CAPÍTULO 10 - DESPEDIDAS

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Tremo ao ouvir sua voz intercalar, e logo tenho a visão de que Alex acabara de sair do banho, então por consequência da vergonha, minhas bochechas ficam vermelhas e eu instantaneamente saio correndo com as mãos no rosto.

Eu continuava a correr espiando pelos espaços entre os dedos, até encontrar meu quarto na escuridão. Com o coração acelerado, joguei-me na cama e comecei a me debater de vergonha!

- Como pude ficar vermelha! - exclamei, irritada comigo mesma. - Não acredito que fui dar esse mole! Agora ele ficará me perturbando o resto da minha vida...

Continuava lamentando o meu ato, quando me lembrei que esta poderia ter sido a chance de ver o rosto do Alex pela primeira vez, afinal, ele não tomaria banho de capuz e, além disso, eu mesma consegui sentir a pele molhada dele, ou seja, eu fui uma idiota! Por que você foi logo sair correndo Amy...

Após alguns segundos de arrependimento, eu senti os meus olhos pesarem, então os abri com dificuldade e me levantei cambaleando para tomar os remédios. Encontrei a maleta na escrivaninha; o doutor Simon deve tê-la deixado aqui para mim. E em seguida, tomei três pílulas e retornei à cama, me aconchegando sob a coberta, percebendo o quanto estava frio. Fechei os olhos novamente e, aos poucos, adormeci.

××××

No dia seguinte, acordei com o corpo todo dolorido, provavelmente por dormir de mal jeito. Meu pescoço estava me matando, o que infelizmente me irritava ainda mais...

Para minha sorte, minha voz já estava quase cem por cento, permitindo que eu falasse algumas palavras concretas. Às 8h00 da manhã, já estava de pé, arrumando meu cabelo e fazendo minhas necessidades pessoais. Após terminar, segui para a cozinha, onde o doutor Simon preparava o café da manhã com um belo sorriso no rosto. Ao me ver, ele estendeu ainda mais o sorriso e disse:

- Bom dia, Amy. Dormiu bem?

- Bom dia. Dormi sim... - disse, esfregando o pescoço.

- Pelo que vejo, acredito que não - Ele sorriu, - Seu pescoço está doendo devido à cama?

- Bem, você é bastante observador pelo que vejo. E sim, meu corpo está super dolorido.

- Eu compreendo. Mas não se preocupe, faremos alguns exercícios e isso pode ajudar.

- Sim... Obrigada - Agradeci, caminhando mais a fundo na cozinha e me sentando na ilha.

- Com licença - falei, me acomodando.

- Bem, eu resolvi preparar para você um café com bastante cálcio e vitaminas. Temos salada de frutas, mingau de aveia, pão e leite integral, e suco de laranja com gengibre.

- O que a senhorita gostaria de comer? - Ele perguntou.

- Bem, eu prefiro uma salada de frutas e um pouco de suco de laranja, por favor - Pedi.

- Certo. Só um momento - Ele disse, montando minha salada de frutas e colocando o suco no copo.

Após alguns segundos, eu já estava comendo, esperando pacientemente o aparecimento do Alex. Ao mesmo tempo, me perguntava se de alguma maneira ele estava me evitando, afinal, ele ainda não saiu do quarto. Mas se fosse esse o caso, eu também não estava com muita vontade de encontrá-lo.

Depois do café da manhã, eu e o doutor Simon tiramos um tempo para praticar exercícios físicos, enquanto ele avaliava minha condição respiratória. Ele me ajudou a fazer agachamentos, alongamentos e em seguida mediu minha pressão e batimentos cardíacos.

- Será que poderíamos dar uma pausa? Eu gostaria de ver minha mãe agora.

- Certo, sem problemas. Depois continuamos. - Disse o Doutor.

𝑷𝒔𝒊𝒄𝒐𝒔𝒆Onde histórias criam vida. Descubra agora