Capitulo 24:Enquanto me beija

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  Boa leitura

Pov's Meredith

   Eu disse a Alex que ficaria longe mas eu não consegui, ele esteve ali para mim em tantos momentos difíceis, passamos por coisas demais, eu não sabia como ele ficaria depois daquela conversa com Jô mas, eu sabia que não seria bom, ele  havia escolhido o caminho dos covardes e agora as consequências estavam voltando para lhe assombrar, ele basicamente saiu daqui fugido, decretou o próprio exílio, deixou tudo para tràs, sem ter a coragem de se despedir, sem nos dar a chance de fazer–lo, e agora ele queria voltar, não para ela mas para a cidade que ele deu para ela, e para isso ele precisava ter a conversa que ele fugiu tentando evitar.

   A vi entrar, olhei para ele e nada, ele ainda a olhava com amor mas não era mais mesma coisa, meu amigo havia superado Jô de uma forma que eu não conseguia explicar,  voltei meu olhar para ela e tudo eu eu vi em sua postura era tensão, ela queria ela queria mostrar indiferença mas não era isso que eu vi ali, Alex era uma vírgula  na vida de Jô e ela não conseguiria  seguir em frente e ser indiferente até ter a chance de por um ponto final na história deles.

    Assistir eles conversar a distância, sem conseguir ouvir  me levou de volta ao tempo quando eu estava me recuperando do ataque de Lou, eu não ouvi e tudo que eu conseguia capitar vinha das expreções, havia uma batalha acontecendo mesmo que ambos estivessem distanciados, não havia gritos, a expressão do meu amigo dizia que ele preferia que tivesse, ele preferia que ela estivesse gritando e batendo nele do que olhando para ele com aquela decepção que ele fez de tudo para não ver, e conhecendo Alex aquele dia, aquelas feções ficariam coladas em sua mente lhe atormentando como um trauma.

   Ela se aproximou dele e tirou algo do bolso, ele segurou  mão dela no lugar ela retirou a mão, falou algo e saiu. Fiquei ali esperando ele processar, Alex era como um animal ferido quando algo desse tipo acontecia, ele precisava de espaço, ou atacaria.

   Pop's Alex

   Eu a chamei na sala de reuniões , queria falar com ela sobre a possibilidade de ficar, eu não queria ver a mágoa no olhar dela, era isso que eu estava tentando evitar mas, se tem uma coisa que eu aprendi com a vida e que  a dor que você causa nas pessoas não diminui só porque você não vê, esperei para ver se ela viria, eu sabia que Mer estava por perto, ela disse que não viria mas, eu sei que ela não conseguiria ficar longe, esperei por Jô, então quando ela entrou na sala, a covardia me abeteu não tive coragem de olhar em seus olhos mas, eu tinha que demonstrar coragem, ela tinha o direito de gritar, me xingar ou me bater se quisesse mas ela não fez, ela ficou ali esperando que eu desse o primeiro passo, não sei o que esperava encontrar quando voltasse a vê-la mas, ela não era a mesma mulher que eu amei assim como tenho certeza que ela não conseguia mais ver em mim o  homem que ela já amou, eu ainda tinha carinho por ela, eu sempre teria mas era diferente, eu sabia que Izzie era a mulher da minha vida, tanto que eu a mandei embora, porque eu jamais conseguiria ficar longe se ela estivesse perto, mas Jô com ela eu virei um homem de verdade, pus a minha vida no lugar e ela sempre seria importante para mim, e sempre seria um dos meus maiores arrependimentos a forma como terminei as coisas com ela.

   —Obrigado por vir.—Falei me levantando da cadeira em que estava e dei um passo em sua diração e ela deu um para trás o que me fez recuar.

   —Eu não tinha certeza se viria.—Ela respondeu com a mesma postura rígida e voz fria.

   —Obrigado por vir eu....

  —Não fiz por você, isso eu faço por mim, esse é o encerramento que você me devia.—Ela me interrompeu, e a mágoa que vazou em sua voz me quebrou.

   —Eu estou voltando para cá achei melhor falar contigo antes...—Falei indo direto ao assunto.—Não quero te machucar mais do que já fiz, eu jurei que me manteria distante mas, minha família tá aqui.—Tentei ser o mais sincero possível.

   —Não entendo porque falar comigo era tão importe para você,  não foi quando você decidiu ir.—Ela disse de maneira apática mas seus olhos transbordaram emoção.

    —Eu não queria te magoar, eu não suportaria ver isso.—Felai de forma honesta.

   —Sim, eu fiquei do seu lado  durante tudo, e sabe o que é pior, eu perguntei, eu falei para você ir atrás dela , para saber se tinha filhos, eu questionei uma e outra vez, eu até te dei a chance de ir embora enquanto eu estava quebrada porque eu pensei, se eu precisar me recuperar que seja de tudo.—A falou com a voz embargada.

   —Se eu te deixasse naquele momento eu seria um covarde, eu não podia fazer isso.—Falei tentando fazer ela entender, ainda que minha lógica não fizesse mais sentido nem na minha mente.

   —Sim porque dizer que ficaria, esperar eu me refazer para me jogar de volta no chão  foi muito mais corajoso da sua parte, olha se você vai ou se fica, não me diz respeito, você deixou bem claro isso quando partiu.... Eu não sabia ao certo porque eu vim, até estar aqui e ver você, eu sei porque você veio e eu sei que o que quer é que eu te absorva mas, não dá você me magoou e vai ter que viver com isso assim como eu tive que viver com o que você fez, enfim... eu vou indo.—ela falou se  afastando.

   — Eu sei, eu só queria te avisar para não causar ainda mais dor.—Falei  olhando nos olhos dela.

   —Ok eu realmente preciso ir....—Ela se virou pronta para ir embora.—Mas antes.

     Ela veio até mim, tirou algo do bolsa e pôs sobre a mesa, quando retirou a mão de cima vi que eram os nossos anéis, nossas alianças e seu anel de noivado, olhar para aqueles que deveriam ser o símbolo do nosso amor, a prova que eu jamais a magoaria intencionalmente  foi como  levar um tiro, era o meu erro materializado, jamais vou me arrepender de ir até meus filhos mas, sempre me arrependeria da forma como as coisas aconteceram, ela colocou a mão sobre os anéis e eu pus a minha sobre a dela, sua mão deu uma leve tremida, e aquilo foi estranho o toque que antes despertava paixão parecia arranhar, foi nostálgico e bem desconfortável ao mesmo tempo, ela olhou nos meus olhos e eu retirei a mão da dela.

   —Obrigada.—ela disse sem desviar o olhar.

   Eu sabia que ela não estava me agradecendo pelo cessar do toque hostil, e sim pelo encerramento, e então ela saiu da sala e eu fiquei ali absorvendo todas aquelas emoções das quais eu tentei fugir.

  Assim que que sai daquela sala vi Meredith me esperando como ela disse que faria, palavras não foram necessárias  ela foi andando comigo até o bar, ela estava distraída parecia preocupada mas, eu sabia que ela viria até mim quando estivesse pronta, atravessamos a rua e chegamos no bar, Joe logo veio nos servir, Mer pediu água e ele estranhou, mas serviu assim mesmo, uma notificação chamou sua atenção e  ela pegou o celular, soltou um suspiro aliviado e deixou ele sobre o balção mas ela o colocou em falso e ele caiu, me abaixei para pegar ao mesmo tempo que ela, quase batemos a cabeça uma na outra o que teria sido cômico, rimos tanto que ela parecia que ia perder o equilíbrio no banco, segurei o seu braço para firmar ela e seu riso deu lugar a uma expressão de dor, estranhei já que não havia segurado com tanta força assim, lembrei da fúria de Carina contra Deluca e  então  juntei os pontos.

   —O que aquele merda fez?—Eu estava processo.

  —Alex não....

  — Me conta ou tiro dele na porrada.—Respirei fundo tentando me controlar.

   Meredith não disse nada apenas levantou as mangas, os hematomas em forma de mãos em seus braços eram tudo o que eu precisava de prova, dessa vez não seria uma surra eu ia matar Andrew Deluca.

É isso

Beijos Bia
 

A namorada do meu irmãoOnde histórias criam vida. Descubra agora