Cursed Queen - Lalisa G!p

Capítulo 14

ROSEANNE

Eu não sei o que me acordou, mas gostaria que fosse embora. Meu corpo está rígido, mesmo quando sinto que estou esticada em uma nuvem. Lentamente, cheiros de flores, ar fresco e algo que não consigo nomear no momento penetram em minha consciência. Aquele som irritante que me acordou ainda está lá e está ficando mais alto.

Um gemido frustrado escapa dos meus lábios quando me viro, enterrando minha cabeça na nuvem macia. Com isso, meu corpo enrijece e fico totalmente alerta enquanto as memórias do que aconteceu antes de eu perder a consciência correm para mim. Esta não é a minha cama e não sinto a dor paralisante que me diz que estou longe da Babilônia. Então, onde estou? O som que me acordou acabou sendo vozes, à medida que se tornam aparentes agora que estou totalmente acordada.

– Você não acha que eu sei disso? Ela é minha irmã! – meu irmão sibila com raiva.

– Estou bem ciente de que ela é sua irmã, Jimin. O que estou perguntando é: Quem a quereria morta? Não há outra explicação para o que aconteceu. – A voz de Lalisa faz meu coração bater dolorosamente no meu peito.

– Ela pode ter uma língua afiada, Lalisa, mas não vejo por que alguém a iria querê-la morta. Ela será uma governante muito melhor do que eu jamais poderia esperar ser, mas isso nunca vai acontecer. Ela nunca governará porque é mulher. E antes de você me dar um sermão, deixe-me dizer que não, eu não concordo com isso. Nosso pai, no entanto, sim. A menos que eles quisessem que a guerra começasse e ela fosse culpada por iniciá-la, não sei mais o que dizer a você. Se eles tentassem armar para mim, para que você me matasse e eu não herdasse o trono, eu poderia ver sentido nisso. Chaeyoung? Eu simplesmente não vejo a lógica.

– Bem, quem quer que seja me conhece muito bem, isso eu posso te dizer. Se eu não tivesse sentido que havia mais nisso, eu teria matado a sacerdotisa inútil que você trouxe para mim, assim como sua irmã, sem perguntar mais nada. – Parando para respirar, Lalisa está prestes a dizer algo mais quando de repente temo que ela possa contar a Jimin o que aconteceu antes de eu desmaiar.

– Onde estamos? – Levantando minha cabeça, minha voz corta o que quer que Lalisa estava prestes a dizer e ambos correm para mim.

– Como você está se sentindo? – Estou sem palavras, porque aquele não era meu irmão perguntando ou embalando minha parte superior do corpo em seu peito enquanto escovava meu cabelo longe do meu rosto. Não, é a rainha bárbara.

– Você está machucada, Chaeyoung? – Quando fico quieta por muito tempo, apenas olhando para Lalisa como uma idiota, a voz do meu irmão me tira disso.

– Não. – Eu respondo, empurrando o corpo de Lalisa para que ela possa me soltar. Eu me levanto. – Não estou sofrendo agora. – Respirando fundo e soltando o ar lentamente, olho ao redor para ver que estamos no jardim. Olhando para baixo, vejo que estou em cima de travesseiros colocados juntos como um colchão. Eu olho de Jimin para Lalisa, e a preocupação em seus rostos me confunde. Jimin sabe que a estrangeira está dentro dos jardins? Ele não pode estar tão preocupado a ponto de não perceber o quão estranho e inédito isso é. – O que aconteceu? – Eu observo o rosto de Jimin enquanto pergunto.

– Ainda estamos tentando descobrir isso. – Jimin esfrega as mãos no rosto antes de se sentar ao meu lado, em frente a Lalisa. – Alguém tentou se certificar de que essa guerra comece, Roseanne. Se a bárbara... Ele ergue o queixo, indicando Lalisa com um pequeno sorriso nos lábios, – não tivesse usado seu cérebro, teria havido um massacre naquela tenda esta noite. Estávamos no meio de seu acampamento e em total desvantagem numérica. Embora se você perguntar a seu general, ele deveria ter matado todos nós de qualquer maneira. – Ele termina, ficando sóbrio.