Cap - 16

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1935
Abril

Albus On

Mais uma vez, era meu dever fazer Minerva voltar a se sentir melhor, tirar ela dessa tristeza profunda. Depois de 3 anos casados e morando em Hogsmeade, ela e Elphinstone sofreram um ataque de Tentáculos Venenosos e infelizmente o marido não sobreviveu. Às vezes eu me perguntava porquê o mundo jogava contra a Minerva, justamente ela que era uma das pessoas mais bondosas e leais que eu conhecia, era injusto que essas coisas acontecessem com ela.

— Talvez eu devesse transfigurar você em um mapa, Sr. Diggory, ou num relógio, pra você nunca mais chegar nem atrasado, nem se perder no caminho... Não é como se você não estudasse aqui há 2 anos.

— Eu... Eu... Professora, me desculpe, eu-

— Menos 3 pontos para a Lufa-Lufa. Agora tentem não sair como babuínos bobocas balbuciando em bando.

Os aluno da Lufa-Lufa e Sonserina saíram quase que correndo da sala, evitando esbarrar em mim enquanto eu entrava. Minerva bateu os livros um sobre o outro, era um ambiente perigoso esse que eu estava agora.

— Minerva-

— Indo para o treino de Quadribol, se a Grifinória perder de novo para a Sonserina, aqueles alunos vão saber o que é castigo. - Ela tentou passar reto por mim, mas segurei seu pulso.

— Você é melhor que isso.

— Lá vem você de novo. Você é um grande hipócrita, sabia disso? - Arqueei uma sobrancelha pra ela. — Quando você está se lamentando pelos cantos, acordando aos gritos na Torre dos Professores, sofrendo de insônia na sala do Espelho de Ojesed, porque sim, eu sei que você vai lá quase toda noite... Ninguém nunca pode te ajudar. Nunca.

— Eu não quero arrastar minha melhor amiga para o fundo do poço junto comigo. - Respondi.

— Mas acontece, Albus, que eu não vou te arrastar pra minha vida sombria e solitária também. Que tal cada um ficar no seu canto então?

Mais uma vez ela tentou passar e dessa vez peguei em seu antebraço levemente, me virando pra ela e a abraçando antes que ela questionasse.

— Já deixei uma irmã sofrer sozinha uma vez... Não vou fazer isso de novo, Minerva.

Afastei Minerva lentamente, segurando seus ombros, vendo ela engolir o choro e abaixar a cabeça arrependida.

— Eu não vou dizer que vai ficar tudo bem, mas eu posso afirmar com toda a certeza que a dor... Vai ficar mais fraca com o tempo.

— Tempo? E quanto tempo isso vai levar?

— Eu - Fiz uma pausa descrente perdendo o fôlego. — Eu não sei... Podem ser dias... Ou anos... O importante é não se deixar afogar por causa disso.

Minerva acenou rapidamente e me encarou curiosa, abaixando o olhar para as passagens no meu bolso.

— O que é isso? - Ela perguntou apontando para os papéis e ficou ainda mais duvidosa ao me ver sorrir pequeno.

— Minerva... Por acaso... Você já foi pra Rússia?

Julho

— Nem acredito que vamos conhecer Koldovstoretz! Eu estou tão ansioso, é sério.

Dener andava de um lado para o outro no expresso mágico, enquanto Aberforth e Minerva jogavam uma partida acirrada de Xadrez de Bruxo com Aurelius assistindo, Nagini aproveitou o momento para se sentar de frente pra mim na mesa onde eu estava e eu abandonei meu livro.

My Gift and My Curse - Parte 2 - GrindeldoreOnde histórias criam vida. Descubra agora