capítulo 13-penhasco.

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- já podemos entrar. - Alex diz enquanto eu entrava no museu e me dava cobertura.

Todo o resto do grupo anuncia o assalto e as pessoas ficam desesperadas.

Enquanto eles rendiam a pessoas, eu fazia minha parte do plano e ia até a seção de jóias imperiais.

Ainda tinha várias pessoas dentro da sala e os meus parceiros as fizeram sair, mas não se deram conta de que uma garotinha estava escondida embaixo de uma mesa.

Miro minha arma em direção à caixa de vidro que protegia o colar de rubis e diamantes que íamos levar e disparo, mas ao disparar a garotinha corre e passa ao lado da caixa bem na hora que o vidro explode.

A menina cai no chão toda cortada e eu me desespero, então resolvo me entregar e salvar ela. Ao caminhar em direção a ela, Alex me puxa.

- perigosa, você não vai a lugar nenhum. - ele aponta um revólver na minha cabeça. - você quer estragar tudo?

Meu coração gela e eu acabo paralisando, então o obedeço e fico ali vendo a garotinha pedindo ajuda.

Minutos depois um rapaz entra desesperado e vai em direção a ela, ele a abraça e começa a chorar ao ver que ela estava sem vida.

Nessa hora eu me sinto culpada por não ter a salvado, por ter sido por minha culpa que ela morreu, então começo a chorar e minhas mãos falham e eu acabo deixando minha arma cair no chão.

- vamos logo perigosa! - Alex diz me cutucando.

O rapaz me olha cheio de ódio e no mesmo instante Alex me arrasta para fora da sala...

Acordo com um tapa na minha cara e ao abrir os olhos vejo Rian em cima de mim me encarando cheio de ódio, igual ao olhar do rapaz que me recordei.

- tava esperando você acordar, perigosa. - Rian sai de cima de mim e arruma seu cinto.

Já não me restava dúvidas de que era ele o rapaz que estava lá no dia que eu matei a garota, e ele queria vingança por isso.

- eu... Eu juro que não queria matar ela. Se você soubesse como me sinto arrependida... - digo chorando ao me lembrar do que fiz.

- agora é tarde demais para se arrepender. Você arrancou de mim a minha felicidade, a pessoa que eu mais amava nesse mundo, e agora eu vou fazer com você o que você fez comigo. - ele aperta meu pescoço de novo.

- me mata de uma vez, mas não faça nada com o Luan. - seguro seu braço, o encorajando a me matar.

- você não merece morrer sem antes passar o que eu passei. - ele me solta e caminha até a porta do quarto. - e mais uma coisa: se você contar o que aconteceu hoje pra alguém, eu garanto que não vou matar só o Luan. - ele me olha com desprezo e ao sair bate a porta com força.

Ao ver na situação em que eu estava, eu começo a chorar e sinto nojo de mim mesma. Depois de chorar horrores, vou para o banheiro e tomo um banho, mas mesmo que eu tentasse limpar o meu corpo, a sujeira não saía, era algo muito maior do que um corpo sujo, a minha alma agora estava suja. Ele desgraçou a minha vida.

E é tudo culpa minha...

Saio do banheiro e visto outra roupa, mas acabo olhando para aquela cama e lembrando do quanto que eu fui feliz nela e o quanto que ela me dá nojo agora.

Tudo que eu queria era construir um futuro com o Luan, mas agora eu duvido muito que ele continue me amando do mesmo jeito quando ele descobrir o que aconteceu, quando ele descobrir que eu pertenci a um covarde que ele chama de amigo.

Eu já tinha caído do penhasco uma vez, só que agora eu caí de novo e a queda foi mais dolorosa que a anterior.

Afasto meus pensamentos e caminho até a cozinha enquanto soluçava de tanto chorar. Vou até a geladeira, pego uma garrafa de cachaça, encho um copo e bebo.

Eu queria tentar esquecer de tudo que tá acontecendo na minha vida, tentar fugir um pouco da realidade, mas ao invés de conseguir esquecer, as lembranças se tornaram ainda mais presentes quando o álcool fez efeito.

Depois de beber quase a garrafa toda vou para o sofá e acabo dormindo.

Luan narrando:

Horas antes...

- Cassandra você tem que comer pelo menos um pouco. - digo tentando convencê-la a comer um pouco de comida que levei para ela.

- eu não tô com fome. - ela cruza os braços e fica olhando para o chão.

- tem quantos dias que você não come? - pergunto preocupado depois de deixar a marmita de lado.

- eu... Eu nem sei... Acho que... Duas semanas. - fico ainda mais preocupado com ela. Como ela fica duas semanas sem comer e ainda fala que não tá com fome? Deve ser por causa da tristeza que ela tá sentindo... Eu sei bem como é passar por isso...

- você precisa comer Cassandra. Lembra quando eu tava mal porque perdi os meus pais e você que cuidou de mim? Então, agora eu que vou cuidar de você enquanto o Gusttavo estiver se recuperando. - abraço ela e uma lágrima escorre em meu rosto ao me lembrar daquela maldita noite em que meus pais morreram.

- você sabe como é difícil Luan. - ela começa a chorar em meus braços e eu tento segurar minhas lágrimas.

- vai dar tudo certo Cassandra, o Gusttavo é muito forte. - limpo suas lágrimas e forço um sorriso, mas era óbvio que eu também estava abalado. Ela me abraça bem forte enquanto soluçava, depois de uns minutos um médico chega.

- senhora Ortiz? - ele diz chamando a nossa atenção.

- sim? Alguma novidade sobre o Gusttavo? - Cassandra pergunta limpando suas lágrimas.

- sim, ele apresentou melhoras, mas por algum motivo ele ficou nervoso e acabou sofrendo uma taquicardia, mas o paciente já está estabilizado. O problema é que o cérebro até agora não apresentou nenhuma reação aos tratamentos para tirá-lo do coma, e com isso o cérebro está morrendo aos poucos, se ele não sair do coma em até dois meses ele poderá ter uma morte cerebral, ou atrofia cerebral por conta do traumatismo. - a respiração de Cassandra fica muito ofegante enquanto ela encrava o nada e chorava. Tento confortá-la, mas segundo depois ela desmaia.

- levem ela para o pronto socorro. - o médico diz para duas enfermeiras que vão até uma sala e logo voltam com uma maca.

- doutor, o meu amigo vai ficar bem né? - pergunto segurando as lágrimas.

- ainda é muito cedo para saber, mas eu espero que sim. - ele vai embora e eu sigo as enfermeiras até o pronto socorro.

- espere lá fora senhor. - uma delas diz enquanto eu a obedecia e caminhava para fora da sala.

Pego meu celular e ligo para Bruna para avisar que ia votar para casa mais tarde hoje.

- oi amor. - Bruna diz animada. - alguma notícia do Gusttavo?

- ele tá se recuperando. - digo com a voz trêmula.

- o que aconteceu? - ela pergunta preocupada.

- a Cassandra passou mal e tô preocupado com ela. Como ela tá sozinha eu vou ter que ficar aqui até ela melhorar, mais tarde eu passo aí pra te buscar. - percebo que Bruna ia dizer alguma coisa, mas no mesmo instante o médico chega.

- Luan, preciso da sua ajuda. - ele diz inquieto.

- vou ter que desligar, beijo. - me despeço da Bruna e espero ela responder

- beijo. - desligo a ligação e acompanho ele.

- o que aconteceu? - pergunto tentando saber o que estava acontecendo.

- eu preciso saber se você conhece algum familiar do Gusttavo. - penso em alguém que eu ainda tenha o contato salvo e me lembro da Paloma.

Continua...

Vixiii essa Paloma 😏

logo vocês descobrem quem ela é...

Votem e comentem muitooooooo ♥️

Bjs e até a próxima 😘

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