CAPÍTULO 7 - A SOMBRA DE ALEX

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Ele me olhou com frieza e sua voz sussurrou de forma ameaçadora:

- Quem é você?

Sua presença e voz me causaram medo. Fazendo-me permanecer em silêncio, afinal, era a primeira vez que estava frente a frente com Alex Hart.

- O gato comeu a sua língua, garota? - Ele questionou.

Engoli em seco, tentando recuperar minha compostura.

- Ah! Me desculpe... O meu nome é Amy. Serei a sua acompanhante a partir de agora. - Respondi com nervosismo.

Encarei desavergonhadamente o capuz que escondia seu rosto, tentando, sem sucesso, ver suas feições.

Ele continuou a me olhar e perguntou com desagrado:

- Quem lhe contratou para isso?

- Foi o Doutor Simon, seu irmão... - Eu respondi, e ele soltou um longo suspiro de indignação, como se não gostasse da ideia de eu ser sua acompanhante. Confesso que eu também não estava entusiasmada com a situação.

Ele suspirou e então disse:

- Entre.

Eu o segui rapidamente para dentro, mas um nervosismo incomum começou a percorrer meu o corpo. Estava em uma casa com um estranho, e a tensão no ar era palpável.

A casa estava em completo estado de desordem, com copos, jornais e caixas de papelão espalhados por todos os lados. A bagunça me intrigava, e eu não podia deixar de me perguntar onde estava o Dr. Simon.

- Onde está o doutor Simon? - Perguntei.

- Ele está no hospital. - Respondeu ele.

- Como assim? - Questionei, perplexa.

- Ele não te avisou que você ficaria sozinha com um assassino? - Ele afirmou, com um tom sarcástico.

Sua fala me deixou em choque, e ele não precisou dizer mais nada para que eu entendesse a gravidade da situação. O Dr. Simon prometera ficar para nos apresentar, mas pelo visto, ele mentiu.

Enquanto eu processava isso, Alex se jogou no sofá com uma atitude ríspida.

- Bem, já que você está aqui, me traga um café. - Ele disse, indiferente.

Eu torci os lábios, sentindo repulsa pela sua grosseria. Havia imaginado que ele fosse diferente.

- Eu não quero ser mal-educada, mas eu não sou a sua empregada, e muito menos vim aqui para isso. - Afirmei, e ele simplesmente deu de ombros.

- Vejo que o Simon não explicou muito bem a situação. Mas pode deixar que vou te explicar... - Ele disse, se levantando do sofá e se aproximando de mim. Eu estava nervosa, e a cada passo que ele dava, eu recuava.

O som de seus passos no tapete era ameaçador, e meu coração acelerou. Finalmente, acabei recuando até encostar na parede, e suas mãos tocaram a superfície próxima a mim. Ficamos a poucos metros de distância, e eu podia ver apenas a sombra de seus lábios.

Ele começou a falar em um tom intimidador:

- Bem, você está na minha casa... E quando o meu irmão não está, eu dito as regras! Então você fará tudo que eu te mandar! - Ordenou ele.

Meus olhos estavam arregalados, e eu não conseguia desviar o olhar, mesmo sem ver seu rosto. Minhas mãos tremiam, e minha respiração estava profunda. Estava assustada e temerosa do assassino que parecia existir dentro dele.

Quando ele finalmente se afastou de mim, engoli em seco, aliviada por tê-lo longe; apesar dele ser uma grande incógnita na minha mente.

Até que inesperadamente, Alex estendeu um papel para mim.

𝑷𝒔𝒊𝒄𝒐𝒔𝒆Onde histórias criam vida. Descubra agora