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Na manhã seguinte, Jimin acordou e encontrou a cama vazia. Atordoada, meio adormecida, estendeu o braço para o lado de Minjeong. Os lençóis não conservavam calor algum.

Ela se sentou e pôs os pés no chão, encolhendo-se quando eles tocaram o piso frio. Vestiu uma camisa larga e depois de jogar uma água no rosto saiu do quarto, coçando os cabelos desgrenhados. A luz da cozinha estava acesa, mas não havia sinal de Minjeong. Um copo de suco de laranja pela metade estava em cima do balcão, ao lado de restos de queijo e uma casca de pão. Era como se um rato tivesse passado por ali para fazer um lanchinho, mas fugido ao ser pego no flagra.

Ao entrar na sala de estar, viu cabelos ruivos espalhados sobre o braço do sofá. Dormindo, Minjeong parecia ainda mais jovem e muito serena. Sua pele estava pálida, mas seu rosto e seus lábios exibiam um tom rosado. Jimin queria eternizar aquele momento. Na verdade, ela lhe trazia à mente o quadro Sol ardente de junho, de Frederick Leighton. Vestia apenas uma camisa social cor de marfim, com os primeiros botões abertos.

Jimin não conseguiu resistir ao chamado daquela pele branca e macia. Beijou seu ombro e se agachou ao lado dela, a mão acariciando de leve sua cabeça.

A ruiva se remexeu e abriu os olhos, piscando duas vezes antes de sorrir para ela.

Seu sorriso lento e doce incendiou o coração de Jimin. A respiração dela ficou acelerada. Nunca sentira aquilo por ninguém e a profundidade do sentimento que Minjeong lhe despertava nunca deixava de surpreendê-la.

— Oi — sussurrou Jimin, afastando os cabelos do seu rosto com carinho. — Você está bem?

— Sim.

— Fiquei preocupada quando procurei você na cama e não a encontrei.

— Sai para comer alguma coisa, porque você sempre demora para acordar.

Jimin sorriu e beijou o topo da cabeça dela.

— Vou me lembrar disso. Mas você tem razão, tendo a demorar mais tempo na cama quando não preciso ir para a faculdade ou trabalhar.

— Percebi isso quando dormi aqui da última vez...

— De qualquer forma, gosto de saber que você se sente confortável quando está na minha casa.

Minjeong assentiu, sorrindo.

— Ainda está com fome? — Perguntou Jimin. — Posso preparar alguma coisa para você se preferir.

— Não, está tudo bem.

— Ah, é mesmo? — Disse ela, deslizando um dedo pela camisa social, roçando a parte de cima dos seios dela.

— Jimin...

A morena deu uma risadinha e a beijou.

— Só quero aproveitar bem o tempo com a minha namorada.

Ela deslizou a mão para tocar seu rosto e a puxou para perto para lhe dar um beijo mais intenso. Então subiu uma das mãos pela coxa macia dela, por baixo da camisa social. Em seguida soltou um grunhido, sentindo o corpo todo aquecer.

— Sem calcinha. Está tentando passar algum recado? — Ela murmurou no ouvido dela, gostando de vê-la estremecer e abrir as pernas para facilitar seu acesso. Minjeong nunca a recusava, estava sempre faminta por ela, da mesma forma que Jimin pela ruiva.

— Você sempre joga longe, e demoro um tempão para achar. Achei que... — Ela respirou fundo quando a morena começou a acariciá-la, e jogou a cabeça para trás.

Jimin a beijou de forma sedenta e a deitou no sofá. Em seguida se apoiou sobre ela e moveu os lábios sobre o seu queixo, seu pescoço. Sua mão encontrou o sexo dela. Enquanto deslizava os dedos para dentro, seus olhos se cruzaram acidentalmente, então se fixaram uns nos outros. O pânico dela foi às alturas. Era um contato direto demais, exposição demais. Minjeong tentou desviar o rosto, mas então percebeu que a vulnerabilidade da morena era evidente. Os olhos turvos continuaram em contato profundo, revelando tudo uma para a outra.

Behind Your Touch - WinRina Onde histórias criam vida. Descubra agora