4 de setembro de 2005
Jão Romania.
Olho 'pra TV de tubo da sala que passava um jogo de futebol.
eu deveria dar importância.
Papai me disse que se eu quisesse ficar bom mesmo no futebol, toda oportunidade eu deveria aproveitar, até mesmo em assistir um jogo chato de um time que eu nem torcia.
Na verdade nos últimos meses tudo anda chato.
Todos os treinos, aulas e fins de semana estão chatos.
Acho que as vezes eu sinto falta do Pedro, tudo fazia mais sentindo, todas as tardes eram engraçadas, até mesmo as tardes iguais a essa; vendo um jogo de futebol, esparramado na sala de casa enquanto eu comia pipoca.
A sua comida favorita.
Empurro o balde de pipoca para longe de mim, ele cai no chão com toda a pipoca sem graça.
Eu não gosto mais de pipoca
repito para mim, mesmo querendo comer o pote inteiro que caiu no chão.Faziam 5 meses que eu não via Pedro.
5 meses.
Ele não me visitou nenhuma vez.
nenhuma.
Nem na escola, nem nos treinos, muito menos aqui em casa.
Minha boca treme e aquela dor estranha na garganta começa a me irritar.
Ele sumiu.
Depois daquela tarde que papai deixou Pedro e seu pai sozinhos nunca mais eu vi ele.
Será que ele não gostava mais de mim?
Ele ainda queria ser o meu melhor amigo?
Porque para sempre ele iria ser o meu Pedro.Na mesma noite eu remoí isso e estava decidido a fugir de casa para ir atrás dele, mas quando eu já estava na esquina de casa, Ana, a minha babá me achou.
E até agora eu 'tô de castigo.
Ouço a campainha tocar mas ignoro.
Não era Pedro.
Eu só atendia o Pedro.Olho para os dois lado da sala enquanto eu mudo o canal de esportes para o de desenho.
Homem Aranha.
E então a campainha toca de novo.
E outra vez.
Mas uma.Tampo os meus ouvidos esperando Ana atender, papai não deixava eu atender a porta.
Só quando Pedro vinha para cá.
Mas isso era antes.
Cruzo os braços emburrado por pensar nisso de novo.
Como o esperado a campainha toca outra vez, me levanto marchando até a porta.
Abro me deparando com o garoto moreno de olhos grande, brilhantes e cabelo bagunçado.
Ele sorri para mim.
E eu fecho a porta na sua cara.
Minha boca treme e aquela dor na garganta piora ainda mais.
Fica mais forte até do que na vez que papai brigou de verdade comigo e eu chorei.
Passo a mão no rosto sentido cossegas na bochecha.
Meu rosto estava molhado.
Olho 'pra minha mão e passo ela de novo no rosto, não secava nunca.
![](https://img.wattpad.com/cover/339718648-288-k702550.jpg)
VOCÊ ESTÁ LENDO
Meu Nêmesis - 𝐩𝐞𝐣𝐚̃𝐨.
FanfictionNo mundo da fama só três coisas importam: poder, reputação e sucesso. Quando se está na sarjeta a urgência aos olorfortes pode ser maior até do que o próprio respeito a sua família, principalmente se a única maneira de se reerguer na indústria musi...