Um Passado Sempre Presente - Maria y Estevão (Concluído)

M♥️E 22

AriSanRoman80
Toda sua Lindeza 💓

Escrita com
Carolleite26 ✨ ♥️

Estevão: Eu encontrei o diário da Patrícia – apontei para onde joguei – Ela fala da nossa infância, nossa amizade e conta como um San Roman pode ser cruel, tinha uns 13 anos quando começou os abusos, sofreu calada, sem apoio – olhei assustado para a Maria – Eu não sabia, nunca me contou ou teria protegido, eu juro que nunca me cotou – falei desesperado – Acredita em mim, diz que acredita em mim.

Maria: Como um San Roman? - sequei o seu rosto - seu pai... foi ele Estevão... foi ele e não você meu amor - o abracei apertado - eu acredito em você, confio em sua palavra. Você e a Patrícia eram amigos, não permitiria que nada acontecesse com ela, eram como irmãos. Não se culpe pela monstruosidade daquele homem.

Estevão: Foi minha culpa, eu a convidava para ir em casa, passar a noite, Deus, ajudei nos abusos, compactuei para que ele a abusasse, sou um monstro como ele.

Maria: Não foi sua culpa meu amor, você viveu a infância com a sua amiga. Estevão, você não compactuou, não sabia e se soubesse com toda certeza teria protegido, parado com tudo isso. Sei que não permitiria que o errado acontecesse. Fique tranquilo, estou aqui - voltei a lhe abraçar apertado.

Estevão: Era o meu herói, meu exemplo, como dói descobrir que é um lixo de pessoa, se ainda estivesse vivo iria agora mesmo a delegacia, quantas mais foram sua vitima?

Maria: Eu sei que foi um tiro em seu peito descobrir isso dessa forma, que está doendo, muito. Você não tem culpa da safadeza dele, o único culpado aqui é ele. Infelizmente não sabemos, mas vamos seguir em frente. Você não é ele, é um pai maravilhoso, um exemplo de homem, seus filhos e eu te amamos muito e nos orgulhamos muito de você, do homem íntegro e honesto que é - beijei sua testa.

Estevão: Por mais que tenha razão me sinto culpado, como ele está morto não é suspeito pela morte dela – respirei fundo, a puxei para o meu colo e a apertei em meus braços – Minha Maria, o que seria de mim sem você, tento ser um bom pai, só que agora serei melhor.

Maria: Tenho certeza de que você daria um jeito - sorri - te amo meu amor. Você é o melhor pai e marido de todo esse mundo - o beijei com amor.

Estevão: Tenho que perguntar sobre a Alba, uns dias atrás perguntei e pediu para esquecer, só que Patrícia comenta em seu diário um comportamento estranho, sorrateira, disse uma coisa que não gostei, me seguia, acha que ela era ciente das atrocidades dele e pensava que seguia os seus passos?

Maria: Estevão - me senti um pouco desconfortável com a sua pergunta, mas não poderia mentir, ele precisava saber a verdade - o comportamento estranho ao qual a Patrícia se refere é que a sua tia ela... ela gosta de você como mulher e isso é um absurdo, é loucura, pode não acreditar em mim, mas é a verdade meu amor.

Estevão: Que – ri fraco – Que isso amor, não, ela é classista, preconceituosa, arrogante, fria, mas me enxergar como homem – falei sem acreditar só que sentindo nojo por essa possibilidade – Ser como ele – lembranças da forma como me abraçava, beijos que acreditei ser inocente, as massagens que fazia em meu ombro – Não, não.

Maria: Meu amor eu via e entendia os olhares dela para você,  o ódio que ela sentia por mim, nada disso é normal, eram olhares de desejos para um homem. Nada naquela mulher é inocente, tudo tem segundas intenções.