𝗈𝗂𝘁𝗈

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Kael

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Kael

Droga. Preciso tirá-la daqui.

Ela não devia ter visto isso, eles não deveriam aparecer...tudo deu errado.

Será que eu não consigo ter um dia de paz?

- Não olha, eu vou ver como ela
tá. - digo a primeira e mais certa coisa que me vem à mente.

- Fala que ela tá bem... - suplica com a voz fraca - por favor.

Meu coração se parte ao ver tanta dor em seu olhar.

Espero verdadeiramente, que ainda reste algo para ser resgatado dentro de sua amiga.

Toco o seu rosto com cuidado, sinto que a mulher é bem mais forte do que aparenta ser, mas nesse momento tenho medo, de que se quebre ao som de uma palavra errada.

A garota brava e questionadora se calou e agora tem o olhar trêmulo com o coração nas mãos, pronta para tê-lo rasgado em seu peito. O corpo dela oscila violentamente.

- Eu gostaria de te contar essa mentira, mas espero que torne-se verade. - seu semblante vacila, as lágrimas começando a rolar. Ela funga e me encara como se duvidasse fielmente do que disse.

Passo o polegar abaixo daqueles olhos verdes cobertos por uma relva de tristeza e enxugo suas lágrimas.

Os tiros ressoam ao nosso redor, mas agora em menor quantidade.

- Ok. - ela murmura, assentindo.

- Se mantenha abaixada, não vou demorar. - instruo me ajoelhando e antes que pudesse dar as costas para ela, sua mão puxa meu braço e eu me viro.

- Pensei que me odiasse. - divaga. - Por quê tudo isso?

O temor estampava sua face. Mas dessa vez, eu não seria a raposa a manipulá-la.

Encarei o fundo de seus olhos para enxergar a garota que me desafiou naquela rua. A mulher que me venceu no tabuleiro do meu próprio jogo de enganação.

Ela podia estar destruída, mas ainda mantinha-se inteira.

- Não há verdadeiro ódio entre as vítimas da guerra.

Me viro e vou até a mulher caída, escondendo-me atrás das cadeiras.

- Espera... - pede com a voz alarmada, me viro no mesmo instante. - Qual o seu nome?

Sem Tempo Para MorrerOnde histórias criam vida. Descubra agora