𝘁𝗋𝗲̂𝗌

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Debbie

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Debbie

Aperto os olhos mesmo com a dor latejante em minha cabeça.

Alguém me pega no colo, tirando-me de cima da moto para ficar em pé. Olho ao redor e identifico um posto de gasolina, que não reconheço.

- Quem é você? - pergunto com a voz fraca, me voltando para o homem que ainda segura meu braço. Acho que ele tem medo de que eu caia.

Olho para sua mão por tempo demais, esperando que me solte e ele a tira com impaciência.

- Por enquanto, o cara que te tirou da estrada. - responde sério e eu fico ainda mais confusa.

Que porra tá acontecendo? Por que minha cabeça doí tanto?

- Agora você vai pro banco de trás, em cima da mala e eu vou na frente.

- Quem é você? - minha mente vagueia pelas últimas memórias tentando achar uma resposta para o que está havendo aqui.

Ele suspira e ergue os braços passando as mãos pelo cabelo, que parece um rastro de fumaça.

- Só senta na porra da moto e cala a
boca - Ele resmunga - por favor. - acrescenta soltando um suspiro cansado.

- Ok - levanto as mãos em rendição e dou poucos passos até a motocicleta.

Monto na garupa e o espero vir se acomodar.

O estranho dá algumas voltas em circulos com as mãos apoiadas na nuca, deixando algumas veias de seus braços aparentes. O corpo dele ondula como se passasse por uma onda de calor.

Ele parece nervoso, mas não consigo entender o motivo. Afinal, eu estou sendo aparentemente resgatada, mas não me lembro porquê.

Apesar disso, não consigo desviar os olhos de sua figura. O cabelo cor de carvão cintila a luz dos raios de sol, a pele de porcelana bem cuidada e suas mãos grossas em contraste me chamam atenção.

Talvez seria uma boa ideia arrancar com essa moto e dar o fora daqui, antes que mais ideias idiotas surjam.

O único problema é que eu não sei pilotar e essa moto parece de brinquedo.

O homem misterioso finalmente resolve se sentar no banco, coloca o capacete e dá partida.

Deve estar me levando para o inferno.

. . .

Passo os braços pela cintura do Sr.Não-Lhe-Dou-Respostas, porque parece o certo a se fazer a menos que eu queira virar poeira.

Sem Tempo Para MorrerOnde histórias criam vida. Descubra agora