Viagem

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Lara
Tudo estava perfeito. Nossa casa, nossa filha, nossa familia e nosso jantar surpresa que Helena preparou sem saber cozinhar!
Obrigada internet, obrigada filha!
Jantamos e subimos para nossos quartos. Eu ainda dormia num quarto só pra mim.
Abri a porta e sobre a cômoda haviam um envelope e uma rosa.
Uau! Passagens para um final de semana no Rio!
Bati na porta do quarto do Dexter e abracei-o agradecendo pelas passagens. Iriamos nós três!
Ele me chamou pra entrar e sentei na sua cama.
- Lara, achei os sequestradores da nossa filha. Mostrei a foto deles pra minha mãe e ela reconheceu como amigos do meu pai. Descobri que eles estavam ilegais e Denunciei. Foram deportados e presos por sequestro no Rio. Helena não foi a única criança. Comprei essas passagens para que possamos comemorar o fim de todas as nossas tristezas e ao inicio de uma nova era de felicidade plena!
Beijei-o carinhosamente e passamos a noite juntos. Nossa segunda noite de amor, tão mágica e perfeita quanto a primeira.
Dexter ainda arrumou minhas malas para a viagem e me levou café na cama. Sempre com uma rosa vermelha para me presentear.
Levantei ainda preguiçosa, tomamos banho juntos e descemos as escadas. Helena já espera pela gente, impaciente.
- Prontos? - Perguntou ela.
- Siiiiiim! - Dissemos os dois na mesma hora.
Pegamos um taxi até o aeroporto e embarcamos para nossa cidade natal.
Rio de Janeiro. Tão linda e estonteante como me lembrava. Tomamos um delicioso café da tarde e fomos a praia. Helena fez alguns amigos jogando vôlei e nos dois continuamos na areia, pegando sol.
- Dexter, pensei em irmos visitar meus pais. E levar nossa filha para conhece-los.
- Acho ótimo, amor. Vamos sim. Amanhã de manhã iremos almoçar com eles.
- Perfeito! - Respondi.
Voltamos para o hotel, cansadissimos. Mal cai na cama e já dormi.
Acordei com uma linda rosa vermelha na cômoda ao meu lado. Tateei a cama e nem sinal de Dexter.
Ele estava no sofá com Helena falando alguma coisa baixinho e quando cheguei eles mudaram de assunto.
Estranho.
Tomei meu banho, compramos carne e temperos e fomos para a casa dos meus pais.
Chegamos no portão e os dois estavam sentados na varanda.
Minha mãe me viu e saiu correndo, meu pai veio logo atrás.
- Minha filha! - Disse ela chorando.
Abracei minha velhinha bem apertado e lágrimas saíam do meu rosto. Enxuguei-as e então tentei falar.
- Mãezinha, esta é sua neta Helena.
- Olá, vovó! - Disse Helena já emocionada.
Abraçaram-se e assim permaneceram por algum tempo.
Abracei meu pai e o mesmo desculpou-se inúmeras vezes.
Tivemos uma maravilhosa tarde de sábado.
Finalmente minha vida tinha tomado o rumo certo!

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