My Gift and My Curse - Parte 2 - Grindeldore

Cap - 22

1940
Junho

Albus On

— Nova York, eu sempre quis conhecer essa cidade.

Eu e Dener viajamos para os Estados Unidos, iríamos passar uma semana na casa de Tina e Newt, agora eles moravam lá por conta do trabalho da auror como Jurista Chefe.
Estávamos andando na rua do centro pra ir até o apartamento do casal, o mais novo olhava pros lados com empolgação, animado por estar em um lugar diferente.

Dener, aquele garoto tímido e quieto que eu havia conhecido há 6 anos atrás, agora era um homem feito, havia tido resultados excelentes nos NIEMS, aprimorou sua Magia Ancestral, conseguiu ficar no mesmo nível de habilidade que eu tinha quando estava na idade dele. Além de tudo, ele estava parecido com seu pai quando jovem, mas ele continuava um rapaz bondoso e gentil.

E o que mais me deixava feliz é que ele queria ser Professor de DCAT em Hogwarts. Ele tinha muito prestígio em ensinar e estudar sempre que podia, buscando sempre melhorar.

— Aqui, Dener, tive uma ideia. - Falei apontando para a vitrine da loja da frente. — Venha.

— Claro, pai.

Era uma loja de roupas, pedi para Dener esperar perto do balcão e fui até a sessão masculina, começando a olhar algumas jaquetas, escolhi uma de couro preta, que ficaria do tamanho certo no garoto.

— Experimente, Dener.

— Nossa, mas é... É sério?

Toda vez que eu comprava um presente para Dener, era sempre a mesma reação, mesmo depois de 6 anos, mesmo que ele já devesse esperar que eu iria mimar ele quando tivesse a chance, ele ainda se alegrava como se fosse seu primeiro presente de Natal.
Eu já sabia que Dener era meu filho, no fundo do meu coração, esse garoto era minha família agora. Eu morreria para deixar ele viver.

Mas é isso que é ser pai, não é? Fazer o possível e o impossível por seu filho e sorrir no fim do dia se você souber que ele está feliz. O mundo poderia estar caindo ao meu redor, eu já não me importava com a dor, com as noites sem dormir, com o medo que me dominava, nada disso importava quando Dener sorria pra mim. Todo dia que aquele garoto lançasse um olhar esperançoso e um sorriso pra mim, eu estaria disposto a lutar mais um pouco.

— Eu estou muito gato nisso. - Dener sussurrou esticando os braços pra frente, admirando a jaqueta.

— Certo, galã. Uma pena que não vai ter nenhum coração pra você conquistar por aqui. - Brinquei enquanto parava na frente da porta de Newt e tocava a campainha.

— Albus!

Newt abriu a porta e ele já estava sorridente, deu um abraço em mim e depois em Dener, dando passagem para entrarmos. Theseu e Lally estavam ali conversando com Fleamont e sua namorada Euphemia, Jacob e Queenie estavam no outro sofá com seu filho Roddy, e Tina estava com os gêmeos.

— Tio Albus! - Os filhos de Newt me cumprimentaram juntos vindo correndo pra me abraçar.

— Ei, ei, vão com calma... Já não sou mais tão jovem. - Avisei enquanto Dener sorria e ia cumprimentar os outros. — E então, o que o pai de vocês anda aprontando?

— Papai achou ovos de acromântula no trabalho... Mas mamãe não deixou ele ficar com eles, mandou deixar na floresta. - Everett explicou enquanto me puxava até a cozinha que era integrada com a sala.

— Sabe, Newt, ainda bem que a Tina te impede de levar esse tipo de criatura pra sua casa. O que você fez com os ovos de Acromântula?

— Eu - Newt gaguejou sob o olhar duvidoso de Tina. — Eu deixei eles em uma floresta ao sul da Escócia, perto de um vilarejo de gigantes... Não vão causar problemas por lá.