1.6- Punição

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Neji estava se arrumando para ir à escola, naquele dia teve a sensação de que deveria encontrar um esconderijo melhor para o celular que Sasuke havia lhe dado, assim como alguns pequenos presentes que tinha ganhado de Shikamaru, como um colar combinando e um enfeite de cabelo. Colocou tudo em uma caixa e levou até o quarto da prima e pediu para que ela a escondesse em algum lugar de seu quarto.

Assim que ela o fez, os dois seguiram juntos para a saída onde foram parados por Hiashi. O líder deixou que Hinata passasse e fosse para a escola e ordenou que Neji o acompanhasse até a sala de reuniões.

O mais novo entrou primeiro e, quando se virou para o mais velho, levou um soco tão forte no rosto que se desequilibrou e caiu sobre a mesa derrubando uma das xícaras. Olhou com os olhos arregalados e sem entender o que estava acontecendo para o líder que, por sua vez, chutou a barriga de Neji o jogando para o chão. 

— O que..? Porque?! Porque tá fazendo isso, senhor?— Neji disse enquanto tentava se afastar do tio.

— Não finja que não sabe o que fez— Se aproximou dele e o puxou pelos cabelos para que ficasse de joelhos perante si— só não mostro essa vergonha que você é para todo o clã porque você é o único herdeiro capaz de assumir a liderança e essa desonra mancharia a imagem da minha família— deu um tapa estalado no rosto do mais novo o que fez os olhos dele se encherem d’água— Manter um relacionamento com um homem é uma vergonhosa desonra e apenas piora com ele sendo de outro clã.

Neji finalmente havia entendido.

— Como…?— sussurrou quase inaudível.

— Achou que poderia me enganar por muito tempo?! Que eu não descobriria?! Neji, você é uma vergonha!

Neji recebeu outro tapa, e outro, e outro e então os tapas se transformaram em socos. Aos socos foram acrescentados chutes.

Tinha perdido a noção do tempo e a cada novo golpe sentia cada vez mais dor. Em certo momento estava caído no chão levando pontapés e pisadas em seu tronco e cabeça. Sua cabeça também foi batida contra a parede diversas vezes. 

— A Hinata teve sorte de não estar aqui, porque vou puni-la também por causa da sua insolência.

Neji, que estava caído no chão e encostado na parede, cuspiu o sangue que saiu de sua boca quando perdeu um dente e sorriu. Não deixaria que aquilo caísse sobre a prima.

— Você acha mesmo que contei alguma coisa para ela? Você é estúpido, por acaso?

Não conseguiu sequer pensar em desviar do objeto que veio em sua direção. O bule de chá se quebrou em sua cabeça e o sangue quente escorreu por sua testa, bochecha e queixo.  Ficou tonto imediatamente com a pancada.

— Cale a boca!

A outra xícara foi jogada. E mais um soco em seu rosto que fez seu nariz sangrar.

— Ao menos não contaminou a Hinata com sua atitude— foi caminhando até a porta e parou em frente a ela— Você não é digno de ver a luz do sol ou sair de seu quarto, vai ficar lá até que melhore e, quando não estiver mais com o rosto marcado, irá sair para se casar— saiu e falou com um segurança, que estava do lado de fora garantindo que ninguém o atrapalharia, para levar Neji até seu quarto, o trancar lá e ficar vigiando a porta.

Neji estava em sua cama sentindo dor e sem conseguir se mexer, quando a porta se abriu e uma enfermeira do clã entrou com uma maleta. Ela cuidou dos machucados dele em silêncio sem fazer nenhuma pergunta. Ficar em silêncio e sem questionar era uma coisa natural para os Hyuuga 's. Ela enfaixou sua cabeça, passou pomadas em seus hematomas, cuidou dos sangramentos e deu um saco com gel gelado para por nos inchaços. 

Tem alguém vindo (ShikaNeji)Onde histórias criam vida. Descubra agora