Ele me olhou com frieza e sua voz sussurrou de forma ameaçadora:
- Quem é você?
Sua presença e voz me causaram medo. Fazendo-me permanecer em silêncio, afinal, era a primeira vez que estava frente a frente com Alex Hart.
- O gato comeu a sua língua, garota? - Ele questionou.
Engoli em seco, tentando recuperar minha compostura.
- Ah! Me desculpe... O meu nome é Amy. Serei a sua acompanhante a partir de agora. - Respondi com nervosismo.
Encarei desavergonhadamente o capuz que escondia seu rosto, tentando, sem sucesso, ver suas feições.
Ele continuou a me olhar e perguntou com desagrado:
- Quem lhe contratou para isso?
- Foi o Doutor Simon, seu irmão... - Eu respondi, e ele soltou um longo suspiro de indignação, como se não gostasse da ideia de eu ser sua acompanhante. Confesso que eu também não estava entusiasmada com a situação.
Ele suspirou e então disse:
- Entre.
Eu o segui rapidamente para dentro, mas um nervosismo incomum começou a percorrer meu o corpo. Estava em uma casa com um estranho, e a tensão no ar era palpável.
A casa estava em completo estado de desordem, com copos, jornais e caixas de papelão espalhados por todos os lados. A bagunça me intrigava, e eu não podia deixar de me perguntar onde estava o Dr. Simon.
- Onde está o doutor Simon? - Perguntei.
- Ele está no hospital. - Respondeu ele.
- Como assim? - Questionei, perplexa.
- Ele não te avisou que você ficaria sozinha com um assassino? - Ele afirmou, com um tom sarcástico.
Sua fala me deixou em choque, e ele não precisou dizer mais nada para que eu entendesse a gravidade da situação. O Dr. Simon prometera ficar para nos apresentar, mas pelo visto, ele mentiu.
Enquanto eu processava isso, Alex se jogou no sofá com uma atitude ríspida.
- Bem, já que você está aqui, me traga um café. - Ele disse, indiferente.
Eu torci os lábios, sentindo repulsa pela sua grosseria. Havia imaginado que ele fosse diferente.
- Eu não quero ser mal-educada, mas eu não sou a sua empregada, e muito menos vim aqui para isso. - Afirmei, e ele simplesmente deu de ombros.
- Vejo que o Simon não explicou muito bem a situação. Mas pode deixar que vou te explicar... - Ele disse, se levantando do sofá e se aproximando de mim. Eu estava nervosa, e a cada passo que ele dava, eu recuava.
O som de seus passos no tapete era ameaçador, e meu coração acelerou. Finalmente, acabei recuando até encostar na parede, e suas mãos tocaram a superfície próxima a mim. Ficamos a poucos metros de distância, e eu podia ver apenas a sombra de seus lábios.
Ele começou a falar em um tom intimidador:
- Bem, você está na minha casa... E quando o meu irmão não está, eu dito as regras! Então você fará tudo que eu te mandar! - Ordenou ele.
Meus olhos estavam arregalados, e eu não conseguia desviar o olhar, mesmo sem ver seu rosto. Minhas mãos tremiam, e minha respiração estava profunda. Estava assustada e temerosa do assassino que parecia existir dentro dele.
Quando ele finalmente se afastou de mim, engoli em seco, aliviada por tê-lo longe; apesar dele ser uma grande incógnita na minha mente.
Até que inesperadamente, Alex estendeu um papel para mim.
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𝑷𝒔𝒊𝒄𝒐𝒔𝒆
Romance🥉3° LUGAR NO CONCURSO ENXANDRISTA [NA CATEGORIA MISTÉRIO/SUSPENSE] 🥈2° LUGAR NO CONCURSO CONHECENDO ESCRITORES [NA CATEGORIA DRAMA] 🥈2° LUGAR NO CONCURSO LUA PRODUÇÕES [NA CATEGORIA MISTÉRIO/SUSPENSE] 🏅5° LUGAR NO CONCURSO JANE AUSTEN [NA CATEGO...