capítulo 3: Quando meu melhor não é o suficiente

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Pov's Meredith

Assim que deixei Amélia fui me preparar para minha cirurgia, percebi que estava com fome mas não haveria tempo para isso, eu não podia ir até o refeitório e também não podia ir para a sala dos atendentes, almoçar fora estava fora de cogitação, procurei nos meus bolsos e achei uma barra de granola, bem teria que bastar, como eu estava meio ilhada fui visitar meus pacientes e assim que acabei estava na hora da cirurgia, no caminho para pegar minha touca cirúrgica em meu escritório mandei uma mensagem para a babá das crianças pedido que ela fosse as esperar em casa, o transporte as deixaria e eu ainda estaria em cirurgia.

Fui até o centro cirúrgico e para sala de lavagem, comecei a me preparar enquanto eles prepararavam a sala, era sempre incrível estar ali, quando eu estava naquela sala eu esquecia tudo, toda dor, cansaço tudo sumia e só restava foco, enquanto eu me preparava eu tomei um susto ao ouvir o barulho da água na torneira ao lado, olhei para o làdo e Bailey estava ali

-Boa tarde Drª Bailey ajudo em algo? -perguntei a encarando assim que terminei o processo de descontaminação.

-Sim vou participar da cirurgia com você...

-Desde quando? Olha Bailey você é a chefe e isso não está em discussão mas quando mudanças forem feitas na minha sala de cirurgia eu gostaria de ser consultada.-eu estava com raiva era uma cordialidade básica entre cirurgiões não entendo porque o mesmo benefício não se estendia a mim.

-Ok doutora Grey mas preciso conversar com você e na sala de cirurgia parece ser o único lugar que encontro você por mais de 10 minutos inteiros.- ela começou me repreendendo.

-Estou a frente de dois departamentos Drª, sou mãe e gosto de pensar que tento ter uma vida fora daqui, sem contar meu lugar no conselho se não consegue falar comigo por conta do meu acúmulo de funções não é uma falha no meu trabalho e sim no seu.-Disse passando por ela e entrando na SO.

Eu estava livida, a fome e o cansaço não ajudaram em nada a minha raiva, assim que entrei lancei um olhar para a minha equipe e como era uma equipe que sempre trabalhava comigo eles sabiam que não deveriam fazer piadas nem brincadeiras, concerteza havia um protocolo para isso, o protocolo medusa segundo eu ouvi, seria engraçado se eu não estivesse cega de raiva.

Fui até as enfermeiras que começaram o processo de vestir as luvas, olhei em volta e não haviam estagiários nem residentes a vista, nem na sala muito menos na galeria que estava fechada, olhei para uma das enfermeiras e ela cochichou Chefe, tentei não gritar com aquilo mas esse desrespeito estava saindo de linha.

-Grey eu...

-Galeria fechada?-perguntei antes que ela pudesse terminar a frase.

-Bem eu disse que precisávamos conversar, e eu também amo operar e como chefe não tenho feito muito isso então...

-Vamos deixar uma coisa bem clara Drª espero que o que houve aqui hoje não se repita, e que não seja uma mostra de como você resolve os problemas com a equipe cirúrgica, porque não é assim que as coisas são feitas.-a interrompi ainda tentado conter meu temperamento.

Bailey olhou em volta e ninguém disse nada , eu não estava com medo dela, e pouco a pouco com o tempo estava perdendo o respeito também, e isso pela forma como ela resolvia as coisas, não estávamos em uma festa e nem éramos crianças se havia algo a ser resolvido, precisava se feito com respeito e não daquela forma, me desaltorizando na frente da minha equipe.

-Claro Drª Grey terei isso em mente.-ela respondeu entre dentes, as inferneiras começaram a vestir as luvas nela, ela provavelmente não gostou do que eu disse mas paciência se eu tive que engolir em seco ela também teria.

A namorada do meu irmãoOnde histórias criam vida. Descubra agora