Cap - 7

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1924

Outubro

Gellert On

Caminhando com dificuldade por aquele cemitério trouxa, minha perna começou a falhar comigo, acabou que em um momento eu não resisti mais e me escorei numa das lápides e me sentei no chão, observando o enorme corte na minha perna direita.

— Droga, Vinda, cadê você? - Perguntei baixinho colocando ambas as mãos sobre o ferimento.

Muitos pontos de luz apareceram ao norte, pelo menos uns 10, os aurores estavam chegando. Eu tinha que admitir que os americanos eram bem rápidos.

— Apareça, Grindelwald, você não tem mais para onde correr. Você está sozinho. - A voz de um deles ecoou pelo lugar. — O MACUSA todo está chegando... Você está encurralado.

— Estou mesmo? - Perguntei me levantando apenas um pouco e me escondendo atrás de outra lápide. — Cadê a Presidente Picquery? Se é pra ter um último duelo, quero que seja com uma bruxa de verdade, e não com um Sangue-Ruim de quinta categoria que estreou ontem.

— Gosta de fazer graça. - Outra auror perguntou e eu acabei rindo mesmo com a dor. — Vai ser muito engraçado ver você passando pela sala de obliviação do MACUSA.

— Eu iria adorar, tem umas coisas que eu estou mesmo precisando esquecer. - Debochei me levantando e indo pra trás de outro túmulo.

Fiquei apoiado no mármore e observei de longe no meio daquela escuridão, que os aurores estavam bem mais perto. Levantei a varinha e destruí um vaso de flor de um dos túmulos, para chamar a atenção deles.

— Formação.

Escutei outra mulher falando, provavelmente a líder do grupo, agora eu sabia que eram definitivamente 10 bruxos que eu iria enfrentar, tentei observar a poça de água na calçada, prestando atenção na imagem do futuro imediato, eles iriam se ajeitar em uma formação de triângulo, depois iriam avançar até a lápide onde o vaso foi quebrado.
Usei o feitiço da desilusão e em silêncio absoluto eu fui andando até estar de frente para o centro do grupo, foi então que eu levantei a varinha novamente e o feitiço se desfez sozinho.

— Ataquem-

Lancei uma rajada branca do fogo maldito,  matando 8 deles e deixando a líder inconsciente a metros de mim, mas uma coisa me ocorreu: se eu tinha certeza que eram dez e derrubei apenas nove...

Onde está o último?

Dois braços em meu pescoço interromperam minha linha de pensamento e me jogaram contra um túmulo, um homem um pouco mais alto e bem forte, ele tentou erguer a varinha e eu a joguei pra longe no mesmo instante, depois o americano fez o mesmo com a Varinha das Varinhas.
Irritado eu segurei o homem pelo ombro e o joguei contra uma parede, começando a socar seu rosto sem fazer uma pausa que fosse, até sentir o sangue dele sujando minhas mãos e minha face. Depois disso eu o joguei no chão e chutei seu abdômen, fazendo ele rolar para o lado, cuspindo ainda mais sangue.

— Gellert! - Escutei os passos apressados de Vinda e me virei em sua direção. — Você não é... Você não faz isso... Não isso... Não assim.

— Já matei outras pessoas, Vinda, ele é só mais um. - Resmunguei cuspindo o pouco de sangue que o auror me tirou.

— Mas não desse jeito... e... Nunca lançando a Imperdoável. Você não faz isso.

— Você já é um assassino. - O homem murmurou fracamente no chão e eu chutei seu abdômen mais uma vez.

— Quer saber? - Perguntei me ajoelhando ao lado do auror e sorrindo pra ele. — Talvez você seja mais útil vivo. Está com Polissuco?

Perguntei olhando para Vinda por cima do ombro e de uma pequena bolsinha ela tirou 2 cantis metálicos.

My Gift and My Curse - Parte 2 - GrindeldoreOnde histórias criam vida. Descubra agora