capítulo 8-cirurgia

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- eu só preciso de um pouco de água. - ela me olha com um olhar vazio e acaba desmaiando em meus braços.

- alguém ajuda! - Cassandra diz e enquanto corria para chamar uma enfermeira Jonathan vem correndo até nós e ele me ajuda a pegá-la no colo, então duas enfermeiras chegam e nos guiam até a sala de pronto socorro.

- vocês devem se retirar. - a enfermeira ruiva diz enquanto fitava nós dois.

A obedecemos e saímos, mas ficamos parados do lado de fora esperando alguma notícia.

Os minutos vão se passando e enquanto isso minha preocupação com Bruna e Gusttavo só aumentava, então quando Jhonatan e eu estávamos voltando para a recepção, uma enfermeira abriu a porta.

- quem é familiar da paciente? - a enfermeira loira pergunta encarando nós dois.

- eu sou o marido dela. - respondo enquanto me aproximava da enfermeira.

- me acompanhe. - ela entra e eu a sigo, então olho para Bruna desacordada em cima da maca e meu coração aperta.

- sua esposa teve uma hemorragia, mas já conseguimos conter. - as duas enfermeiras se encaram preocupadas.

- vocês sabem o que causou essa hemorragia? - pergunto enquanto olhava para Bruna.

- a causa dessa hemorragia foi uma perfuração próxima à veia artéria, tudo indica que foi uma tentativa de assassinato ou de suicídio. - fico em choque ao ouvir isso e tudo que conseguia pensar era:

Eu vou acabar com o maldito que fez isso com ela.

- mas ela está fora de perigo né? - pergunto com a voz trêmula enquanto meus olhos se enchiam de lágrimas.

- por enquanto sim. - a loira responde.

- como assim? - digo limpando uma lágrima que escorreu em meu rosto.

- ela precisou levar alguns pontos e agora não pode fazer nenhum esforço, pois se os pontos abrir ela corre o risco de sofrer uma nova hemorragia, o que pode ser fatal. - minhas mãos começam a tremer sem parar e eu não conseguia evitar que as lágrimas rolassem.

- por questão de alguns centímetros que a artéria não foi atingida, se isso tivesse acontecido, a morte seria inevitável. - a cada segundo que passava a culpa de não ter protegido a Bruna me corroía por dentro. Se acontecesse alguma coisa com ela, eu não me perdoaria nunca.

- eu... Eu preciso descobrir o que aconteceu, o culpado ou culpada de ter feito isso não vai conseguir escapar da justiça. - limpo minhas lágrimas e saio da sala, indo até a recepção, onde encontrei Cassandra e Jhonatan chorando.

- a Bruna tá bem? - Cassandra pergunta soluçando.

- não, pelo que parece alguém tentou matá-la. - ao dizer isso, Jhonatan engole seco, era como se ele estivesse me escondendo algo, então finjo não ter percebido. - Cassandra, você me empresta seu carro? - Cassandra pega as chaves do carro e me entrega, então a abraço e depois caminho até a saída.

- onde você vai? - Jhonatan pergunta se levantando.

- eu vou para casa, esse maldito deve ter deixado alguma pista para trás. - saio do hospital e vou até o carro de Cassandra. Dou partida e sigo para minha casa.

Cassandra narrando:

Meu coração estava despedaçado e com medo de nunca mais ver o Gusttavo de novo. Enquanto as lágrimas molhavam meu rosto, a culpa me consumia. Eu senti que devia levar ele no carro comigo, e o que eu fiz? Não levei. Eu podia ter evitado tudo isso, mas não evitei.

Ver ele entre a vida e a morte acabou comigo, mas sentia que ainda havia um pouco de esperança, só que o tempo era traiçoeiro e quando soube que o Gusttavo podia não sobreviver à cirurgia, a incerteza me matava pouco a pouco.

Se ele morrer, eu vou morrer junto...

Nunca me senti tão mal em toda minha vida, eu tentei ser positiva, mas a cada minuto que se passava a esperança ia morrendo, pouco a pouco.

Depois de horas sem saber o que aconteceu com ele naquela sala de cirurgia, o médico finalmente chega com uma cara nada boa.

- doutor como foi a cirurgia? Ele está bem né? - pergunto chorando enquanto o médico me encarava com um olhar triste.

- A cirurgia foi um sucesso, mas o paciente entrou em coma e não sabemos quais serão as sequelas que ele apresentará ao acordar, se ele acordar. - um pequeno alívio toma conta de mim, mas agora a pergunta que não me deixava em paz era:

E se ele não acordar ou ficar em cima de uma cama para o resto da vida?

- isso quer dizer que ele pode morrer a qualquer momento? - pergunto desesperada.

- ele está em uma unidade de terapia intensiva e estamos monitorando sua recuperação, mas não sabemos se acontecerá uma nova hemorragia ou uma infecção. - continuo chorando então Jhonatan me abraça para me confortar, mas nada tirava da minha cabeça que o amor da minha vida poderia morrer a qualquer momento, e eu não pudia fazer nada.

- posso vê-lo? - pergunto tentando ser forte.

- no momento não, mas você poderá visitá-lo assim que possível. - fico sem chão ao pensar que eu não poderia vê-lo, talvez nunca mais.

Luan narrando:

Chegando em casa vou direto para a cozinha e encontro uma faca no balcão e um pedaço de tecido no chão, acho estranho e então vou para meu quarto para checar se não era algum ladrão, ou se não havia sumido nada, e para minha surpresa, estava tudo do jeito que deixei.

Caminho até o banheiro e encontro algumas gotas de sangue na pia e uma peça de roupa que parecia ser da Bruna jogada no lixo, a roupa estava rasgada e ensanguentada, o que aumentou minha preocupação ainda mais.

Eu não conseguia pensar em quem poderia ter feito isso, pelo que eu sabia a Bruna não tinha inimigos, pelo menos não que eu soubesse.

Depois de pensar muito, eu acabo me lembrando daquele pacote que Bruna não queria que eu visse o que tinha dentro, então acabo indo até o guarda roupas e pegando o pacote decidido a descobrir o que tinha dentro, ao abrir me deparo com algo que me responde muita coisa e que me deu uma ideia de quem pode ter tentado matá-la.

- Bruna o que você fez? - digo chocado ao ver o interior daquele pacote.

Continua...

Eitaaaaaaa, Bruna você tentou esconder mas não foi dessa vez miga 🤡

O que vocês acham que tem naquele pacote?

Sintam-se a vontade de criar suas paranóias e me contar, quero saber viu?

Votem e comentem muitooooooo ♥️♥️

Bjs e até o próximo capítulo 😘😘♥️

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