CAPÍTULO DOIS:
O Jantar❝As madrugadas sempre cochicham as coisas que não temos coragem de dizer pela manhã.❞
Lucerys respirou fundo se olhando pelo reflexo do grande espelho de pé. Seu braço estava enfaixado, assim como tinha pequenas tiras de remédio a seco nos cortados das bochechas, ajustou o colarinho com bordados de fios dourados. Sua vestimenta era com as cores típicas do costume da sua família, vermelho e preto.Mas nunca deixando de mão o pequeno broche da casa Velaryon.
Seu cabelo estava devidamente seco, as roupas cheirosas e limpas. Ele se sentia melhor com aquele conforto, direcionou o olhar pra a grande janela, um desconforto subindo pelo seu âmago, desconforto muito bem conhecido por ele.
Seu corpo tremeu quando escutou o rugir alto do dragão que matou Arrax.
Vhagar.
Lucerys colocou a mão no peito, doía como o inferno. Se apoiou na cadeira e o meistre velho se aproximou colocando a mão nas costas do castanhado, afagando com cuidado.
— O que houve, meu Príncipe?
O mesmo não respondeu nada, ainda muito temente do que estava sentindo, viu o grande dragão sobrevoar o castelo, o medo se instalando no seu peito.
Mas ele perseverou, apertou com força no tecido da roupa de alta costura e respirou fundo.
Ergueu-se olhando para o meistre.
— Está tudo bem, apenas uma dor de cabeça. – Murmurou baixo. — O senhor sabe onde está minha mãe?
— No fosso dos dragões esperando seu irmão, Príncipe Jacaerys.
— Jace está vindo? – Perguntou com um brilho no olhar e toda aquela escuridão no peito pareceu sumir. — Então vamos, vamos. Tenho de ver meu irmão!
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𝐀𝐋𝐌𝐀 𝐏𝐎𝐑 𝐀𝐋𝐌𝐀
FantasyLucerys sabia que seu fim estava próximo quando viu as presas de Vhagar tão próximas a si, quando escutou os ossos de Arrax se destroçarem perante aos deuses da chuva, e quando tombou para o lado e escorregou de sua sela, ele fechou os olhos e uma l...