- de quem é isto? - pergunto para mim mesmo enquanto segurava o colar prateado e admirava o pingente de cruz pendurado nele. - isso não é de mulher...
Guardo a corrente no meu bolso e vou para o meu quarto. Tiro minha roupa e vou até meu banheiro para tomar um banho, quando saio me troco e deito na cama. Fico olhando pro teto por um bom tempo enquanto o ódio tomava conta de mim.
Jhonatan narrando:
Meses depois...
A cada dia que passava eu me preocupava ainda mais com o Gusttavo e a causa do acidente era um mistério. Tá certo que ele podia ter passado mal ou perdido o controle do carro, mas o que não saía da minha cabeça era a probabilidade de ter sido proposital.
No momento eu estava em casa investigando a causa do acidente e quem estava mandando aquelas cartas anônimas, quando do nada ouvi alguém tocar a campainha. Me levanto do sofá e a abrir a porta dou de cara com Luan.
- Jhonatan eu tenho que falar com você. Posso entrar? - ele diz sério com as mãos nos bolsos de sua calça.
- claro. - dou espaço para ele entrar e então nos sentamos no sofá.
- você sabe de quem é essa corrente? - ele pergunta me mostrando uma corrente de prata com um pingente de cruz, a analiso e percebo que nunca a vi antes.
- não, eu nunca a vi antes, porque? - digo tentando entender o porquê dele estar me perguntando isso.
- é porque no dia em que a Bruna foi atacada eu encontrei essa corrente no chão e pensei que poderia ser do agressor, ou agressora. - nesse momento eu só consigo pensar em uma pessoa: Rian, ele era o dono da corrente. Até pensei em contar toda a verdade para o Luan, mas eu tinha que cumprir com a minha palavra.
- essa corrente com certeza é de homem. - finjo estar tentando pensar de quem poderia ser ela.
- eu queria te perguntar mais uma coisa. - Luan diz pensativo.
- o que? - pergunto curioso.
- você já descobriu alguma coisa sobre a causa do acidente do Gusttavo? - ele pergunta meio preocupado e distante.
- ainda é muito cedo para afirmar alguma coisa, mas eu acredito que alguém tenha sabotado o carro. - não devia te encontrado isso para o Luan agora, mas não consegui me segurar.
- mas se foi proposital, então quer dizer que a vítima era pra ter sido eu e não ele. - ao ouvir isso acabo ligando os pontos e na minha mente vem a pergunta: porque o Gusttavo estava dirigindo o carro do Luan?
- Luan eu preciso que você me diga uma coisa. Porque o Gusttavo estava com o seu carro? - Luan aparenta lembrar de algo e depois de alguns segundos ele diz:
- ele disse que o carro dele era muito chamativo para ir na frente, então pediu para que nós dois trocássemos de carro. Mas... - ele para de falar e seus olhos se enchem de lágrimas.
- mas o que? - pergunto tentando o encorajar a continuar.
- ele tinha saído para fora da delegacia e quando voltou a falar comigo ele estava bem estranho, então ele me pediu meu carro emprestado e eu aceitei fazer a troca. - lágrimas rolam no rosto dele e sua expressão muda para uma expressão de desespero. - meu Deus, como eu não percebi antes? Ele trocou de carro comigo para me salvar. - já não tinha mais dúvidas, o acidente realmente foi uma sabotagem. Me perco nos meus pensamentos, então meu celular toca e ao olhar para a tela vejo que é o Henrique.
- me espera aqui, eu preciso atender. - me levanto e caminho até a cozinha, então atendo a ligação.
- e aí, descobriu alguma coisa? - pergunto enquanto observava Luan me esperando.
- sim, depois que fizemos uma perícia no carro descobrimos que os freios estavam cortados. - eu sabia, eu sabia!
- você tem alguma pista de quem possa ter cortado os freios? - pergunto tentando saber mais.
- ainda não, mas qualquer novidade eu te aviso. - Henrique desliga o celular.
Volto para a sala e me sento ao lado do Luan.
- Luan, acabei de descobrir que os freios do seu carro foram cortados e por isso o Gusttavo sofreu aquele maldito acidente. - fico completamente revoltado e disposto a descobrir quem foi o responsável por isso.
- droga! Era pra ter sido eu, é por culpa minha que ele está morrendo, se eu não tivesse trocado os carros nada disso teria acontecido! - Luan começa a chorar e eu o abraço e choramos juntos.
Quem fez isso tinha a intenção de matar o Luan e eu vou acabar com a raça do maldito que fez isso...
Guilherme narrando:
Já era tarde da noite e eu estava na boate como de costume. Eu já estava indo embora e quando passei perto da pista de dança acabei paralisando e o copo até caiu da minha mão.
- não é possível. - era a Luíza, ela estava viva! Ela estava usando um óculos escuros e um lenço em seu cabelo, ela conversava com dois homens que não consegui ver quem eram, mas me lembro muito bem de suas roupas. Quando ela se virou, eu pude perceber uma cicatriz enorme em seu rosto, ela parecia ter percebido que eu estava a encarando então disfarçou e se virou de costas para mim.
Era claro que aquilo não era nenhuma alucinação por conta da bebida e muito menos um fantasma. Era a Luíza, em carne e osso e mais viva do que nunca.
Eu estava em choque, então agi rápido e peguei meu celular para ligar para o Luan. A ligação chama e segundos depois ele me atende.
- oi Guilherme. - Luan diz me cumprimentando.
- Luan eu preciso que você venha me buscar na boate agora. - invento uma desculpa.
- você tá bêbado de novo? - Luan pergunta ao perceber que minha voz estava meio arrastada.
- só um pouco. - continuo encarando Luíza.
- me espera aí na frente, eu já vou. - ele diz em seguida desligo.
Eu continuo ali parado encarando ela. Eu não pudia perder ela de vista até que o Luan chegasse e a visse com seus próprios olhos.
Luíza e os dois homens se sentam em uma das mesas e ficam conversando por longos minutos.
Eu ainda estava ali os observando, quando recebi uma mensagem do Luan.
Luan
Eu já cheguei, onde vc está?
Eu estou na boate ainda
Então saia, eu preciso ir para o hospital agora
Tá, já estou indo.
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Guardo meu celular no bolso e caminho até a porta da frente. Ao sair, encontro Luan escorado no carro do Gusttavo me esperando.
- vamos. - Luan diz enquanto abria a porta.
- Luan, eu preciso que você veja uma coisa. - seguro em seu braço e o puxo em direção a porta da boate.
- não, eu não tenho tempo. - ele para e fica me encarando irritado.
- Luan, eu acabei de ver a Luíza! - Luan me encara boquiaberto.
- como assim? Eu preciso ver isso com meus próprios olhos. - entramos na boate e eu o levei para o lugar onde eu vi a Luíza.
É agora que a farsa dessa víbora vai chegar ao fim...
Continua...
Agora o que resta saber é: quem queria matar o Luan?
Votem e comentem muitooooooo ♥️😘
Bjs ❤️❤️❤️❤️😘😘
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CADA SEGUNDO COM VOCÊ-LIVRO II
Romance"existem tantas páginas dessa história pra escrever, não venha inventar um fim." Depois de enfrentar vários desafios, Luan e Bruna finalmente se casam, mas essa história está bem longe de ter um final feliz, porque graças aos aliados de Luíza, segre...