Zonza. Helô estava completamente zonza. Parte dela queria isso, clamava por isso, afinal ela chamou Stenio até a casa dela por um motivo. Ela sempre usava o trabalho como a desculpa fácil, prática até, para ter Stenio para si. Ele sabia disso também, mas nunca mencionava nada.
Certa vez Creusa disse para a delegada que Stenio usava os presos para chamar atenção dela. Toda vez que ela se afastava, ele soltava alguém à obrigando a ir atrás. Foi apenas muito tempo depois que Heloísa percebeu que estava fazendo o mesmo. Toda vez que sentia saudade, que o queria perto, usava algo profissional para buscar a proximidade.
O inquérito "desaparecido" de Brisa vinha a calhar no momento, A delegada precisava dele e sabia, com toda a certeza e faro policial que tinha dentro de si, que ele estava com Stenio. Mesmo que ele seguisse negando.
E nessas de perguntas com respostas retóricas e negativas que nunca funcionavam, Heloísa Sampaio se viu aqui, pressionada pelo ex-marido contra a porta de vidro da varanda, sentindo cada centímetro do corpo dele contra ela.
Sem pensar, ela subiu a perna sobre o quadril dele, precisando de algum tipo de atrito enquanto a língua do advogado deslizava provocantemente contra a dela. Ela sentia as mãos de Stenio por todo lugar. Hora em seu cabelo, puxando de um jeito muito mais delicado do que ela realmente gostaria, hora em sua cintura a pressionando contra ele e as vezes, como agora, apertando a bunda delegada. Os gemidos que ela deixava escapar apenas o incentivavam a continuar, a excitação se infiltrando em suas veias, rastejando sob sua pele.
- Stenio – ele gemeu baixo quando sentiu a mão do advogado invadindo sua camisa, entrando em contato direto com sua pele, fazendo queimar – Quarto... agora. Quarto!
Ela o queria, ela o desejava, mas não aqui, expostos na varanda para quem quisesse ver. Ela o queria para si, sozinha, como sempre havia sido. Sem desgrudar da boca dele, ela se desvencilhou da parede, puxando o ex-marido em direção ao quarto, sem nunca quebrar o beijo, sem nunca se soltarem um do outro.
Quando chegaram ao cômodo, Helô mal teve tempo de fechar a porta, antes de sentir Stenio a pressionando contra a madeira, clamando o pescoço da delegada para si. Stenio parou os movimentos, encarando a ex-mulher por um tempo, colocando as duas mãos na porta, próximo à cabeça dela, o corpo grudado, testando quanto tempo ela iria resistir. Usando a própria perna para afastar mais as pernas dela, posicionando-a entre elas, Stenio não pode deixar de sorrir ao ouvir o gemido que Helô soltou. E sorrir ainda mais quando sentiu ela tentando se esfregar nele, em busca de contato.
Stenio se aproximou da boca dela, deixando de beijar apenas no último segundo, deslizando o rosto mais para baixo, mordendo o maxilar de Helô entes de descer traçando um padrão molhado com a língua até a garganta dela.
Retirando as mãos da porta, ele finalmente beijou a delegada, enquanto as mãos dele desabotoavam lentamente a camisa dela, a boca descendo junto à medida que cada botão ia sendo aberto. Stenio percebeu como a mãos dela estavam passeando impacientemente entre as costas e o cabelo dele, o quanto ela buscava cada vez mais contato na perna dele para aliviar a tensão que sentia.
- Impaciente, delegada? – sussurrou ele, contra o ouvido dela.
- hummmm.... não....não me provoca Stenio – respondeu ela, gaguejando de leve. Odiava amar a maneira como ele a fazia se sentir.
Se afastando de Stenio, ela o encarou sorrindo antes de levar as mãos até a camisa dele. Ao contrário do advogado, ela tinha presa, puxando os botões rapidamente, arranhando o peitoral assim que teve contato com a pele, jogando a camisa dele no chão.
Dessa vez, foi a delegada que sorriu ao ouvi-lo gemer.
Ele a fez sentar-se na cama e um arrepio de prazer percorreu a espinha de Helô com o empurrão de suas mãos em seus ombros, com a maneira como ele a guiava. Não se tratava de dominá-la; tratava-se da confiança que a muito tempo se estabeleceu entre eles. Stenio observava atentamente enquanto Helô retirava o resto de sua roupa, ficando apenas de lingerie sobre a cama.