CAPÍTULO QUINZE:
A lealdade é oferecida, não barganhada.
"Sempre questione onde sua lealdade está. As pessoas que você confia irão esperar por isso, seus maiores inimigos vão desejar isso, e aqueles que você mais estima, vão, sem falhar, abusar disso."
O sol da manhã estava apenas começando a despontar sobre os campos verdes de Westeros, banhando a Fortaleza Vermelha em um brilho dourado. No quarto espaçoso e decorado com tapeçarias ricas e cortinas pesadas de veludo, o príncipe Lucerys acordava lentamente de seu sono, as memórias da noite anterior batiam em sua cabeça como as batucadas de um tambor, tão dolorosamente que era insuportável. As mãos se encostaram no colchão macio, o farfalhar das cobertas soavam por seus ouvidos, a ponta de seus dedos foram até as orelhas, ao mesmo passo que sentia um mal gosto na ponta da língua. O ar fresco da manhã entrava pelas janelas, fazendo alguns fios do cabelo castanho se mexer de seu rosto.
Lucerys espreguiçou-se sob os lençóis de linho finamente bordados com o brasão da casa Velaryon, um cavalo-marinho. Suas pálpebras ainda pesadas abriram-se para revelar olhos castanhos. Ele permaneceu deitado por um momento, ouvindo os sons suaves da manhã: o distante canto dos pássaros, o sussurro das tochas de fogo e os primeiros movimentos dos criados nos corredores do castelo.
O silêncio foi interrompido por uma leve batida na porta, seguida pela entrada cuidadosa de uma das criadas. — Bom dia, Vossa Alteza, - disse uma das três criadas, inclinando-se respeitosamente. — O dia já começou, e a sua mãe deseja vê-lo após o desjejum.
Lucerys assentiu, afastando os lençóis e levantando-se da cama. O quarto era espaçoso, com móveis de madeira escura e pesada, polidos até brilharem. Um grande espelho de corpo inteiro, emoldurado em ouro, refletia sua figura jovem e esguia. A criada trouxe uma bacia de prata cheia de água morna e uma toalha bordada, e Lucerys lavou o rosto, sentindo a água fresca despertar seus sentidos. Primeiro ele colocou uma de suas pernas dentro da bacia, sentindo o contato da água contra a pele, o príncipe suspirou e se reencostou ali, fechando os olhos e sentindo o pano úmido sendo esfregado em seus braços.
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𝐀𝐋𝐌𝐀 𝐏𝐎𝐑 𝐀𝐋𝐌𝐀
FantasyLucerys sabia que seu fim estava próximo quando viu as presas de Vhagar tão próximas a si, quando escutou os ossos de Arrax se destroçarem perante aos deuses da chuva, e quando tombou para o lado e escorregou de sua sela, ele fechou os olhos e uma l...