you are still mine

doze

Sai de casa e fui para qualquer lugar que tivesse bebida. Estava bem no foda-se se amanhã tivesse de ressaca e ter que ir para o treino.

Parei em frente a um restaurante e entrei. Não liguei para os olhares em mim.

—Boa noite senhor. O que deseja?

—Sua vodka mais forte por favor. Pura—falei e o moço me entregou um shot—a garrafa.

Ele me olhou assustado mas me entregou. Bebi o que ele tinha colocado no copo e logo o enchi de novo, sentindo o líquido descendo queimando minha garganta.

Quando a garrafa estava pela metade senti uma mão no meu ombro.

—O que está fazendo aqui Bellingham?—ah é Cíntia.

—Não é da sua conta.—falei enchendo outro copo e o bebendo novamente.

—chega.—falou pegando o copo e a garrafa.

—Me devolve Cíntia.

—Não. Só vou te devolver quando você me contar o que aconteceu.

—Ta.

—Mas vamos para outro lugar—falou pegando no meu braço e me levando mais para dentro do restaurante.

Sentamos em uma mesa bem afastada de todos.

—O que aconteceu?

—Minha mulher não está mais feliz com o nosso casamento.

—Ela te disse isso? Ou você só está se precipitando.

—Ela me disse isso.

—Ela quer divórcio?

—acho que sim, mas tem a nossa filha, eu não quero deixar a Maya só com cinco anos e dizer que a mamãe e o papai dela não estão mais felizes.

—Eu entendo, mas você quer o bem dela?

—Lógico que eu quero. Eu amo ela.
Mas depois de tantos anos juntos, ela simplesmente enjoou? Da noite para o dia?

—Eu acho que não foi da noite para o dia Jude. Mas deixa ela pensar um pouco. Não faz pressão sobre ela, talvez ela só tinha falando aquilo na hora, da boca para fora.

—É talvez. Agora me devolve.

Ela me entregou e enchi mais, bebi e enchi mais.

—E por que você está aqui bebendo. Você não acharia melhor ficar em casa? Para saber que ela está segura? E bem?

—Não, não era melhor eu ficar em casa. Por isso vim para cá.

Falei e enchi mais uma vez.

—Ja deu não acha? Você já acabou quase com a garrafa.

—É eu vou indo—falei me levantando e indo em direção ao meu carro.

—você é doido? Não, eu não vou te deixar dirigir neste estado. Onde quer que eu te leve.

—Para a casa do Éder.

Pagamos a conta e ela pegou a chave do meu carro para dirigir.

[...]

Assim que chegamos ela já pediu um uber para ela.

—Ve se conversa com ela.

—vou sim, tchau te vejo amanhã.

—tchau, é..—virei meu rosto e ela me puxou....para um beijo. UM BEIJO.

Anão, anão, anão..

—Cíntia...—falei me separando dela.

—Ai... desculpa—falou colocando a mão no rosto.

—Acho melhor você ir. Eu sou casado.

—Eu sei, eu sei...desculpa—falo saindo e andando muito rápido.

Sai do carro e toquei a campainha do Éder sem parar.

—Que foi desgra—parou assim que me viu—o que aconteceu? Você está fedendo a cachaça sabia?

—sabia. A CÍNTIA ACABOU DE ME BEIJAR. como eu conto isso para a Maria? Ela já não tinha gostado dela desde o momento que soube, agora....
Eu não quero mentir para ela. A gente já não está muito bem...o que eu faço?

—Calma. Você não acha melhor contar para ela? Já que não quer mentir?

—ELA QUER DIVÓRCIO ISSO SÓ VAI SER MAIS UM MOTIVO

—O que? Ela quer divórcio?

—É, ela disse que não está mais feliz com o nosso casamento.

—Tem certeza? Isso não é possível Jude. O jeito que ela te olha não é de quem não te ama.

—Eu tenho, ela disse isso.

—Disse? Conversou com ela.

—Conver-

—Uma conversa civilizada

—Não, quando eu tentei ela falou isso daí

—Então dorme, descansa. Amanhã você não vai para o treino. E depois você vai para a sua casa e conversar com ela.

—Ta né.

Passei a noite pensando em como contar para a Maria sem que ela falasse que esse só era um dos motivos para ela não estar mais feliz.

Pensei em dizer que não fui eu que a chamei, eu só encontrei ela, e do nada ela me beijou. Falar que eu não tive culpa. Sei lá. Só acho em que todas essas possibilidades ela vai explodir e pedir para se separar de mim. Eu nunca trai ela. E nunca vou.

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Eita eita miss amores.
E agora. Próximo capítulo vai ter mais merda ou talvez felicidade. Acho que um pouco dos dois, beijooo 💋