𝘀𝖾𝘁𝖾

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Debbie

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Debbie

Os apresentadores da noite começaram a discursar, as luzes dos holofotes mudaram de direção. Pareciam fora de controle, mas deve ser proposital, com certeza vai haver alguma apresentação.

Os feixes de luz percorrem todo o salão em círculos, um atrás do outro sem focar em nada específico.

O idiota fica tenso ao meu lado, sua mão agarra meu pulso, mas nem ligo porque estou olhando para as estrelas da noite. Gigi tenta disfarçar, porém parece tão perdida quanto os demais no teatro.

E é aí que eu ouço o primeiro tiro. Meu coração vai até a boca palpitando, com a velocidade dos disparos.

- Merda! - exclamo baixo.

Meu corpo inteiro treme e não consigo me mover. A noite antes desse momento passa diante dos meus olhos como um sonho, o que mais doí, pois agora parece um pesadelo.

O irritante ao meu lado imediatamente se abaixa e me puxa consigo pelo pulso, ficamos agachados entre uma fileira e outra.

Me viro, lembrando que Chris estava a minha frente e me tranquilizo assim que o vejo com seus seguranças ao lado do palco.

Os anfitriões da noite, Hadid e Jay Pharoah estão sendo escoltados para fora do palco nesse minuto, enquanto as outras equipes de segurança tentam chegar até as outras celebridades.

Ergo a cabeça por cima da poltrona a minha frente para tentar enxergar algo, mas apenas vejo a confusão de pessoas correndo e gritando.

Caras cobertos até os ossos por roupas pretas, vermelhas e cinzas carregam armas e facas nas costas. E escondem seus rostos nas sombras. Estão prontos para matar.

Alguns seguranças se metem no tiroteio para proteger seus chefes e logo os policiais que guardavam o lado de fora do teatro entram as pressas, descarregando os cartuchos.

Com tanta segurança, como entraram aqui?

Mais pessoas gritam, muita gente ainda não saiu.

As preces por ajuda perfuram meus tímpanos. São clamores de desespero, é como se mil facas se juntassem em uma só voz.

Os policiais que não estão atirando, no momento muito poucos, concentram-se em evacuar o local pela porta da frente, já que os atiradores surgiram das laterais.

Ouço algo que não consigo compreender.

- O quê? - pergunto atordoada em meio a tanto barulho.

- Temos que sair daqui! - o homem ao meu lado grita, para que eu o ouça acima dos tiros.

- Como?! Vamos esperar a polícia! - não acredito que disse isso, mas estou muito assustada para me mexer.

- Não dá tempo! Conheço esses caras, sei como eles agem, isso aqui ainda vai demorar. - argumenta, com sua mão segurando a minha com força.

Sem Tempo Para MorrerOnde histórias criam vida. Descubra agora