Capítulo 39 (ULTIMO CAPITULO)

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Beatrice Fontenelle

— Amor, cadê o presente do Rael?— Henrique perguntou enquanto vasculha as nossas malas.

Acabamos de voltar da nossa segunda lua de mel, e eu não posso definir o Henrique como nada menos que o melhor marido do mundo inteiro. Temos um ano de casamento, e no decorrer desse ano eu e ele tivemos brigas, discussões e picuinhas como de praxe, mas de toda forma ele sempre consegue me ganhar, sempre me faz ficar calma e mais apaixonada com seu romantismo e sua atenção para comigo, mesmo que na maioria das nossas brigas a culpa era minha.

Nós combinamos de voltar de viagem a tempo do aniversário de cinco anos do Rael, até mesmo por que no proximo mês é o aniversário de dois aninhos da Stacy então a familia tem que estar reunida.

— Na sua mala amore, anda logo a gente não pode se atrasar. — Rael decidiu fazer sua festa de com o tema "O poderoso chefinho", ele disse que era a desculpa perfeita para se vestir com um terno assim como o pai na maioria das vezes.

Eu  acho fascinante que ele se empolgue assim com o que o futuro lhe reserva, mas eu não nego que sinto o mesmo receio que a Ana com toda essa animação do pequeno.

Ele tem apenas seis anos, a maior parte de seus treinamentos são em forma de brincadeira, ele nem tem uma arma ainda... Não faz ideia do que o aguarda na iniciação e talvez quando ele souber acabe enxergando que a obrigação é maior do que ele mesmo.

A organização e ele terão que ser um só, e isso é um pouco cruel para os padrões mundanos. Até sua esposa já está escolhida.

Henrique voltou com um pacote em mãos absolutamente pronto para sair. Grazie Dio que so precisamos atravessar a rua.

O lado bom de morar em frente a casa da familia é só precisar atravessar a rua para chegar, o lado ruim é que eles podem fazer o mesmo. Marco tem tentado ajudar o Henrique a separar quais coisas ele vai trazer para a nossa casa e quais ele vai se livrar, mesmo após um ano de casamento ainda tem bastante coisas dele na antiga casa por que protelamos efetivamente o trabalho de separar suas coisas, ai que o meu irmão entrou para ajudar, mas  Marco é extremamente acumulador e acaba não separando nada atrapalhando a vida do meu marido. O bom é que ele tem deixado o Henrique livre de trabalho por enquanto para aproveitar nossa recem vida de casados.

— Titia, tio!—  Rael se jogou contra minhas pernas me abraçando e depois pediu colo para o Henrique com muita empolgação.

—  Toma o seu presente, piccolo. —  Meu marido estendeu para o meu sobrinho o pacote que trouxemos para ele de viagem.

—  Eu vou adorar tio, mas o melhor de todos foi a moto que meu tio Enzo deu, ela  é incrivel.—  Rael falou como um verdadeiro adulto sacudindo as pernas para ser posto no chão, completamente animado para ir buscar a moto imagino eu.

—  Como assim moto?—  Perguntei para a Ana que por sua vez revirou os olhos contrariada.

—  O carro que o Dom deu a ele no aniversário passado e o novo desse ano não deve ter parecido o bastante para me enlouquecer não é?—  Reclamou alternando o olhar entre o Domenico e o Enzo.

Todos nós temos uma especie de radar eu acho, sempre que tem alguma reunião acabamos formando um pequeno e seleto grupo.

—  Cunhadinha, ele precisava de um carro mais atual. Se a gente troca de carro todo ano por que ele não pode?— Domenico perguntou se fazendo de inocente. — Stella pediu para avisar que ela foi trocar frauda do Riven, mas ja vai voltar.— Ele completou mudando totalmente de assunto.

— E todo mundo sabe que todo cara machão precisa de uma harley também.—  Enzo completou se referindo ao modelo da moto.

—  E ai eu preciso viver em velozes e furiosos? Serio?

—  Uma pergunta, você ficaria chateada se eu desse um para a Stacy no aniversário dela?—  Dom questionou com uma inocencia fingida do caramba.

 —  Você comprou um carro para ela também? E você Enzo, também vai dar automoveis para a minha filha de aniversario?—  Perguntou Ana com a mão na cintura, parecendo dividida entre achar graça e ficar com raiva.

—  Claro que não, eu comprei uma mini cidade planejada para ela é claro, o presente que toda garotinha quer.—  Enzo respondeu dando de ombros.

—  Santo Dio, e eu comprei uma arma de brinquedo para o Rael, que recarrega a munição e dispara.—  Henrique comentou prendendo o riso sobre o nosso presente ser o menos rebuscado que ele ganhou.

—  Ele vai adorar, pode ter certeza, vive pedindo uma arma de presente mesmo sabendo que ainda não pode ter uma.—  Marco respondeu sorrindo puxando a esposa para sua frente.

— Caramba, a mamãe ta vindo, se esconde.—  Lucien disse para o Enzo com um sorriso brincalhão no rosto.

— Para com isso, a culpa é da Beatrice que não colabora comigo nesse inferno.—  Enzo reclamou olhando para mim, mas em minha defesa a tia Luana me perguntou se eu tinha alguma ideia de como ajudar o Enzo a melhorar, e eu respondi que seria uma boa solução se ele se casasse.

Não pensei que ela fosse levar tão ao pé da letra a ideia, mas sinceramente eu acho até bom.

—  Eu só dei uma ideiazinha boba.—  Retruquei dando de ombros.

—  Claro, ideiazinha boba. Minha mãe só ta planejando festa atrás de festa para eu conhecer sei lá quantas mulheres. Como eu não quis ela disse que  vai me arranjar uma noiva.—  Meu primo disse e eu gargalhei abertamente.

—  E o que você disse a ela? — Henrique perguntou grudando na minha cintura.

— Disse que tanto faz, se ela arranjar alguem boa o bastante eu me caso. —  Respondeu como se não falasse sobre nada além de amenidades como o tempo ou assuntos de trabalho.

Sempre objetivo e bem direto.

—  Você vai acabar se apaixonando, o casamento é a melhor coisa na vida de um homem.—  Marco comentou.

Incrivel como ele virou uma propaganda ambulante sobre as maravilhas do casamento.

— Mas isso se ele casar com alguem que ame Marco, ou que se apaixone depois assim como você. Isso seria um grande golpe de sorte.—  Domenico disse também entrando no assunto.

Bom, a verdade é que ele tem razão, mas o Enzo não vai conhecer ninguem meramente interessante quando ele não faz o minimo esforço para tal. Sendo assim cabe ao restante da familia dar um empurrãozinho.

— Eu acho que vocês precisam parar de pensar que um casamento vai me concertar, eu não tenho problema nenhum.—  Enzo disse e eu até concordei por que ninguem tem que concertar alguem.

A decisão precisa ser da propria pessoa.

—  Eu dou menos de um ano para eles casarem. — Ana comentou criando uma especie de afirmação e aposta. Daqui a pouco fazem dois anos que o Enzo conseguiu fugir e voltar para casa, dois anos que ele voltou para casa, mas faz  mais que isso que ele foi capturado.

— Eu aposto cinquenta mil euros.—  Henrique lanbçou o valor minimo e apartir dai a brincadeira se alastrou.

Olhei de canto de olho para o Henrique atrás de mim.

Eu tenho vivido o melhor momento da minha vida, o meu casamento é perfeito, o Henrique é o marido perfeito e para ser bem sincera eu tenho orgulho de ter nascido na familia Fontenelle, mas tenho muito mais orgulho de ser agora a senhora Moretti, esposa de Henrique Moretti o melhor homem do mundo.

Talvez seja esse o momento perfeito para contar a ele algo que eu ja sei a uma semana.

Ou eu posso esperar mais um pouquinho. O importante é que eu vou contar a ele que nosso amor ultrapassou os limites de nós dois, e agora teremos um bebezinho.

Um filho.

Uma parte minha e do Henrique. Nosso amor transbordou.



ESSE FOI O FINAL DA NOSSA HISTORIA MEUS AMORES! QUEM AMOU? QUEM FICOU FELIZ? QUEM GOSTOU DO PIQUE TORETTO QUE O RAEL É? KKKKKKKK AGORA VAMOS AGUARDAR JUNTOS O COMEÇO DO QUE PROMETE SER UMA HISTORIA INTENSA E CHEIA DE LAGRIMAS, VEM AI ENZOOOO

Maldita Perdição - Livro 3 da Série: Família Fontenelle Onde histórias criam vida. Descubra agora