Cap - 25

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Coração em Ruínas

Newt On

— Albus, por favor! - Implorei enquanto segurava o braço de Albus, agora deitado na cama de Elifas. — Albus... Por favor... Não... Você não pode morrer, não pode.

— Al. - Elifas pediu encostando o rosto no peito do professor. — Al, por favor, eu não posso te perder... Você é meu... Melhor amigo.

— Irmão. - Aberforth estava do outro lado da cama. — Irmão, por favor... Albus?

Quando o peito de Dumbledore começou a subir ainda mais devagar e as marcas escuras em sua pele começaram a crescer, nós quatro entramos em desespero e foi a vez da Minerva de se ajoelhar ao lado de Aberforth, pegando a mão de Albus.

— Professor, você nem ouse me deixar agora, você é muito mais forte do que isso... Muito... Aguente só mais um pouco... O Fleamont logo vai terminar a poção... Albus!

— A maldição não está atacando o corpo, está atacando a mente.

Todos nós nos viramos e erguemos a varinha na direção da porta assim que Grindelwald apareceu ali encostado, nos assistindo despreocupado e ele obviamente estava desacompanhado.

—  Primeiro minha irmã. Daí o meu filho. E agora o meu irmão?!?  Seu desgraçado!

Mesmo estando a 2 metros de distância, Aberforth conseguiu a proeza de aparatar bem em frente a Grindelwald em meio segundo e o segurar pelo sobretudo, o levando pro corredor e começando a espancá-lo com socos muito audíveis, pra se dizer o mínimo.

Quando nós três saímos para o corredor, Grindelwald estava caído no chão da sala, sangue escorria de seu nariz e da sua boca, Aberforth encostado na parede segurando o punho e respirando ofegante e Fleamont estava ao seu lado segurando seu ombro.

— Você não consegue parar, não é? - Elifas perguntou erguendo a varinha na direção de Grindelwald. — Enquanto você não acabar totalmente com a vida do Albus, você não vai parar.

— A gente deveria matar você aqui e agora. - Minerva falou com frieza enquanto erguia a varinha. — Você só arruinou o Albus, então eu não hesitaria em matar o covarde que o machucou por anos. Se ele morrer, eu juro que te mato... Covarde.

— Eu vim aqui pra salvar ele... Se vocês realmente amam ele, como dizem que amam... Vão me deixar ajudar. Fui eu que criei a maldição, eu posso reverter.

— Por que deveríamos acreditar em você? - Perguntei, me mantendo em frente à porta do quarto. — Até mesmo quando você fala a verdade, seu propósito é uma grande mentira. Foi o Albus que me ensinou isso.

— Por que eu nunca desejei a morte dele, Scamander, não dele. Eu nunca quis que a maldição atingisse ele. Então agora - Ele fez uma pausa pra se levantar do seu chão. — Deixe eu entrar no quarto para ajudar... Eu vim aqui despreparado, sem meu grupo e vulnerável, apenas pra salvar o Albus. Se vocês não quiserem enterrar Albus Dumbledore amanhã, vocês vão deixar eu ficar.

Aberforth engoliu em seco e tirou a varinha do bolso, andando de costas até estar ao meu lado. Gellert veio em passos lentos, ignorando que todos estávamos apontando as varinhas pra ele e entrou no quarto, indo até o lado da cama.

— Nós temos que entrar no reino da mente dele... É como se... Entrássemos em uma ilusão, só que são os pensamentos e o passado do Albus tudo embaralhado... Essa magia é diferente pra cada pessoa... Lá dentro vamos ter que procurar a fonte de seu sofrimento.

— Do que você está falando? Isso não é magia.

— É sim. Como eu disse, a maldição afeta a mente... Ela não escolhe qualquer Mestiço, ela escolhe os vulneráveis, os que estão sofrendo... Lá dentro, ela te prende na fonte de seu sofrimento, pra fazer você viver na sua culpa... Seu corpo fica... Desanimado... E morre aos poucos. É como se fosse a Maldição Cruciatus de dentro pra fora, dor mental misturada com dor física.

My Gift and My Curse - Parte 2 - GrindeldoreOnde histórias criam vida. Descubra agora