1941
Ministério da Magia do Brasil
Albus On
No meio da troca de feitiços com Vinda Rosier, que estava a alguns metros de mim, ela lançou uma espécie de estaca de gelo que atravessou meu abdômen, senti minha carne rasgando por um momento até ter noção de que o sangue também escorria pelas minhas costas, eu estava sem forças para puxar o ar enquanto Rosier me encarava. Desarmei ela e a joguei lá pra baixo da plataforma antes de me ajoelhar, levando uma mão até o ferimento, agora começando a sentir a dor, eu não percebi que estava indefeso daquela forma.
— NEWT!
— Avada Kedavra!
Fui forçado a me virar e vi que foi Crouch quem lançou a maldição em alguém que estava vindo até mim. Eu mal tive tempo de me levantar antes do corpo cair duro no chão, naquele momento tudo ficou abafado em minha mente, do mesmo jeito que minha visão ficou turva com as lágrimas em meus olhos.
Foi possível escutar o barulho da varinha do bruxo caindo e rolando pelas pedras, todos haviam parado de lutar, era o que parecia pelo silêncio. Sabia que os outros estavam murmurando muitas coisas, mas eu não conseguia entender mais nada, a única coisa que eu escutava neste momento era a batida do meu próprio coração.
Como eu queria que fosse um pesadelo.
Um terrível pesadelo.
Não podia ser verdade.
Não, não, não.
Por favor, não.
Dener
Segurei o rosto do rapaz, que já não tinha mais expressão alguma, depois levantei o rosto na direção de Rosier que havia fugido com os outros seguidores para a outra sala do ministério brasileiro.
Arranquei a estaca em meu abdômen com minha mão sem me importar com a agonia e a ardência e joguei a arma pra longe, eu me levantei numa rapidez inexplicável, mas então Alastor começou a puxar meu braço direito, depois Theseu começou a segurar meu abdômen me impedindo de andar, e então Fleamont apareceu pra segurar meu braço esquerdo enquanto Newt estava analisando o corpo de Dener, chorando em desespero. Eles estavam murmurando que eram muitos seguidores e que eu não deveria ir.
— NÃÃÃÃÃÃÃÃÃOO
Gritei para as paredes sentindo minha voz ir embora e minha magia saiu do controle tão rápido que tudo que havia na sala do tribunal voou, cadeiras saíram voando e quebraram no impacto com as paredes, bem como as mesas e o enorme lustre a muitos metros acima de nós.
Minha força era tanta que consegui me livrar dos apertos do trio e saí correndo pela plataforma, Newt tentou me impedir, mas foi em vão. No minuto seguinte estava no extenso corredor vendo os seguidores de Grindelwald correndo pra longe já que não podiam aparatar lá dentro, de fato eram muitos e provavelmente surgiriam mais na rede de Flu para tomar aquele ministério de vez.
Estiquei minha varinha e lancei Crucio no primeiro no fundo do grupo, depois no segundo, e então no terceiro, foi quando vi os cabelos de Rosier e lancei a maldição novamente, um enorme raio vermelho saiu de minha varinha e jogou a francesa no chão.
— Eu avisei que seria sua ruína. - Cuspi as palavras com ódio vendo Rosier sofrendo com a dor jogada no chão.
Os outros 6 seguidores estavam receosos de avançar até mim, eu provavelmente venceria só com alguns movimentos da mão. Mas então, comecei a sentir fraqueza, alguma maldição interna, olhei pras minhas mãos, haviam marcas negras se espalhando e subindo rapidamente pelo meu tronco, queimando.
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My Gift and My Curse - Parte 2 - Grindeldore
FanfictionEnquanto Gellert Grindelwald caminha para se tornar o maior Bruxo das Trevas do século, Albus Dumbledore tenta seguir sua vida dentro de uma escola, sendo atormentado pelas sombras do seu passado e buscando uma paz que ele sabe não merecer.