Capítulo Treze

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Eleanor

Estou ansiosa.

Kingsley disse que está vindo buscar eu e Amy para irmos às compras com sua mãe. Vamos para sua casa e de lá vamos para algumas lojas. King disse que sua mãe vai nos arrumar para a noite irmos a esse jantar.

A última vez sai às compras foi com minha mãe, quando eu tinha quatorze anos, fazem bons anos.

Estou terminando de fazer uma trança em Amy quando ouço a buzina do carro.

Elora e John estão fora e segundo a mensagem que ela me mandou vão voltar só daqui dois dias, isso significa que estamos livres nesse final de semana.

Ao trancar a casa entro no carro preto.

Amy está na cadeirinha no banco de trás. Sim, ele comprou uma cadeirinha para ela andar com segurança no carro. King me disse que já tem uma no carro de sua mãe, para Amy se sentar durante as nossas compras.

— Oi, linda. — King me comprimenta com um sorriso. — Tudo certo para o dia das garotas?

— Oi. Tudo bem, está tudo bem.

Não está tudo bem.

Estou morrendo de nervosismo por dois motivos.

O primeiro é que não tenho dinheiro para gastar e dois sempre que Amy sai ela quer tudo o que vê. Por isso minha ideia é: só ver dona Sarah fazer suas compras e palpitar aqui e ali, se ela me perguntar se preciso de algo vou dizer que não. Se Amy quiser algo eu à distraio.

O segundo motivo é porque vou estar com a mãe de King. Só isso já é justificativa suficiente para me deixar nervosa.

— Você não parece bem. — Ele se dirige a Amy. — Sua irmã não parece muito bem, não é pequena?

— Sim! Sissi, você parece meio nervousa.

— Eu estou nervosa.

— Belle. — Kingsley para no sinal e me encara. — Minha mãe te adora. Sério, desde que ela te conheceu só fala em o quanto você é incrível, que você cria sua irmã, trabalha e faz faculdade. Se eu dissesse que você não aceitou ir às compras com ela, tenho certeza de que dona Sarah viria te buscar pessoalmente e te faria ir com ela e no jantar contra a sua vontade.

A mãe dele me adora?

Nem a minha mãe me adora.

— Sim, ma belle, ela te adora. — King responde como se tivesse lido meus pensamentos.

— Ok. Vou tentar me acalmar.

————————————

Eu não me acalmo.

Estamos na sala da casa de Kinsgley esperando sua mãe terminar de se arrumar e a cada minuto que se passa eu estou mais nervosa.

A sala é grande e aconchegante. A luz da parede de vidro entra clareando tudo e dando uma visão do lindo jardim, um sofá bege fica em frente a uma lareira. No centro da sala há uma mesinha com desenhos prensados em um vidro, fazendo o papel de tampo da mesa.

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