capítulo 21- Amnésia.

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Semanas depois...

Luan narrando:

Tinha acabado de chegar no hospital e encontrado com a Cassandra que estava bem animada.

- você já pode visitar o Gusttavo. - um pequeno sorriso se abre no meu rosto.

- eu posso ir agora? - pergunto animado.

- sim!

A abraço e em seguida vou na recepção para me autorizarem a visitá-lo.

Finalmente vou poder ver o meu amigo bem.

Depois de um tempinho eles me deixaram entrar no quarto dele.

Quando entrei ele estava encarando as paredes com a maior cara de tédio.

Não julgo, na verdade faria o mesmo.

- Luan? - assim que ele me vê um sorriso se abre no seu rosto e eu o abraço.

Começamos a conversar umas coisas bem aleatórias, até que me surge algumas perguntas que eu tinha que saber a resposta.

- você se lembra do que aconteceu antes do acidente? - ele me encara confuso.

- eu... Não me lembro de nada. - seu tom de voz é sério, ele não brincaria com uma coisa dessas.

- e você se lembra do aconteceu aqui nesse quarto antes de você voltar a entrar em coma? - ele parece lembrar de algo e me olha prestes a dizer alguma coisa.

- eu só lembro de uma enfermeira entrar aqui e... - Gusttavo fica pensando em algo. - não me lembro de mais nada... O resto são borrões.

Talvez a Luíza tenha sido a responsável pela perda de memória dele.

Não, agora eu viajei.

- você me disse antes de desmaiar que aquela enfermeira era a Luíza. - ele me encara boquiaberto como se eu estivesse louco.

- como assim a Luíza? Ela morreu. - Gusttavo parecia estar extremamente confuso.

- deixa pra lá. - mudamos de assunto e depois de fofocar e rir bastante o médico chegou.

Entendi que era para sair, então foi exatamente o que eu fiz.

Voltei para a recepção e me sentei ao lado da Cassandra.

Minutos depois o médico vem em nossa direção.

- o paciente apresenta um quadro de amnésia, mas não é nada grave. Vamos fazer mais alguns exames e daqui a alguns dias ele poderá receber alta. - Cassandra e eu o encaramos sorrindo feito dois doidos.

Eu estava muito feliz.

Meu melhor amigo vai sair desse maldito hospital.

Bruna narrando:

O clima entre mim e o Luan está tenso desde o dia daquela confusão.

Eu tentei contar pra ele a verdade, mas eu não consegui, por outro lado o Jhonatan sabia de tudo e me compreendia, já o Luan...

Ele achava que eu tinha traído ele com aquele ser.

Mas no meio de tudo isso uma coisa boa aconteceu.

O Gusttavo acordou alguns dias depois e hoje ele vai poder finalmente voltar a receber visitas.

No momento eu estava em casa deitada na cama esperando a minha tontura passar.

Do nada alguém bate na porta.

- pode entrar. - digo com a voz rouca enquanto encarava o teto.

Ao invés da dor passar, ela só aumentava e eu já tinha tomado uns remédios.

Paloma entra e se senta ao meu lado.

- cê tá melhor? - ela me olha preocupada e passa a mão na minha testa.

- se eu te falar que eu tô melhor cê vai me deixar dormir? - digo fazendo graça.

- não. - Paloma sorri e se levanta. - eu pegar alguma coisa pra você comer e já volto. - ela sai do quarto e deixa a porta aberta.

Fecho os olhos na tentativa de dormir um pouco.

Quando eu estava quase pegando no sono, a Paloma entrou com um prato cheio de sopa.

- senta, que eu não vou sair daqui até você comer. - sento na beirada da cama e ela senta ao meu lado, me entregando o prato.

- parece estar deliciosa. - digo sorrindo.

Eu estava morrendo de fome, mas quando eu tentei comer um pouco meu estômago embrulhou e corri pro banheiro.

Assim que termino lavo meu rosto e fico me olhando no espelho.

Eu tô um lixo.

Tudo começa a girar e eu tenho que me escorar na pia.

- Bruna, vem cá. - Paloma segura e me guia de volta pra cama. - dorme um pouco, se não passar eu vou levar você no médico. - faço cara de tédio pra ela.

- tá bom. - bufo e fecho os olhos, finalmente pegando no sono.

Sou acordada ao sentir a cama pesar ao meu lado, abro meus olhos e fico desesperada.

- você é minha. - Rian diz apertando meu pescoço e começa a me beijar.

Tento fugir, mas não consigo e o mesmo começa a arrancar nossas roupas.

- eu te avisei pra não contar nada a ninguém. - ele sorri amargamente. - e você contou, e enquanto você está se divertindo comigo, o seu amado maridinho está morrendo. - meu coração acelera e minha garganta se fecha.

Meus lábios começam a tremer e logo a lágrimas rolam.

É isso?

O Luan está morto?

Rian beija meu pescoço e tento afasta-lo, mas não consigo.

O terror toma conta de mim enquanto fico completamente imóvel por conta do medo.

- Bruna? O que tá acontecendo? - a voz da Paloma ecoa no quarto e logo a porta é aberta.

Ela encara o Rian com muito ódio e o acerta com um vaso de louça que estava sobre o criado mudo.

Sangue escorre pelo seu pescoço e algumas gotas pingam em mim.

Rian encara Paloma com um olhar mortal, ele meche no bolso de sua calça que estava jogada ao meu lado e pega um canivete.

Eu observo tudo sem conseguir me mover, eu estava realmente paralisada.

- você tem que parar com essa mania de jogar coisas em mim. - ele caminha na direção dela e a mesma o encara aterrorizada.

Rian acerta o canivete em sue pescoço, a fazendo cair no chão.

Sinto uma fúria tão grande que me levanto com sangue nos olhos, pego um caco longo e pontudo e o acerto no mesmo lugar em que ele acertou Paloma.

- SEU MALDITO!  - começo a chorar sem parar quando cai a ficha do que acabou de acontecer.

Me ajoelho do lado da Paloma e tento estancar o sangue e logo minhas mãos ficam completamente encharcadas com o líquido vermelho.

- NÃO! - grito ao perceber que ela está morta. - não...

Continua...

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