Cap - 10

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1927
Abril

Gellert On

"Saiba que eu morreria por você."

Albus gritou antes de levantar a espada e cravar ela em meu rosto, tudo ficou sombrio, a poeira e as cinzas cobriam o ambiente enquanto o professor saia vencedor daquele duelo.


Acordei em um sobressalto, derrubando minha xícara da mesa junto com alguns jornais onde o rosto de Newt Scamander ocupava a primeira página.

— Não é possível... N-não é possível... Ele não pode lutar comigo, não, o pacto nunca permitiria que ele me machucasse. Ele não pode agir contra mim.

Naquele momento a preocupação começou a correr pela minha espinha, eu havia visto mais um recorte do futuro, certo. Mas como seria possível? Albus não pode levantar um dedo contra mim, o pacto está comigo e, mesmo que estivesse com o professor, ele não pode destruí-lo, não há como. Eu tinha que tirar Albus da jogada, e tinha que ser agora.

Voltando a realidade, hoje era o dia em que "eu" seria levado para a Europa, para pagar pelos meus crimes em Azkaban. Ou seja, o dia em que eu finalmente vou reencontrar minha equipe em Nurmengard depois de ficar 3 anos longe deles e, com sorte, eu encontraria Credence.
O cargo de Abernati não era tão bom e privilegiado quanto o de Percival Graves, mas ele bastava, era bom ter ficado mais 6 meses por dentro das informações do MACUSA e ainda me poupei de ter a língua arrancada pela Presidente Picquery.

Era hora de dar adeus aos Estados Unidos e começar uma jornada com meus amigos franceses.

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Julho

Newt On

Quando voltei de Nova York no ano passado, eu passei o último mês do ano com minha família e recebi a maravilhosa notícia de que meu irmão havia pedido Leta em casamento enquanto eu estava fora nas minhas missões pelo Professor Dumbledore. Mas não terminava aí, claro que não, porque logo em seguida meu irmão pediu para mim ser o padrinho.

Eu tenho que admitir que o início de 1927 foi confuso, porque quando tomei a decisão de finalmente abandonar o ninho do Professor Dumbledore pra seguir meu próprio caminho, eu me deparei com o fato de que eu não sabia qual era o caminho. Claro, eu publiquei meu livro e ele foi aclamado pela Europa, agora eu era famoso, não só por ser um jovem escritor talentoso, mas também por ser o herói britânico que prendeu o maior Bruxo das Trevas em mais de um século.

Troquei muitas cartas com a Tina, mas no último mês ela parou de me responder e isso me deixa angustiado, por isso eu estava nesse exato momento no Ministério da Magia esperando uma audiência pra saber se eu tinha o direito de fazer viagens internacionais novamente.

Leta apareceu novamente pra me deixar confuso, como ela sempre fazia com aqueles joguinhos de flertar comigo e depois se jogar nos braços do meu irmão. Embora eu nunca fosse culpar ela, era doloroso ela pensar que meu coração era de ferro ou sei lá, porque ela não se importava se eu me machucava ou não.

Mais uma vez, a reunião no ministério não deu em nada, se eu soubesse que iria ser tão difícil, eu nem teria saído de Nova York. No meio do caminho, na volta pra casa encontrei a luva de Dumbledore flutuando numa calçada vazia. Ela me aparatou para o topo de um prédio importante e lá estava o professor, era a primeira vez que eu o via depois de 9 meses.

My Gift and My Curse - Parte 2 - GrindeldoreOnde histórias criam vida. Descubra agora