempre foi um canalha e não era o cara certo pra mim.

Observei o perfil de Leon enquanto o comandante a voz do comandante ecoava pelos alto falantes, a barba já grande dele, o deixava ainda mais bonito, seus músculos estavam mais evidente na camisa social devido os treinos que ele intensificou.

- O que tanto me olha? - Perguntou fechando o cinto e eu sorri tocando seu cabelo

- Estou admirando meu marido - ele riu e me olhou segurando minha mão e beijando a palma da mesma - tenho uma surpresa para você.

- O que é? - Perguntou e eu neguei com a cabeça.

- Só quando chegarmos em casa - ele riu e balançou a cabeça.

Desde que iniciei a terapia decidi que iria vencer meu medo de dirigir, eu não sei como começou, mas o doutor Franco acha que pode ser em decorrência a morte do meu pai, já que foi ele quem me ensinou a dirigir ele acredita que de algum modo eu tenha adquirido um medo e isso acabava me impedindo de sentar frente a um volante.

- Hum, a casa está pronta - avisou olhando uma criancinha brincar no colo do pai - eles fizeram a alteração que pediu.

- Quando podemos nos mudar? - Perguntei ansiosa e ele riu

- Já iremos para ela, Ginna e Lilian cuidaram da mudança - sorri animada e deitei minha cabeça em seu ombro.

- Estou ansiosa para usar aquela cozinha linda, sentar na varanda e assistir o pôr do sol - sua mão pousou em meu cabelo em um carinho e eu sorri.

Estavamos voltando da França após o casamento Alexandre e Nicole, eu já estava com sete meses de gestação e foi uma luta convencer a senhorita Clark a me deixar realizar essa viagem.

Apesar de tudo o que me aconteceu desde o início da gestação, a gravidez seguiu seu curso tranquilo, alguns sustos aqui e ali como pressão alta, contrações antes do tempo, algo que era monitorado semanalmente.

Depois da nossa lua de mel nós retornamos para o julgamento de Robert Henderson, ele foi condenado a quarenta anos de prisão sem direito a condicional, eu não cheguei a ver seu rosto durante o julgamento, não era algo que agradava a mim e ao bebê.

Robert Henderson agora era a última pagina de um livro ruim que lemos e que agora estava jogado em algum lugar no sótão, a casa que ele vivia foi vendida e agora uma família nova e feliz vive lá, minha sogra e minha mãe estavam curtindo a vida, entre uma viagem ou outras elas lembravam dos filhos e vinham nos visitar.