Cursed Queen - Lalisa G!p

Capítulo 19

ROSEANNE

– Eu estou perplexa. – Esfregando minhas mãos sobre meu rosto, eu enrolo meu corpo confortavelmente na almofada. Esta vai ser uma longa conversa.

– Já faz um tempo que estou confusa, mas as coisas estão lentamente começando a fazer sentido. – Lalisa solta uma risada sem humor, fazendo-me estreitar os olhos para ela.

– Você acha isso engraçado?

– Humor é a última coisa que encontro em toda essa bagunça, garanto a você.

– O que diabos você acabou de me mostrar lá, bárbara? – Acenando minha mão em nenhuma direção particular, eu olho para ela. – Mais importante, por quê? Não havia razão para eu ver isso. – E então me dei conta, e me fez sentir como se todo este palácio tivesse se espatifado no topo da minha cabeça. – Oh, queridos deuses! – Eu pulo da almofada para ficar em cima dela. – Você viu seu general transando com sua esposa, então você veio até mim? Você pensou que não há problema em ficar entre as minhas pernas desde que ela encontrou algum outro entretenimento?

Toda a pena e tristeza que eu sentia por ela, junto com aquela linda sensação de estar em seus braços, evaporaram em um piscar de olhos. Estou com tanta raiva. Mais comigo do que com ela, mas parte de mim quer drenar sua vida bem onde ela está sentada, me olhando calmamente com aqueles olhos castanhos dela, olhos que piscam entre meu rosto e meu peito como se ela não pudesse evitar. 

A raiva borbulha em meu peito e, levantando minha mão, bato em seu rosto o mais forte que posso, jogando-a para o lado. O som ecoa como um trovão ao nosso redor, e eu congelo com minha boca aberta em choque. Não acredito que acabei de fazer isso. Com uma lentidão dolorosa, ela vira a cabeça para trás para olhar para mim.

– Por mais que isso seja merecido, você está errada sobre uma coisa. – Não há raiva em seus olhos enquanto Lalisa me olha sombriamente. – Vim direto para cá quando voltei do templo. Eu ouvi você gritar e corri para seus quartos. Você pode perguntar a Jimin se não acredita em minhas palavras. Eles têm sido próximos assim desde o início, e isso não me incomoda. Ela se tornou minha esposa apenas para que pudéssemos acabar com a guerra. Ela é minha esposa apenas no nome.

Nós nos encaramos enquanto eu procuro seus olhos para ver se Lalisa está falando a verdade. Como se ela me conhecesse muito bem, e estou começando a acreditar que ela sabe mais do que mostra, Lalisa levanta a mão, com a palma para cima, dando-me para que eu possa lê-la.

É uma demonstração de confiança que muitos não me deram. Esse pequeno gesto me faz mostrar a Lalisa que também posso confiar nela. Pela primeira vez em vinte e quatro anos, permiti-me acreditar em uma pessoa. Sem tocá-la, eu esfrego minha mão, ainda dói do tapa nela, na minha coxa enquanto volto para a minha almofada.

– Como você sabia que eles estavam lá? – Não consigo tirar os olhos da marca de mão vermelha marcando sua pele cremosa, e me sinto uma vadia por causar isso.

– Hoje não é o…

Suas palavras são cortadas pela batida da minha porta aberta e meu irmão invadindo com um olhar selvagem em seu rosto. Lalisa pula tão rápido para ficar protetoramente na minha frente que eu fico assustada com isso. Algo quebra na sala, e a única coisa que posso ver são as pernas de Jimin se movendo como um animal enjaulado. Ele ruge incontrolavelmente, me fazendo pular e empurrar meu caminho ao redor de Lalisa, já que ela não moveu um músculo.

– Jimin … – Eu cautelosamente tento me aproximar do meu irmão enlouquecido.

– Ele está morto! – Ele grita na minha cara me fazendo dar um passo para trás.