Maitê KovalskyQuando terminamos de lutar eu estava exausta e essa era a melhor sensação em dias, o Aidan quase me mata de tanto esforço que cobrou meu e parecia muito preciso em cada movimento eu mal o acertei.
-E então bem? -questionou quando voltei do banheiro, após um ótimo banho gelado e revigorante.
-Sim.. -falei e ele retirou a camisa na minha frente, revelando que não era somente a tatuagem de uma rosa sangrenta na mão que tinha, ele tinha outras espalhadas pelas costas abdômen.
-Gosta muito de tatuagem? -questionei e ele acenou positivamente com a cabeça.
-E você? -perguntou-me
-Não, acho que as únicas tatuagens que tenho de.. -não deixou que eu terminasse e completou.
-Cicatrizes.. -falou, como se lesse minha mente.
-Me servem. -finalizei boquiaberta. -Como sabe o que eu iria dizer?
-Digamos que eu ouço muito isso da minha outra versão loira, o Abham diz muito isso. Pelo visto são parecidos. -completou e essa é uma coisa que está sendo recorrente, eu e o Abham supostamente nos parecermos muito. -Agora vou para a sala dele por exemplo, tenho de ver o desempenho do pessoal e ajudar em coisas sobre nosso meio irmão. -disse e aquilo abriu ainda mais minha curiosidade.
-Aidan. -atrai sua atenção. -Ouvi sem querer a conversa de vocês e pelo que entendi existem pontos abertos quanto a este tal irmão de vocês.. -falei meio por alto.
-Sim, Abham acha que aquilo foi rápido ao ponto de ser proposital. Estou indo para lá agora, quer vir e ajudar? Sua experiência como assassina de aluguel pode ser muito útil. -completou e pegando uma toalha enxugou um pouco do suor na testa. -Terei só que primeiro vir para o treino do pessoal, mas depois estarei lá, enquanto isso pode ir trabalhando com o Abham. -disse.
-Não sei se é uma boa ideia. -anunciei e ele me olhou indiferente.
-Ele não vai te morder e se fizer isso é vacinado, não passa raiva. -brincou e rimos. -E se ouviu a conversa toda deveria não querer ficar comigo, ouviu o lance do tatame? -disse e acho que estava mais querendo ter certeza do quanto eu ouvi.
-Sim, mas se tentasse algo eu te matava. -brinquei e ele deu de ombros.
-Visto o treino de hoje não acho que seria capaz, mas você não faz o meu tipo no final das contas. -proferiu e saiu andando me fazendo o seguir atrás. Não sei se achei aquilo exatamente um insulto.
Aqui é tudo muito grande e a cada canto que íamos o Abham ia me falando o que era algumas portas e eu não gravei muito, é tudo no mesmo padrão.
-Aqui fica a sala de tortura, aqui as de armas de alta tecnologia onde somente é acessado pelo Abham, aqui é a sala do Andrei a caverna do dragão. -disse e ia andando enquanto eu falhava em tentar gravar. -Inclusive lá no vestuário tem um armário no qual pode deixar suas coisas. -disse se recobrando. -Bom aquela ali da frente é a sala do Abham, temos de bater nessa pois as trancas só são liberadas por ele. -disse debochando do irmão.
Ouvimos um estralo como se trancas se abrissem e a enorme porta se abriu em nossa frente. -Olha só não precisou bater. -Aidan disse enquanto entrava.
-Claro que não, sabe que ativei o som das câmeras aqui do corredor e veio falando incontrolavelmente, sabia que estava vindo, e me antecipei por causa do barulho. -dizia e quando entrei na sala percebi que falava sem se virar ao irmão, pois seu olhar estava voltado para inúmeras telas a sua frente.
-Pois então as tire. -disse Aidan, e ouvi o som da risada de deboche de Abham que se virou no mesmo momento.
-Ma.. -parou de falar ao momento em que seus olhos repousaram em mim. -Maitê? -questionou e somente acenei positivamente com a cabeça.
-Trouxe ela, estava treinando comigo e comentei sobre o lance do Benedict.. -disse dando de ombros e andando em direção a uma tela que era afastada onde deu pra ver que tinha imagens da sala onde estávamos. -Ela é da família agora, o Andrei está na base do outro lado do país, Arnold é melhor que não incomodemos e bom três é melhor que dois. -falou virado de costas para o irmão que lhe olhava atentamente. -E pelo sim, ou pelo não, a gente não sabe se têm traidores aqui, não é algo que podemos falar com certeza. -completou e depois simplesmente virou ignorando o irmão, que agora recaiu os olhos sobre mim.
Odeio a forma como Abham me olha, chega me deixa sem graça, eu estava com as mãos nos bolsos traseiros apoiando um dos pés na ponta do salto da bota tentando não lhe olhar.
-Neste caso, bem-vinda Maitê. Estou analisando as câmeras dos lugares onde consegui ter acesso e onde ele esteve. Faz dias que faço isso, não estava com muito tempo pois procurava ajeitar seu apartamento, mas a única coisa que tive de chamar atenção até o momento foi a uma visita que tiveram num antigo depósito de tonéis, onde três carros entraram ambos sem placa dois deles estão difíceis de indentificar pois são caros chiques, mas um deles é um modelo popular impossível de achar.. é como procurar agulha num palheiro. -finalizou por fim irritado enfiando a mão entre os cabelos, não pude deixar de notar seus bíceps definidos que a camisa com a qual estava marcava tão bem.
-Tem algo para beber? -perguntei e ele me olhou incrédulo, acho que não era a resposta que achou que ouviria depois de falar aquilo tudo.
-Sim, na mesa ao lado de onde o Aidan está, tem whisky e embaixo um refrigerador com água. -respondeu sem me olhar é estranho como agora ele não fica dando suas investidas e olhares cheio de intenções a mim, fico feliz por isso.
Me virei e fui até o lugar que disse vendo Abham escrever algo em um papel e observar a tela, onde enquanto eu despejava o líquido no copo também dei uma olhada.
-Eles são bons.. -falei colocando a garrafa no local e ele riu como se debochasse de mim.
-Não, eles estão péssimos, muito dispersos. -falou sério, e parecendo irritado.
-Nossa você é perfeccionista. -falei e dei as costas.
-Não, eu sou observador e isso não está certo. E ele é perfeccionista. -disse apontando pro irmão.
Caminhei de volta a onde estava, e parada ao lado de Abham comecei a olhar para a tela até sentir que ele já não olhava pra tela e sim para mim.
-São 10h00 da manhã, isso não é um pouco forte para esse horário? -questionou me olhando e olhando pro copo com whisky em minha mão.
-Vocês foram lá, fizeram uma busca ou algo do tipo nesse lugar? -perguntei ignorando o que falou. -Pode ser que tenha algo, uma pista um detalhe despercebido? -listei e ele me olhava atentamente.
-Sim uma equipe foi lá mais não achou nada. -respondeu enquanto girava no dedo um anel.
-Algum de vocês foi junto? -perguntei e ele negou com a cabeça. -Pois deveriam, quem garante que a pessoa que foi lá não era traidora e negou informações. -pontuei e ele olhou para mim, como se admirasse cada palavra que saía de minha boca.
-Ela é boa Aidan. -disse ao irmão.
-Sim, sim não me incomode. -falou acenando com a mão para que se calasse. -Vá logo lá. -disse e o irmão lhe olhou feio, quis rir internamente.
-Não quero ir lá, vai você. -retrucou Aidan.
-Não vai você, porquê é perito nessas coisas e a Maitê que deu a ideia e deve saber sobre. -o Aidan é bem distante quando está trabalhando, chega a ser grosseiro.
-Nem sei porquê insisto, ele não vai me dar ouvidos nesse momento. -disse e levantou. -E então vem comigo? -me olhou e eu parecia em transe quase não respondia. -Maitê, vem ou não? -perguntou outra vez.
-Vou, sim. -respondi e imediatamente.
-Sabe a senha, tranque a porta. -Abham disse e passou pelo irmão, o acompanhei.
Abham foi por outro lado que eu não conhecia, e apenas o segui, parecia meio irritado ou algo do tipo, apenas ignorei devem ser as infantilidades.
Eu quero que a Maitê veja as coisas que o Abham faz pra ver se é de criança 😏
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Abham -Spin-Off de Os Ceos da Maffia
AksiCapa feita por: @falaserionati Abham Smirnov um jovem engenheiro e cobiçado solteiro de Moscou vive uma vida de festas, trabalhos e tudo que envolva a máfia russa. Conta com uma personalidade, fria, calculista e muito persistente no que quer. Maitê...