1.7- Algo errado

330 36 2
                                    

O sentimento de preocupação não passou no dia seguinte, pelo contrário, apenas piorou por não ver Hinata na escola também. Estava tão aflito que sequer conseguia dormir o que, para si, era algo praticamente impossível. Shikamaru estava ficando aflito. Tinha mandado mensagens para o celular que Neji tinha ganhado, mas ele sequer as via.

Perguntou a Naruto se ele sabia de alguma coisa e o loiro negou e também se preocupou com seus amigos. Pensou que deveria falar com Sasuke, já que o clã dele tinha ligação com o clã Hyuuga e ele poderia saber de algo.

— Não, eu não fiquei sabendo de nada. Por que? aconteceu alguma coisa com eles?— Sasuke perguntou. Sabia que sua ação teria consequências, mas não achou que fosse ser algo realmente grave. Talvez tivesse que escutar um sermão ou talvez um tapa no rosto, o que não acreditava ser possível já que achava que os Hyuugas não acreditavam em punição física. E tudo que tinha acontecido aparentemente era que ele tinha parado de ir a escola, não era tão ruim.

— Não sei, mas tenho certeza que alguma coisa aconteceu. O Neji e a Hinata não ficam sem vir na escola ou sem falar comigo. Tem alguma coisa estranha. Eu não sei o que é, mas tem.

— Cara, relaxa. Ele tá sendo treinado pra ser o próximo líder, ele pode tá passando por um treinamento diferente ou mais intenso, isso pode tá deixando ele muito ocupado e cansado. E a Hinata também deve ter suas próprias obrigações— Sasuke falou e olhou para Shikamaru, mas ele não parecia convencido— Olha, confia em mim. Eu faço parte de um clã meio parecido com o dele, sei como é que funciona.

— Hun… É… Você deve tá certo. Mas não consigo deixar de me preocupar.

Sasuke suspirou.

— Não acredito que vou dizer isso, mas posso ver se consigo notícias deles pra você.

— Você faria mesmo isso?! Muito obrigado.

— Pode deixar que vou falar com meu irmão e, assim que tiver notícia, falo com você.

Quando se afastaram o Uchiha rolou os olhos, cansado com a preocupação extrema com o Hyuuga. Ligou para o irmão para perguntar o que teriam para o almoço e perguntou se poderia ser sopa de tomate e oniguiri. E perguntou se Hiashi havia feito algum anúncio sobre a mudança no casamento. Itachi respondeu que não, mas que tinha marcado uma reunião com eles.

Sasuke foi até Shikamaru e falou com ele.

— Aí, falei com meu irmão. O líder Hyuuga marcou uma reunião com meu pai, então devo ver o Neji em breve. Te falo como ele tá. Mas tenho certeza de que ele só tá tendo treinamento.

— Muito obrigado, Sasuke. Eu ficaria feliz de saber como ele tá.

— Relaxa, cara. Ele vai tá bem.

Shikamaru foi para casa. Durante todo o caminho ele ficou em silêncio e pensando no namorado. Não conseguia o tirar de sua mente. Até tentou não pensar e acreditar no que Sasuke havia dito. Fazia sentido, mas apenas não acreditava. Sentia dentro de si um desconforto e incômodo, algo lhe dizia que tinha algo errado.

Estava inquieto e andava de um lado para o outro. Sua mãe tentou conversar com ele durante o almoço.

— Shikamaru! Para de brincar com a comida e come logo.

O garoto olhou para ela, concordou com a cabeça e deu uma pequena garfada. Mastigou lentamente enquanto olhava para o nada. Comeram em silêncio.

— Filho, você tá quieto. Aconteceu alguma coisa?

— Aconteceu.

— O que aconteceu?

— Eu não sei… Não sei, mãe. Tem alguma coisa errada, eu sinto isso. Aqui dentro— colocou uma mão sobre o peito ao falar.

— Acredite no que sente. Nós sabemos quando algo não está certo.

— Mas eu não sei o que fazer, mãe. Isso tá me deixando angustiado.

A mãe o olhou de uma maneira gentil, colocou a mão em seu ombro e se aproximou dele.

— Filho, eu vejo sua angústia. Mas, às vezes, se tentarmos ajudar só pioramos as coisas. Espere que o momento certo de fazer algo vai aparecer.

Ele a abraçou apertado e agradeceu.

— E enquanto você espera, vá até a casa da sua avó levar um pouco dessa carne ensopada pra ela.

— Ela mora do outro lado cidade.

— Vai de carro.

— E se a polícia me parar?

— Para de arrumar desculpa e vai. Você sabe que não vai ser parado pela polícia. E aproveita e passa no mercado e traz as coisas da lista— apontou para uma lista de compra que deixava pendurada na geladeira e adicionava algo sempre que lembrava ou acabava.

Shikamaru pegou a lista, o pote com ensopado e a chave do carro e foi resmungando até a porta.

— Amo você, filho.

— Também te amo, mãe.

Shikamaru foi e foi bom ver sua avó. Ela lhe deu muitos doces e ele estava extremamente cheio.

— Meu filho, você tá tristinho— ela colocou a mão no rosto dele e fez um carinho— Conta pra vó o que tá te deixando tristinho.

— Só tô preocupado vó.

— Ôh, meu filho. Vem cá com a vó. Vou fazer um cafezinho e um bolinho pra você pra te deixar mais felizinho.

Passar um tempo com a avó o distraiu um tempo e até o fez feliz durante o tempo que estava lá. Mas chegando em casa, recebeu uma mensagem que o abalou.

Neji:

Shikamaru

É a Hinata. O Neji foi preso no quarto

Ele tá lá trancado no quarto a dois dias. Não sei quanto tempo ele vai ficar lá.

Acho que Hiashi descobriu sobre vocês.

Não sei o que fazer e o que vai acontecer em breve.

Vi em uma sala todos os móveis do Neji.

Só consegui te mandar essa mensagem porque o celular tava guardado no meu quarto

Não vamos mais pra escola

Não sei muito sobre o qu

e ta acontecendo

Te aviso se souber de outra coisa.

∆∆∆

O próximo capítulo sai até quarta.

🌈🍉✨

Tem alguém vindo (ShikaNeji)Onde histórias criam vida. Descubra agora