CAPÍTULO CATORZE:
A amizade surge de uma empatia, mas sobrevive de reciprocidade."É uma hipocrisia esforçarmo-nos para ser bons; temos de nascer bons ou então não vale a pena metermo-nos nisso."
Após a partida do príncipe, Lagertha entrou em uma série de devaneios consigo mesma. Fazia amarrações em lanças, que futuramente seriam usadas no embate futuro que aconteceria próximo aos campos. Suspirou ao dar um dó forte, uma das suas companheiras regressou ao seu lado e tocou em seus ombros tensos.— A visita daquele garoto te frustrou, não foi?
— Um pouco. – Ergueu o corpo para cima. — Não tenho tempo e nem respiração suficiente para perder com isso... e mesmo assim não paro de pensar em suas palavras.
— Se te consola, tenho novidades sobre o número de homens em campo.
— Me diga.
— São pelo menos quinze mil deles em terra firme, sem contar os quase cinco mil em cavalos.
A mulher de fios dourados grunhiu em raiva.
— Isso é muito mais do que eu imaginava.
— Mas seu irmão garantiu que conseguiria apoio.
— Eu não sei se dá para levar as palavras dele ao pé da letra. – Massageou as têmporas. — Mas ele não faria tal coisa conosco. Sei que conseguiu e que irão chegar no momento necessário.
— Tem certeza, Lagertha? – Desconfiou cruzando os braços. — Não acha melhor recuarmos? Temos mulheres com crianças.
— Ele me deu a sua palavra. – Disse tentando convencê-la, ao mesmo tempos que também queria se convencer dos próprios dizeres. — Meu irmão é um cafajeste. Mas não um assassino. Ele não nos mandaria sem ter certeza que teríamos apoio e chances de vencer. Ele não faria uma chacina em seu próprio bando.
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𝐀𝐋𝐌𝐀 𝐏𝐎𝐑 𝐀𝐋𝐌𝐀
FantasyLucerys sabia que seu fim estava próximo quando viu as presas de Vhagar tão próximas a si, quando escutou os ossos de Arrax se destroçarem perante aos deuses da chuva, e quando tombou para o lado e escorregou de sua sela, ele fechou os olhos e uma l...