capítulo 5-"acidente"

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Bruna narrando:

Luan tinha acabado de sair pra trabalhar quando alguém bateu na porta. Achei estranho e fui atender, mas quando abri tive vontade de trancar a porta na mesma hora.

- o que você está fazendo aqui? - pergunto encarando o Rian.

- eu vim te fazer uma visita, gostou? - ele pergunta dando um sorriso sarcástico.

- você sabe que não. - digo fechando a porta.

- eu sei que você tá louca por mim. - Rian diz passando uma mão em minha nuca, mas tiro mão dele de mim e me afasto.

- não encoste um dedo em mim. - digo em tom de ameaça.

- posso não encostar em você, mas no Luan sim. - Rian sorri um sorriso assustador e cheio de ódio.

- você não seria capaz. - cerro minhas mão em punhos.

- acredite, eu seria. - Rian aperta o meu rosto e se aproxima, mas não me beija, e sim me olha com um olhar ameaçador.

- não, não faça nada com ele, por favor. - digo quase chorando ao pensar no que ele poderia ser capaz de fazer com o Luan.

- tarde demais meu amor. - ele me olha mais uma vez e vai embora. Tranco a porta e me sento no chão.

Eu não queria que ele fizesse mal ao Luan, eu não queria...

Passei quase uma hora chorando, mas então resolvi fazer alguma coisa pra impedir que o Rian machucasse o Luan. Peguei meu celular e liguei por Luan, mas ele não me atendeu, liguei de novo e nada. A cada ligação que eu fazia sem sucesso o meu coração apertava mais e lá no fundo eu tinha um pressentimento de alguma coisa tinha acontecido.

Gusttavo narrando:

Minutos antes...

Estava acontecendo um roubo em uma mansão e no momento a gente tava se preparando para sair. Estava indo para o meu carro quando vi alguém saindo correndo de baixo do carro do Luan. Aquele homem era familiar.

- Luan, você me empresta o seu carro? - pergunto me aproximando dele.

- claro que sim, porque? - ele pergunta meio sem entender nada.

- é que o meu é muito chamativo pra ir na frente, então acho melhor gente fazer uma troca. - explico.

- tá bom, é todo seu. - Luan entrega a chave e eu entrego a chave do meu. Entro no carro e saio.

Eu não estava com um bom pressentimento, parecia que algo de ruim ia acontecer, mas mesmo assim eu tive que continuar, para salvar meu amigo.

A mansão era localizada em uma fazenda e por esse motivo a rodovia que a gente estava indo era muito longe.

Depois de passar por uma ladeira o carro começou a ganhar muita velocidade, o que me desesperou muito porque mais a frente tinha uma curva ao lado de uma ribanceira. Pisei no freio, mas o freio estava cortado, nessa hora me lembrei daquele homem que vi minutos antes... Era óbvio que isso era para o Luan.

Quanto mais eu me aproximava da curva, mais rápido o carro ficava, quando eu já estava a poucos metros dela eu tentei fazer a curva, mas perdi o controle e caí na ribanceira.

Esses foram os cinco segundos mais longos da minha vida, e quando senti o choque da queda a dor foi inevitável. Eu pude sentir minha pele ser cortada enquanto o sangue jorrava, mas o que mais me doeu foi o medo de nunca mais poder ver as pessoas que eu amo.

Conforme a dor de cabeça aumentava a minha visão se apagava e na minha mente vinha um filme de tudo que eu vivi, desde o meu nascimento, até os meus últimos minutos que passei a pouco. Por mais que eu tenha escapado da morte várias vezes, eu sabia que essa era impossível escapar, esse era o meu fim.

Nunca pensei que o abraço da morte fosse tão doloroso, eu estava longe do meu amor, longe da minha família, longe dos meus amigos, longe de tudo e completamente sozinho...

Em questão de segundos minha respiração se transformou em suspiros sufocantes e então a morte me abraçou e tudo se transformou em escuridão.

Luan narrando:

Achei estranho o Gusttavo não estar na pista, então avisei a Cassandra e ao passar perto de uma curva vi que tinha acontecido um acidente. Parei o carro na estrada e desci a ribanceira. Ao me aproximar percebi que aquele era o meu carro e que o Gusttavo estava desmaiado.

Peguei meu celular e liguei pra emergência.

Eu estava entrando em desespero ao ver meu melhor amigo assim. Meu coração apertou e meus olhos se encheram de lágrimas, nessa hora eu desejei estar no lugar dele só pra que tudo ficasse bem.

- Gusttavo fala comigo! - digo chorando enquanto olho para ele. - Gusttavo! - me aproximo da janela que estava completamente quebrada e checo sua respiração, ele estava respirando, mas muito pouco para conseguir sobreviver.

Minutos depois...

A ambulância já tinha chegado e levado o Gusttavo em estado grave, eu fui com ele na ambulância e não soltei sua mão em momento algum.

- cara não me deixe, você ainda tem muito o que viver. - digo chorando enquanto a culpa tomava conta de mim.

Porque eu fui aceitar trocar de carro? Era pra ter sido eu e não ele.

Os minutos iam se passando e os sinais vitais do Gusttavo iam diminuindo cada vez mais, até que eu ouvi o som mais desesperador da minha vida.

- se afaste. - o paramédico diz enquanto liga o disfrebilador. Ele dá três choques e o Gusttavo não reage, então a potência é aumentada, mas mesmo assim ele não tem nenhuma reação.

- não! Gusttavo você não pode morrer! - as lágrimas não paravam de escorrer e a maldita culpa me consumia. - eu preciso de você!

Continua...

Gente eu chorei escrevendo esse capítulo
Vocês acham que o Gusttavo vai sobreviver?

Quem vocês acham que sabotou o carro do Luan?

Votem e comentem muitooooooo ♥️

Nos vemos no próximo capítulo 😘😘

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