Cap - 12

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Parte 1

1930
Agosto

Albus On

— Você está mentindo!

Aberforth estava gritando comigo, andando de um lado pro outro no seu quarto no Cabeça de Javali, o quadro silencioso de Ariana apenas assistia a nossa milésima discussão naquele ano.

— Aberforth, a Fênix está com ele. Fawkes foi até o Credence, ela obedece ele.

— Quem é Fawkes?!?

Ele perguntou em um berro, jogando um vaso de flor na janela e isso gerou alguns gritos assustados na calçada lá embaixo.

— Isso não importa... Olha, você tem que acreditar em mim. Deixa eu conjurar nossa Árvore Genealógica, por favor.

— Não! Aurelius morreu! Ele morreu junto com a mãe dele naquela embarcação em 1900, o MACUSA me confirmou que ele estava morto! A própria Picquery me confirmou que os dois estavam mortos.

— A Picquery era só uma auror na época, o que ela poderia saber?!?

— Ele está morto! Você não pode simplesmente aparecer aqui e dizer que meu filho de 30 anos está vivo! Você não tem o direito de fazer isso!

Saí de perto do meu irmão e mirei a varinha na parede, começando a conjurar nossa Árvore Genealógica que era dourada com folhas vermelho carmesim. No topo havia Dumbledore, ele não tinha um segundo nome, depois sua esposa Leonor Dumbledore e a filha deles, Fawkes Dumbledore, os próximos Dumbledore se seguiam até mim, Aberforth e Ariana na ponta dos galhos da esquerda, Ariana estava acinzentada, eu estava unido com Gellert, meu irmão estava com Anne também em cinza e no galho deles havia um ramo, a imagem de Aurelius.

Aberforth ficou um bom tempo encarando o desenho, passando as pontas dos dedos na parede, sobre a imagem de Ariana, depois de Anne e então a de Aurelius, alternando o olhar entre os três.

— Isso... Isso é.... Impossível.  O MACUSA disse...

— O MACUSA errou. Eu sinto muito, irmão.

Aberforth acenou com a cabeça sem tirar os olhos da parede e então levantou a cabeça, observando Fawkes, uma garotinha ruiva muito parecida com a Ariana, a imagem estava dentro de um brasão em forma de Fênix dourado.

— A Fênix existe mesmo.

— Existe e está com seu filho. - Afirmei começando a encarar a minha imagem na árvore.

— Por que Gellert está na árvore?

— Porque acho que o Pacto deve ter feito isso, mas não é importante, o que me intriga é que-

— Albus!

Elifas entrou escancarando a porta, claro que literalmente depois de 4 anos sem trocar uma única palavra comigo, eu deveria ficar extremamente irritado por ele ter aparecido, mas no momento a preocupação era maior.

— Elifas, mas que é que você está fazendo aqui? - Aberforth questionou incomodado.

— É que... Um Qilin vai nascer! Mas... Isso é sigiloso, informação confidencial da Confederação.

— Um Qilin? - Perguntei quase maravilhado. — Isso significa que a eleição desse ano vai ser do jeito tradicional. Isso é perfeito, Elifas!

— Nem tanto.

My Gift and My Curse - Parte 2 - GrindeldoreOnde histórias criam vida. Descubra agora