capítulo 14-ligação

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- eu preciso saber se você conhece algum familiar do Gusttavo. - penso em alguém que eu ainda tenha o contato salvo e me lembro da Paloma.

- sim, eu tenho o número da irmã dele. - digo pegando meu celular.

- ela está na cidade? - ele pergunta.

- faz alguns anos que ela foi embora, mas eu posso dizer pra ela vir para cá. - um sorriso se abre no rosto do médico.

- pois então diga para ela vir o mais rápido possível. - fico ainda mais confuso.

- porque você precisa que ela venha? - pergunto tentando entender.

- porque se ele ter contato com alguém da família pode acelerar o processo de recuperação. - finalmente entendo o porque dessa pergunta.

- se é assim então farei com que ela volte o mais rápido possível. - Volto para a porta do pronto socorro e fico esperando.

Um tempo depois as enfermeiras abrem a porta e me deixam entrar.

- o que ela tem? - pergunto preocupado ao ver Cassandra naquele estado.

- nada muito grave, apenas uma queda de pressão, mas ela vai ter que ficar aqui tomando soro porque ela tá desnutrida. - sinto um alívio ao ouvir isso. Pelo menos ela vai ficar bem logo.

- posso ficar com ela? - fico ao lado de Cassandra e seguro em sua mão.

- claro que sim. - uma delas sorri para mim e as duas saem da sala.

Fico por um tempo observando a Cassandra, quando do nada meu celular tocou, ao tirar do bolso vejo que era uma ligação da Bruna, mas a ligação é encerrada pouco antes de conseguir atendê-la.

Ligo várias e várias vezes, mas em todas as tentativas a chamada caí na caixa postal. Isso acaba me deixando muito preocupado então caminho até a porta e quando eu estava prestes a sair olho para Cassandra e me sinto mal por deixar ela sozinha, então pego meu celular novamente e envio uma mensagem para Jhonatan.

Jhonatan

Tem como você ficar aqui no hospital com a Cassandra?

Tem sim, o que aconteceu?

Ela teve uma queda de pressão e desmaiou, e eu preciso sair pra ver se a Bruna está bem, só que não posso deixar a Cassandra sozinha.

Entendi, chego aí o mais rápido possível.

Guardo meu celular no bolso da minha calça e me sento em uma cadeira para esperar o Jhonatan chegar.

Enquanto esperava me lembro de Paloma e resolvo ligar para ela, então pego o celular, ligo e logo ela atende.

- alô? - Paloma diz.

- oi Paloma! - digo um pouco animado.

- Luan? É você mesmo? - ela pergunta com alegria em sua voz.

- sim. - digo um pouco mais sério.

- faz tempo que a gente não se fala, como anda as coisas por aí? - ela diz com a mesma animação de quando me reconheceu, então sinto um aperto no coração em ter que acabar com essa alegria.

- não muito boas, pra falar a verdade, as coisas andam péssimas. - dou um suspiro.

- mas porque? Aconteceu alguma coisa com o meu irmão? - ela pergunta preocupada.

- sim... Há algumas semanas atrás ele sofreu um acidente grave e está em coma, por isso eu te liguei, porque preciso que você venha vê-lo. - uma lágrima escorre um meu rosto.

- meu Deus... Mas ele tá bem né? - sua voz fica trêmula.

- ele está se recuperando, mas ainda há risco. - Paloma fica em silêncio por um tempo. - Paloma?

- ah, oi, eu... Eu vou arrumar minhas coisas pra ir praí. - ela fica um pouco nervosa e depois desliga.

Os minutos vão se passando e nada do Jhonatan chegar, então me canso de esperar e saio.

Ao sair do hospital vou até o carro do Gusttavo e vou pra casa.

Ao chegar encontro a porta da frente aberta, então entro e encontro a sala vazia. Vou para o nosso quarto e encontro Bruna limpando cacos de vidro de um vazo quebrado.

- o que aconteceu? - pergunto me abaixando no chão para ajudá-la.

- eu... Eu esbarrei no criado mudo e acabei derrubando tudo. - Bruna estava estranha, ela parecia estar nervosa e evitava olhar para mim.

- deixa que eu limpo. - pego alguns cacos do chão e os coloco sobre o pano que Bruna estava usando para carregar os cacos. Limpamos tudo juntos e só depois percebo que as mãos de Bruna estavam cortadas. - você se machucou? - pego em suas mãos enquanto observava os cortes.

- isso não é nada. - ela se levanta ao tentar sair eu a puxo.

- cê tem certeza que você tá bem? - pergunto olhando em seus olhos e então vejo um pouco de tristeza no seu olhar, era como se aquele brilho dela tivesse sumido.

- tenho. - Bruna força um sorriso e vai para a cozinha.

Me levanto do chão e vou para o banheiro para jogar o vidro no lixo.

Fico me perguntando o que pode ter acontecido, então me lembro da ligação que ela me fez e que não deu para atender.

Saio do banheiro e vou para a cozinha pra perguntar para a Bruna sobre a ligação e encontro ela chorando muito, mas quando ela percebe minha presença ela disfarça e limpa suas lágrimas.

Não penso duas vezes e vou correndo em sua direção e dou um abraço forte nela.

- o que tá acontecendo? - pergunto, mas ela não responde, apenas me aperta contra seu corpo e sinto suas lágrimas molhando minha camisa.

Meu coração se aperta e fico tentando encontrar uma explicação para tanto sofrimento.

Continua...

Eu juro que eu mataria o Rian

Votem e comentem muitooooooo

Bjs e até o próximo capítulo 😘😘♥️

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