M♥️E 04

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AriSanRoman80
Toda sua minha amiga 💖😍

Escrita com
Carolleite26 ♥️ ✨

Estevão: É tão difícil, vamos sim porque farei de tudo por ela - me levantei - melhor irmos descansar, boa noite tia - beijei seus cabelos - durma bem tia - saí indo para o quarto dos meus filhos dar beijos de boa noite meu e da Maria, passei a noite no quarto de hóspedes, não conseguia dormir no meu quarto, eram muitas lembranças.

Carmen: Boa noite meu amor - o enchi de beijos. Desci para pegar um chá e voltei para o quarto, precisava me acalmar ou não dormiria.

XXX

No dia seguinte ao acordar Alba já havia ido embora me deixando aliviado, rezava para que não voltássemos a nos encontrar não tinha mais estômago para ter uma convivência com ela, minha tia Carmen ficou triste por estar longe da irmã, com o tempo iria se acostumar além de poder visitá-la todos os dias, também com esse problema a menos pude escolher o melhor advogado para tirar Maria daquele lugar. Não conseguimos sua liberdade, mas conseguimos que Maria tivesse um dia livre para comemorar todos juntos o aniversário dos gêmeos, não contei as crianças seria uma surpresa ter a mãe ali, eu nervoso contando as horas para buscá-la, deixei as crianças com a tia Carmen e fui buscar o meu amor, antes precisei fazer algumas paradas, flores, guloseimas que Maria adorava comer na estrada. Da cidade ao presídio dava mais de 40 minutos o que nos daria tempo para conversar, mimar, mostrar as várias fotos das crianças. Depois de ter certeza que comprei tudo, coloquei o pé na estrada, risos, em alguns minutos teria meu amor em meus braços, não pensei, aceleirei o que podia, cantando nossas músicas, mais alguns minutos me repetia, a velocidade aumentava o que começava a achar estranho, não corria tanto, o velocímetro subindo, pisei no freio, nada, o que estava acontecendo, começava a me desesperar, tentei mais vezes a frear, sem conseguir então começaram as curvas, cada vez mais desesperado, precisava parar sem causar um acidente. Um carro entrou na minha pista e tive que virar o carro bruscamente fazendo eu perder controle e capotar diversas vezes ficando a beira do barranco, minha tranquilidade se foi quando o carro deslizou e antes que parasse estava inconsciente.

Esperava ansiosa pela chega do Estevão, finalmente depois de muita luta e de trocar de advogado conseguimos autorização da justiça para uma saída, iríamos comemorar mais um ano de vida dos nossos filhos, meus pequenos, suspirei chorosa. Há dias atrás consegui ligar para o celular do Estevão e conversamos muito, estava tão emotiva que não parava de chorar, mas não permitia que eles percebessem isso. Foram tantos meses ali longe de tudo, perdi tanto da vida dos meus pequenos e finalmente hoje eu poderia abraçar e beijar muito eles. Estava mais do que pronta e a ansiedade tomava conta a medida que os ponteiros do relógio passavam e ele não chegava. O dia escureceu e o que era para ser um dia feliz se tornou o mais amargo da minha vida. Estevão não veio mais me visitar e eu não consegui mais contato com ele, o que me deixou desesperada. Acho que ele iria seguir a vida, era isso. Ele iria ser feliz com as crianças longe de tudo isso. Desde então não recebia visitas, até que me chamaram para uma visita. Quando entrei na sala não pude acreditar em quem os meus olhos via.

Maria: Você? O que faz aqui? Se deu ao trabalho de viajar 40 min para contemplar se o serviço foi bem feito? - ergui as mãos mostrando a algema em meus pulsos - guarda, a visita terminou - me virei para sair mais parei ao sentir ela me segurar.

Alba: Uma visita minha querida, me dei ao trabalho de te trazer um presente e foi uma pena que não pode apreciar a imensa festa dos gêmeos, Estevão estava lindo com a nova namorada, ops - coloquei a mão na boca - ele não te contou? Claro, por isso me mandou te entregar - empurrei o envelope que estava na mesa para o seu lado - o divórcio - sorri maquiavélica.

Maria: Estevão não faria isso comigo, não mesmo - me virei para ela - o que você ganha com isso? Porque o que você queria conseguiu, me jogou nesse inferno - esbravejei furiosa - acha mesmo que eu acreditaria no veneno que você está destilando? - sorri sem vontade - siga a sua vida e supere, você me jogou aqui, mas não conseguiu nos separar.

Alba: Será? Porque não olha os documentos antes para saber se estou mentindo, ganho o que sempre quis, você fora da família San Roman - a olhei de cima a baixo - uma simples secretária, pobretona, sem classe que agora está em seu devido lugar, não, é no inferno que vai ficar - gargalhei - não me importo se acredita ou não, seu amoroso marido te esqueceu rapidamente ou pensou que ficaria casado com uma assassina e a melhor parte é que contou as crianças que está morta, te matou em vida, eu seguirei minha vida sendo a senhora da casa, dona da mansão San Roman como deveria ser desde sempre.

Não queria acreditar nas palavras daquela víbora, mas a única forma de descobrir era olhando. Peguei o envelope e olhei para os papéis incrédula. Realmente Estevão fez isso comigo, com a nossa família. Peguei a caneta, assinei todos os papéis e saí da sala sem olhar para trás. Talvez fosse melhor assim, eles pensando que a mãe morreu e não que era uma assassina. Quando cheguei a cela, as lágrimas começaram a sair uma a uma, iria sofrer tudo que tinha para sofrer, meu fim era ali e ser esquecida pelo homem que tanto amei e pelos meus filhos que cresceriam sem muitas lembranças da mãe.

Alba: Ai Maria, minha vingança está apenas começando - quando a guarda entrou lhe entreguei o envelope com dinheiro - surras constantes como o combinado, a presa mais violenta como combinamos por telefone, se souber que não cumpriu com o acordo irei te denunciar por corrupção - sai sem olhar para trás.

Quando menos esperei a cela foi aberta e três detentas entraram ali. Me levantei sem entender nada, até que a grade foi fechada, a policial saiu e o que foi uma tortura encomendada começou e não parou. Não sei como saí, tão pouco quanto tempo havia se passado, só lembro de ouvir vozes ao meu redor, cirurgias, monitores apitando, médicos falando com enfermeiros. Não conseguia abrir os olhos, não conseguia me mover, estava em coma. Finalmente os meus olhos se abriram e eu me dei conta do estrago que foi feito e eu só não morri por pouco, havia chegado ao hospital em estado grave. A surra foi tão pesada que o meu rosto precisou ser reconstruído várias e várias vezes, fora um costela quebrada, que me rendeu um bom tempo em repouso. Assim que recebi alta voltei para o presídio, mas dessa vez havia sido transferida para a ala médica, seria a nova auxiliar do Dr Hernández, só assim para me manter a salvo e longe de um possível assassinato.

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Minha vida estava completamente virada de cabeça para baixo, há algumas semanas havia recebido alta do hospital após ficar cinco anos em coma, não pude voltar para a mansão precisei alugar um apartamento de última hora, equipá-lo com os aparelhos que necessitaria para a minha fisioterapia, o oxigênio, sim, fiquei com sequelas do acidente, perdi a mobilidade da perna esquerda o que fazia utilizar muletas, várias cicatrizes pelo corpo, uma das ferragens do carro atravessou o meu pulmão deixando uma grande cicatriz, o que fazia precisar dos cilindros de oxigênio para respirar melhor, o pior era estar ali sem minha família, sem meus filhos, mas tinha que aceitar o meu destino depois de tudo que havia feito, agora me restava esperar a décima enfermeira aparecer para a entrevista, mandar embora, não queria uma estranha andando pelo meu espaço.

Lucia: Com licença Sr San Roman, essa e a Srta Gutiérrez - falei entrando com ela na sala.

Estevão: Boa tarde, senhorita - andei lentamente para o sofá - por favor sente-se, sou Estevão e como pode ver estou a procura de uma enfermeira, foi o doutor Montenegro que falou sobre mim?

Finalmente depois de todos aqueles anos presa meu advogado conseguiu um induto. Agora que estava livre iria retornar para me vingar de todos e reconquistar os meus filhos. Soube que o Estevão havia saído da mansão e morava sozinho em um apartamento, tendo apenas uma governanta. Fui recebida por ela e quando entrei na sala fiquei em choque ao vê-lo daquela forma. Me perguntava o que havia acontecido para que ele ficasse assim, iria descobrir e para isso precisava ser essa pessoa que ele precisava.

X: Boa tarde, é um prazer conhecê-lo - me sentei de frente para ele - sim, o Dr Montenegro me falou sobre o Sr. Lhe ajudei por muito tempo, agora procuro a minha independência - sorri.

Estevão: Como se chama? Fui indelicado, me apresentei e não permiti que fizesse o mesmo - sorri fraco - muito prazer, está certa em querer sua independência, não podemos nos acomodar, pode me contar um pouco sobre você? Não sei se ele chegou a falar das sequelas do meu acidente.

Continua...

Um Passado Sempre Presente  - Maria y Estevão (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora