𝖢𝖺𝗉𝗂𝗍𝗎𝗅𝗈 𝖲𝖾𝗂𝗌 | 𝖬𝗈𝗋𝖽𝗂𝗌𝖼𝖺𝖽𝖺

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Jisoo treme a mão antes de aproximar seu celular do ouvido

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Jisoo treme a mão antes de aproximar seu celular do ouvido. Ela espera pacientemente sua mãe atender e logo a doce voz da mais velha é escutada; em um tom alegre ao receber uma ligação da filha.

⏤ Ma-Mamãe, eu vou dormir na casa de uma amiga hoje, porque eu acabei terminando o meu trabalho mu-muito tarde e não irei conseguir chegar a tempo. ⏤ Ela engole em seco e sente as unhas de Jennie cravando em sua pele pálida. Seus toques são tão gélidos, que causam um calafrio intenso na menor.

⏤ Não há problema, querida, contanto que volte em segurança no dia seguinte. ⏤ A jovem sorri fracamente por saber que sua progenitora está com um sorriso de orelha a orelha. O tom alegre é contagiante, e quase faz aquela adolescente esquecer os problemas ao seu redor.

⏤ Não se preocupe, mamãe, logo estarei em casa. ⏤ A mencionada solta uma risada baixa e assente, enquanto sussurra que ama sua filha. ⏤ Eu também te amo. Até amanhã...

Antes mesmo de conseguir desligar a chamada, Jisoo sente uma forte mordiscada em sua coxa. A mais nova tenta conter um gemido involuntário e encerra rapidamente a chamada, suspirando ao ver o local marcado tão vermelho.

Ruby simplesmente inventou de fazer ela dormir em seu quarto e permitir que fique com sua cabeça apoiada nas coxas dela. É frustrante, mas foi obrigada a tolerar.

⏤ Sua mãe suspeitou? ⏤ A morena deixou alguns selares na coxa dela e sorriu fracamente. Ela ergueu a cabeça para aproximar seus lábios do pescoço da garota e beijar o local.

⏤ Nã-Não, Jennie... ⏤ Kim se contorceu e clamou para não sentir mais aqueles toques. Alguns resmungos baixos são escutados e a empresária ignora completamente eles.

⏤ Sabe o que eu estive pensando durante esses dias? ⏤ Jane afastou o rosto da curvatura da menor e sorriu largamente, se lembrando de uma ideia que teve. ⏤ Podemos sair nesse final de semana, só eu e você. O que acha?

A estudante choramingou, abaixando a cabeça e tapando seu rosto com as mãos. O corpo se encolhendo lentamente e aquilo deixando Jennie sem reação. Ela só queria sair dali, ter uma vida normal de volta e não precisar ser ameaçada por uma mulher maluca. Seu medo por ela havia aumentado ainda mais, e seus dedos se encontravam trêmulos, por sentir a destra da morena em seu antebraço.

⏤ Jisoo, o que houve? Por que está chorando? ⏤ Ela pega calmamente nas mãos pequenas e avista como os olhos estão vermelhos. Seus lábios cheinhos avermelhados e inchados pelo choro que ainda está descontrolado, enquanto soluça aos poucos e tenha conter isto.

A jovem não responde, sendo completamente impedida pelo pequeno engasgo e pelas lágrimas que descem involuntariamente. Logo, não demora para a figura miúda se estremecer na cama ao perceber o olhar severo da empresária.

⏤ Eu estou falando com você, não me ignore. ⏤ A canhota, que permanece em uma das coxas da adolescente, firma os dedos na região e machuca a pele da garota, ouvindo um gemido sôfrego escapar dos lábios cortados.

⏤ E-Eu tenho medo de você... Nã-Não quero me relacionar com uma maluca...

Assim que aquela frase é dita e as palavras saem gaguejadas, Jennie fica por longos segundos em silêncio, apenas para ver como aquilo torturou o psicológico da mais nova, e como ela parece tão assustada com a situação.

A maior puxa Kim pela cintura e, em uma atitude bruta, junta sua boca com a dela. O corpo menor se contorce e tenta empurrar a empresária, mas de nada funciona, e mais lágrimas são derramadas.

⏤ Você sabe que vai me amar, certo? Sabe que logo estará implorando para continuar comigo.

Na mente da jovem, é incrível a forma como aquela mulher diz suas palavras e soam como se fossem verdadeiras. Com tanta firmeza e convencimento na voz, Jane fala a primeira coisa que pensa e não se importa mais com nada. Sua vontade de ter aquela garota está ficando mais perigosa, e o fato de estar psicologicamente instável piora tudo.

⏤ Por que eu? Po-Por que me escolheu? Eu não mereço isso! ⏤ A de fios negros exclama e, sem pensar direito, empurra a maior para cair deitada na cama. Suas pernas, finalmente, com a coragem que reuniu, se mexem e correm para fora do quarto. Os dedos trêmulos tentam abrir a porta, mas a força não parece adiantar. Está trancada.

E não demora muito para uma dor aguda se fazer presente em seu pescoço. Sua mão toca vagarosamente no local e ela vira a cabeça para o lado, vendo Ruby injetando uma seringa em si. E, aos poucos, a visão vai ficando embaçada.

⏤ Eu estou tão calma, Jisoo. Acho que você também precisa estar.

 Acho que você também precisa estar

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