12. Chama logo ambulância

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Nihara Vitti

Na penúltima reunião com o cliente da campanha senhor Mareou, onde descobri ser pai de Harry, o gerente, sugere que nomeássemos o novo aroma masculino de "Simon", mostrando motivos plausíveis, um deles, para que se homenageasse o antigo CEO e dono da empresa.

O gerente da metamorfose, gostou da ideia e deu-a como condição para aceitar o pai como cliente, o senhor grisalho de meia-idade, acabou por aceitar a proposta.

Agora nesta reunião vamos apresentar as melhorias que fizemos, só espero que não tenhamos que mexer mais no projeto, e admito estou um pouco nervosa, pois é a primeira reunião desde que estou na empresa em que o CEO estará presente.

Reúno os papeis que preciso, pego o meu tablete e agenda e saímos em direção ao andar superior, não queria atrasar-me mais não pude evitar com tanto de trabalho que tem para terminar, mas são cinco minutos de atrasos perdoáveis. Peço antes a minha assistente que ligue para a Leandra; não demora para que ela me entregue o telefone.

— Oi, meu bem, estás na empresa? — enquanto falo, caminho a passos largos com a Natie no meu encalço. — Já te sentes melhor?

— Sinto-me melhor, acho que aquela bebida caio-me mal — suspira do outro lado.

— Eu disse que não deveria beber, mesmo que fosse um copo, você está gravida, e às vezes parece que esquece disso — ralho com ela.

Leandra sempre gostou de beber água com gás, mas desde que ficou grávida essa simples bebida às vezes provoca um retorno negativo nela. Mas ela insiste, oh mulher teimosa.

A ruiva dá-me um sinal, avisando que já estamos no andar pretendido.

— Você não vai dar-me sermão, agora vai?! Porque não pretendo...

— Tudo bem. Depois continuamos, vou entrar agora para a reunião, quando terminar estarei aí vamos almoçar juntas ok?

Ela concorda e em seguida desliga.

— Vai correr tudo bem, fique tranquila senhora — Natalie, aperta a minha mão me tranquilizando.

— Não sei porque estou tão nervosa — respiro pesadamente antes de dar mais um passo, paro quando me aproximo da porta vidrada da sala.

A minha assistente passa na frente e abri a porta para mim, olho para ela com ternura e agradeço a sua gentileza. Assim que entro, toda atenção da sala cai sobre mim, mais adiante, um olhar em específico encara-me, causando-me arrepios dos pés a cabeça.

O meu coração agita-se dentro de mim, e bate num ritmo frenético enquanto caminho na sua direção, os seus olhos verdes inebriantes, carregados de uma expressão de surpresa e mais alguma coisa que não consigo decifrar.

Nunca imaginei que o homem que beijei, seria o CEO da empresa onde trabalho, o mundo é pequeno mesmo.

Ele está trajado num terno azul-cobalto com camisa branca por dentro, os cabelos penteados para trás, ele fica ainda mais charmoso nessa postura poderosa.

Paro bem na sua frente e estendo a minha mão, cumprimentando-o. Ao mesmo tempo que rezo mentalmente para que os batimentos do meu coração não sejam ouvindo ou sentidos por ele enquanto nos tocamos.

Enquanto a reunião decorre, tento ao máximo manter a postura firme e indiferente aos olhares do CEO, que é nada mais nada menos que Tobias, o homem do avião e o homem do clube, que eu beijei.

Foi só um beijo que nada significou, está tudo bem, recito o mantra em silêncio três vezes.

Após a conclusão da reunião, saio da sala apressadamente, dominada pela irritação, com o comentário da Hillary, o que ela quis dizer com aquilo? Eu, percebe os olhares tortos e a hostilidade direcionada a mim, enquanto apresentava a ideia e isso acontece desde o início da minha chegada à empresa.

NÃO POSSO TE AMAR [Revisando]Onde histórias criam vida. Descubra agora