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Enquanto abraçava uma Minjeong entregue aos seus braços, toda derretida e satisfeita, Jimin sentiu seu coração palpitar como se estivesse inebriado.

Aquilo não tinha sido uma simulação de transa num relacionamento simulado, ou sexo pro bono para provar que ela era uma pessoa melhor que seu pai.

Ela já tinha transado com outras garotas, mas nunca sentira uma sintonia como aquela. Nunca se sentira tão desesperada para agradar, ou tão extasiada quando a ruiva chamara seu nome e se entregara para ela de novo e de novo.

Não sabia o que tinha sido aquilo, mas com certeza não era só sexo.

Minjeong a abraçou com mais força, deu alguns beijos no seu ombro e no seu pescoço e sorriu para ela, fazendo movimentos circulares em seu ombro. Aparentemente não era sempre um mau sinal quando os dedos dela se agitavam, mas aquilo fazia cócegas.

Jimin pôs a mão espalmada dela sobre seu coração para impedir que começasse a batucar e tentou assumir um estado de espírito mais profissional.

— Você me parece bem. — Ela disse, retirando alguns fios de cabelo do seu rosto. — Mas pode me dizer se tiver algo a incomodando?

Minjeong ficou em silêncio por alguns instantes, parecendo pensativa. Então a encarou de forma relutante.

— A noite de ontem foi o que você esperava?

Jimin expirou com força, surpresa com a pergunta.

— Por que isso?

— Sei que deveria ter sido diferente para você. Eu não fui muito... ativa.

— Ativa? Do que você está falando?

— Não fiz muita coisa para lhe dar prazer. — Ela ficou vermelha.

— Isso é por causa do que Sunghoon disse daquela vez? — Jimin se esforçou para manter o tom de voz suave, mas suas palavras saíram duras mesmo assim. A lembrança daquele babaca provocando ela na soverteria fez seus punhos se cerrarem.

— Talvez um pouco.

— Mas que porra...

Jimin foi interrompida quando Minjeong virou para ela com a expressão magoada.

— Não estou brava com você. É com esse cara. Comigo mesma. — Um vinco se formou entre as sobrancelhas dela, e a morena alisou com a ponta do dedo. — Você me deu muito prazer. Sei que estava nervosa, mas apreciei tudo de forma única.

Ela voltou a ficar pensativa por alguns instantes.

— Hum... Então você está feliz com o que nós fizemos?

— Claro que estou. Quero descobrir se você está. E, pelo que me disse até o momento, estou preocupada que não esteja.

Minjeong brincou com o tecido do lençol, evitando o olhar perscrutador de Jimin.

— Eu estou feliz, mas ainda acredito que a noite de ontem não foi tão, hum... satisfatória quanto costuma ser para você, mas prometo que, se tiver paciência comigo, irei melhorar.

Jimin praguejou disfarçadamente.

— Venha cá.

Ela a puxou, fazendo-a se deitar sobre o seu corpo e envolvendo-a com os braços. Ficou em silêncio por alguns instantes antes de suspirar com força.

— Você acha que as minhas relações anteriores foram totalmente satisfatórias, mas está enganada. Você me deu algo que eu nunca tive: confiança.

Minjeong assentiu, mas algo no seu gesto a inquietou.

— Juro que não estou bajulando você. — Jimin fez uma pausa, como se ponderasse bem o que diria em seguida. — Sob o risco de parecer uma idiota, eu não senti algo assim nem mesmo com minha ex-namorada. Então confie em mim quando digo que as coisas com você são diferentes. No melhor dos sentidos.

Behind Your Touch - WinRina Onde histórias criam vida. Descubra agora