Abham Smirnov
-Eu sinceramente acho isso exploração.. -falei enquanto Alya enfiava a mão nas panelas pra provar a comida. -Garota, espera ficar pronto. -reclamei e ela fez beicinho, tão dramática.
Eu sinceramente pensei em não vir aqui cozinhar, vou deixar a Alya mal acostumada, sei dos meus excelentes dotes culinários, mas Arnold me disse que ela não queria comer mais nada e estava triste pois pediu pra tia ficar e a mesma foi embora, que mulher insensível.
-Você falou igualzinho, minha tia fala com você. -disse zombando de mim.
-Haha engraçadinha, ela deveria estar aqui não é, cozinhando pra sobrinha folgada dela.. -devolvi a piadinha áspera dela, mas a mesma fez uma cara de choro.
Deixei a panela em fogo baixo e me aproximei dela, sentando ao seu lado e fazendo com que olhasse em meus olhos.
-Desculpe, não quis lhe fazer sentir mal.. -falei e ela deu um sorriso de criança levada, e assim pude perceber que brincava com minha cara.
-Na verdade eu queria muito sim que ela viesse pra aqui, e ficasse comigo é muito novo isso. -disse num suspiro profundo debruçando as mãos sobre seu colo e olhando pras mesmas. -E sobre cozinhar, minha tia te mataria pelo comentário, mesmo que eu saiba que não foi com intenção machista, é que ela não sabe cozinhar nada. -disse rindo e me perdi olhando em seus olhos quando virou pra mim outra vez, percebi o quão parece com Maitê..
-Você se parece muito com sua tia.. -falei e sorriu. -Olha falo por mim, que farei o possível para te fazer sentir confortável com ou sem ela aqui. -conclui estendendo a mão como se fosse promessa.
-Olha não fala ao Andrei e ao Aidan, mas você é o meu cunhado favorito. -sussurrou como se fosse um segredo e rimos.
Levantei e voltei a olhar a panela e finalmente estava no ponto certo. -Sabe o que combina com esse prato? -ela fez uma carinha de questionamento, realmente não saberia. -Um bom vinho..
-Ela não pode beber idiota. -Mr. Simpatia falou entrando na cozinha e indo abraçar a esposa, fico feliz que ao menos um de nós conseguiu construir um lar e encontrar o amor.
-Amor, não fala assim do Abham, ele prometeu que vai vir cozinhar sempre pra mim.. -disse ao marido de forma autoritária e eu fiquei boquiaberto com o que afirmou, sem eu dizer uma palavra..
-Eu não me lembro de... -nem pude completar pois se levantou pegando uma colher de pau e vindo na minha direção.
-Você disse que faria o possível para me deixar confortável, cozinhando pra mim já é o essencial eu e seu sobrinho agradecemos muito. -disse e voltou para junto de Arnold.
-Falando em sobrinho, têm certeza que não é mais de um? -falei e Arnold e Alya arregalaram o olho.
-Não, não são.. -disseram juntos e eu ri.
....
Almoçamos juntos e a Alya estava muito bem, até inventar de comer doces e ir correndo para o banheiro passando mal, Arnold disse que essa é a única coisa que ela vem enjoando na gestação, doces.
-Estou feliz em ver esse brilho em seus olhos Arnold. -comentei e ele deu um sorriso de canto. -Não tivemos a melhor infância ou pai, mas sei que você vai fazer tudo ao contrário a respeito do pequeno que está a caminho. -falei lhe dando um tapinha de cumprimento no ombro.
-Olha eu não posso negar que.. -quando ia falar foi interrompido pelo barulho de uma música irritante do celular de Alya sobre a mesa, pegou o aparelho e olhou em seguida atendendo.
-Oi Maitê.. -disse assim que colocou o aparelho na orelha. -Ela está vindo, só um minuto. -disse e logo em seguida tive a visão de sua esposa passando ao meu lado e ele lhe entregando o celular. Provavelmente a viu assim que apareceu na sala, e como estou de costas não tive a mesma visão.
Alya pegou o celular e foi para o outro lado, um pouco distante de nós.
-Sério tia? -ouvimos o grito da Alya falando e seja lá o que for é muito entusiasmante já que ela berrou.
Alya estava um pouco distante de nós falando ao celular, mas logo em seguida veio até onde estávamos saltitando felicidades em seu olhar.
-Ela vem. -disse com um sorriso enorme e se jogou nos braços de meu irmão, começando a lhe beijar. -Minha tia vem, eu não vou mais estar sozinha. -dizia enquanto lhe distribuía vários beijos.
-Amor eu fico tão feliz que você está assim, mas você não está exatamente sozinha. -Arnold disse e eu concordei e ela virou os olhos pra gente.
-Eu vim aqui de manhã cedo cozinhar, lembre-se. -fiz meu drama.
Foi entusiasmante ver o quão feliz a notícia deixou a Alya, sei que o Arnold viraria o mundo por ela e somente falou aquilo brincando.
...
Estávamos na sala conversando e eu já ia embora, tenho que ir na empresa da Melir, então me despedi dos dois e fui embora o mais rápido possível ao ver que já se passava das 15h00.
Assim que cheguei na empresa fui diretamente para a sala onde está toda a equipe trabalhando, e pra minha surpresa a Melir estava lá também e me olhou torto assim que adentrei ao local.
-Boa tarde. -falei e fui até ela que cruzou os braços na altura dos seios que tinham um belo decote, mas que bela visão acabei de ter com esse ato dela.
-Boa tarde? Não deveria estar aqui a muito tempo Abham? -disse com um tom autoritário e tá aí as vezes o motivo de eu ignorar o quão gostosa ela é, ainda é uma menina mimada pelo pai e autoritária.
Me aproximei da mesma dando um sorriso de canto e esfregando minha sobrancelha, cheguei próximo ao ouvido dela para falar o que queria.
-Querida eu estava com a minha família, resolvendo questões inadiáveis para minha cunhada grávida. Não que isso seja de sua conta. -falei pausadamente para que pudesse entender e me afastei.
Pude perceber neste ato que se arrepiou, sei que já quis transar comigo, mas era menor de idade na época e desde então só voltei a vê-la agora.
-Você é funcionário desta empresa e tem que estar aqui cumprindo tal função. -nossa como ela estraga tudo quando abre a boca. Esfreguei a mão na nuca para não ser mal-educado na minha resposta com ela. -Então que se exploda sua cunhada, ou sua família. -pessímo dito garota, péssimo.
Outra vez me aproximei dela e falei perto para que somente ela ouvisse. -Estou aqui você sabe o porquê, até mesmo porque este foi o motivo que usou para me trazer. E por favor, não faça esse showzinho para atrair atenção, não está mais no ensino médio.. -falei e dando um passo pra traz antes de me afastar, quando lembrei de outra coisa a lhe dizer. -Não preciso do seu dinheiro, não sou seu funcionário e bom estou caindo fora dessa. -me afastei um pouco ao dizer, mas me lembrei de outra coisa e erguendo o dedo para mais um ponto. -Ah e também para que eu não me esqueça, nunca fale da minha família, você nunca teve a honra de os conhecer.
Após dizer isso ela ficou quieta boquiaberta e enquanto eu saía todos olhavam sem entender.
Adoraria continuar esse joguinho, achei que seria divertido para eu me distrair e bom ter uma foda legal, mas não preciso disso e se precisar voltar a exercer a função de engenheiro não precisarei trabalhar para ninguém também.
Não queria ir pra casa então fui direto pro quartel, acho que vai me distrair um pouco as questões de lá, na verdade não exatamente distrair, me encher de trabalho na verdade.
Esse é o meu Abham, não gosta de chiliques e é um cavalheiro.
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Abham -Spin-Off de Os Ceos da Maffia
AcciónCapa feita por: @falaserionati Abham Smirnov um jovem engenheiro e cobiçado solteiro de Moscou vive uma vida de festas, trabalhos e tudo que envolva a máfia russa. Conta com uma personalidade, fria, calculista e muito persistente no que quer. Maitê...