Behind Your Touch - WinRina

18

Uma semana depois, Minjeong ainda não sabia em que pé estava seu projeto de conquistar Jimin. A morena parecia feliz — e ela sabia que estava —, mas o segundo mês havia começado, e ela não tinha certeza de até quando o acordo seria renovado.

Naquela noite, jantaria de novo na casa da mãe dela. Enquanto andava de um lado para o outro em seu quarto, ela vasculhou seu cérebro em busca de maneiras inteligentes de pedir conselhos à família dela. Se havia alguém que a conhecia, eram aquelas mulheres. Mas como não levantar suspeitas de que havia alguma coisa errada em seu relacionamento? Todos achavam que o namoro era real.

— Eu estou mesmo fazendo isso? — murmurou Minjeong olhando para cima. Às vezes, ela se perdia nas situações bem mais do que conseguia descrever. Ela respirou fundo e olhou diretamente para seus olhos refletidos no espelho. — Mantenha. A. Calma.

— Você não precisa se preocupar — disse Ningning, entrando no seu quarto. — Tenho certeza que as coisas vão correr muito bem hoje a noite.

Minjeong tentou seguir o conselho dela e parar de ficar se estressando muito, mas na teoria isso era bem mais fácil do que na prática.

— Quem poderia imaginar... — sussurrou Ningning se recostando no batente. Ela tinha um grande sorriso nos lábios.

— O que foi? — Perguntou Minjeong, encarando-a.

— Nada. É só que é tão bom ver você assim... feliz.

Ela sorriu, entendendo.

— Você acha que é exagero?

Sua amiga balançou a cabeça.

— Acho que você deve mesmo aproveitar essa fase da sua vida. — disse ela, passando as mãos nos cabelos. — Mas me fale mais sobre a Jimin. As coisas entre vocês estão mesmo bem? Não tenho motivos para me preocupar?

Minjeong percorreu a pequena distância do espelho até a cama. A chinesa se aproximou e sentou ao seu lado.

— Sinceramente, Ningning, não tenho nada sobre o que reclamar. Tudo o que te falei sobre ela da última vez permanece igual.

— Bem, eu confesso que fiquei surpresa ao descobrir que Jimin é completamente diferente do dizem por aí — ela disse. — Mas isso é algo bom, porque eu jamais iria apoiar esse relacionamento se ela fosse uma idiota.

Esse pensamento a fez sorrir.

Quando estava crescendo, Ningning havia lhe dado conselhos muito bons. Sua amiga sempre sabia o que ela queria ouvir, mas sempre dizia o que ela precisava ouvir.

— Bom, espero que você se divirta hoje a noite — Ningning sorriu, levantando-se da cama. — Mas caso precise, estou a uma mensagem de distância.

Minjeong sorriu e assentiu.

— Tudo bem.

Ela levou mais alguns instantes para terminar de se arrumar, então chamou um táxi e saiu. Cerca de vinte minutos depois estava em frente a residência da família de Jimin.

Ela entrou sem tocar a campainha, conforme as instruções da morena, e tirou os sapatos, deixando-os junto à parede. Então grunhidos e respirações ofegantes chamaram a sua atenção para a sala de visitas. Ela foi até lá e ficou olhando para o emaranhado de troncos e membros no carpete ao lado do piano. Parecia ser Jimin com uma garota. Minjeong normalmente ficaria com ciúmes, mas elas não pareciam nada felizes.

— Desiste logo — Jimin grunhiu.

— Não, minha chave de braço estava encaixada. Você só conseguiu sair porque toma bomba.