12.

4.2K 360 293
                                    

CAPÍTULO DOZE:
Por trás das cortinas

"Todos os tipos de aversão podem ser curados, até mesmo aqueles que florescem da inveja

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

"Todos os tipos de aversão podem ser curados, até mesmo aqueles que florescem da inveja."

Lucerys avistou a paisagem das águas robustas e confusas em tons azulados refletindo a luz do sol

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.



























Lucerys avistou a paisagem das águas robustas e confusas em tons azulados refletindo a luz do sol. Mas não, as águas não estavam agitadas, era seus pensamentos que se mantinham em um furacão contínuo. Com as pernas bambas, quase fraquejando, buscou um breve refúgio perto da margem tranquila do rio, onde as águas corriam serenas como se tentassem acalmar a turbulência que se desenrolava dentro de âmago. A brisa suave soprava, trazendo consigo um murmúrio quase melancólico que dançava entre as folhas das árvores próximas. Ele avistava os montes das árvores distantes, as torres entre os vilarejos com os olhos oscilando em um martírio e uma sensação suave. Como se um peso houvesse caído dos seus ombros.



Sentado à beira da margem, Lucerys contemplava as águas reluzentes, seus olhos castanhos refletindo a agitação interior que o consumia. Seu manto, antes imaculado, estava manchado pelo vermelho carmesim do sangue, uma lembrança sombria dos eventos recentes que o rodeava, como uma sombra.



O som do rio, com seus murmúrios suaves, parecia ecoar os próprios pensamentos tumultuados. Sentimentos confusos e extensos se entrelaçavam em sua mente, como um labirinto de emoções difíceis de decifrar. A tristeza pesava em seu coração, mesclada com um profundo remorso e uma dose aguda de desesperança.



O que fizera ainda ecoava em sua mente, as imagens do passado recente ressurgindo como espectros. O peso do sangue derramado, as vozes esquisitas rondando sua cabeça, tudo isso o atormentava. As memórias, fragmentadas e dilaceradas, teimavam em ressurgir, pintando um quadro de uma realidade que ele preferiria esquecer. Em caminhos carregados de lentidão, o príncipe levantou enquanto se aproximava da beirada, seus dedos roçavam a água fria do rio, como se buscasse encontrar alívio na serenidade da correnteza. Contudo, a sensação gélida contrastava com o turbilhão de sentimentos que fervilhavam-o. A culpa o consumia, obscurecendo a luz da esperança e envolvendo-o em uma sombra de desamparo. Ao mesmo tempo que era reconfortante.


𝐀𝐋𝐌𝐀 𝐏𝐎𝐑 𝐀𝐋𝐌𝐀Onde histórias criam vida. Descubra agora