Abham -Spin-Off de Os Ceos da Maffia

Capítulo 36

Maitê Kovalsky

Acordei sentindo agora as fortes dores no corpo devido os esforços feitos anteriormente, olhei em direção as janelas de vidro e a claridade que entrava incomodou um pouco meus olhos, mas logo me acostumei vendo os pequenos flocos de neve cair, não de forma intensa mas já eram perceptíveis com esse início do inverno. Passou muito rápido o tempo, quando cheguei aqui era verão e agora já estamos no inverno.

Me aconchego mais nas cobertas, acho que o aquecedor não está alto o suficiente, pois ainda sinto frio, nesse instante fiz o movimento de virar pro lado e continuar observando a neve cair, aqui diferente de lá na Polônia em vários lugares vemos a neve. Desviei rapidamente o meu olhar e repousei a mão sobre a cama sentindo um vazio enorme ali, e esse vazio era a falta do Abham, tirando os dias que fui para a Polônia, poucas eram as noites que não dormíamos juntos e isso me faz falta agora.

Voltei a olhar para cima e me desenrolei, procurando forças para me levantar, não pela dor no corpo, mas pela realidade de ter que ir até o hospital e nem sequer poder o ver.

-Olá meu amor.. -ouvi a voz mansa dizer e olhei em direção a porta e me sentei na cama observando Kaiv entrar.

Lhe abri somente um sorriso acolhedor sem mostrar dentes, e veio até a cama sentando-se ao meu lado.

-E aí como você tá? -indagou.

-Como se tivesse sido dopada para dormir. -brinquei e ele abriu um sorriso o qual não pude mais corresponder, meu peito se dói em tentar pensar em algo só quero saber do Abham e ir pros seus braços.

-Sabe que ele vai ficar bem não é?! -diz e eu apenas aceno positivamente com a cabeça abaixando em seguida, tentando verdadeiramente me convencer daquilo.

-Deveriamos ter chegado antes.. -digo num suspiro profundo.

-Vocês chegaram na hora que era pra chegar Maitê, não tem como prever as coisas. Eu também demorei de apagar as luzes. -comparou segurando minha mão.

-Você não teve culpa Kaiv. -proclamei pontualmente.

-E você também não, então para de se culpabilizar sempre Maitê Kovalsky. -bradou exigente. -Agora vou trazer uma sopinha quente para você, porque precisa recuperar as forças e se manter aquecida também. -diz e faz menção de levantar.

-Não quero comer, não sinto fome. -expressei e ele me olhou irritado. -Nem adianta me olhar assim. -proclamo e ele sabe que vai ter que se render eu não mudo de opinião.

-Está bem, mas, mais tarde você não me escapa. -pontua firme.

-Que horas são? -questiono sem ter dimensão de onde possa estar meu celular.

-15h23. -responde depois de olhar a hora no celular que retirou do bolso e me entrega o mesmo, que é o meu.

-Nossa eu dormi muito, preciso ir no hospital.. -digo e ele me olha com reprovação.

-Maitê você dormiu já eram quase 11 horas e acordou agora, isso não é dormir demais. -pontua revirando os olhos.

Me levantei o ignorando e caminhei em direção ao closet, peguei as primeiras peças de roupa que vieram a minha frente, uma calça de alfaiataria azul escura e uma blusa de mangas branca.

....

Estava pronta e prestes a sair mesmo com o olhar de reprovação de Kaiv por eu não ter comido nada, quando o mesmo veio até mim com um sobretudo, luvas e cachecol me embrulhando toda como se eu fosse um presente.

-Não estamos na Polônia, aqui o frio é ainda mais intenso. -bradou arrumando o cachecol e sorri.

-Cadê meu celular?! Vou chamar um carro, não quero ir dirigindo. -falo e ele me dá a bolsa onde estava o celular e eu tinha posto sobre o sofá.